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Profissões

Biomedicina: o que esperar do curso?

por Caroline Sassatelli em 28/02/19 2,9 mil visualizações

Há exatamente 40 anos era regulamentada uma das profissões mais queridas da área de saúde no Brasil: a Biomedicina. O curso, criado pelo bioquímico José Leal Prado, da Escola Paulista de Medicina, surgiu 13 anos antes, em 1966. Hoje, existem mais de 30 mil biomédicos atuantes no Brasil.


Apesar do alto número, a profissão ainda é a que possui o menor número de profissionais atuantes na área. Isso porque ainda existem poucas ofertas de cursos em Biomedicina ao redor do país. O que isso significa? Com menos concorrência, os profissionais formados têm mais chances de se destacar.

O biomédico, pode escolher dentre 36 habilitações para poder atuar. As áreas de atuação se dividem em análise laboratorial,  reprodução humana, ambiental ou industrial, pesquisador e naturalista.

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As áreas mais recentes na profissão são Perfusão, Toxicologia, Auditoria, Sanitarista, Biomedicina Estética, Histotecnologia Clínica e Monitoramento Neurofisiológico Transoperatório. Apesar da grande variedade, a maioria dos biomédicos atuam com patologia clínica, com pesquisa e docência.

Bem, mas vamos ao que interessa, não é mesmo? Nada melhor do que a palavra de quem conhece sobre o assunto para explicar direitinho o que esperar do curso de Biomedicina.

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Com o que trabalha?

A profissão de biomédico está voltada para a pesquisa sobre doenças, exames clínicos, desenvolvimento de tratamentos, novas formas de prevenção e aumento da qualidade de vida da população em geral. Ao contrário de um médico, o biomédico não realiza cirurgias e nem prescreve remédios.

O foco da Biomedicina é a área de pesquisa, identificação e classificação de microrganismos causadores de doenças, além do estudo e desenvolvimento de remédios e vacinas.

Este profissional trabalha, principalmente, em institutos de pesquisas, laboratórios de análises clínicas, hospitais, bancos de sangue e na indústria de medicamentos. Além disso, ele precisa ter diploma de nível superior na área emitido por alguma instituição reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) e ser registrado no Conselho Regional de Biomedicina (CRBM).

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Paixão pela pesquisa

Stephany Beyerstedt tem 21 anos e se formou em Biomedicina na Universidade de São Paulo (USP) em dezembro de 2018. Conforme conta, desde o segundo ano do Ensino Médio ela já tinha convicção de que faria uma graduação nessa área. “Gostava muito da área biológica e sempre tive muita vontade de trabalhar com pesquisas.”

E esse foi um grande diferencial para ela durante a faculdade. Segundo Stephany, o curso de Biomedicina na USP possui uma grade curricular diferente de outras faculdades justamente por focar bastante em pesquisas. “O curso foi elaborado para formar pesquisadores. Não tive matérias convencionais, como análises clínicas ou análise por imagem, por exemplo. Mas já entrei na faculdade sabendo disso e era o que eu esperava”, explica a profissional, ressaltando, ainda, que nunca teve interesse em seguir para a parte clínica da profissão.

Ela também conta que, apesar da grade diferenciada, ao longo dos semestres a faculdade passou a introduzir, como aulas optativas, algumas matérias mais voltadas para a atuação clínica da profissão. Isso aconteceu por desejo dos próprios alunos que desejavam trabalhar nesse campo.


Stephany se formou em Biomedicina pela USP

Quanto os momentos mais interessantes da faculdade, Stephany relembra ter feito uma de suas matérias optativas em Monte Negro, em Rondônia. A aula, chamada “Processo saúde-doença na Amazônia Brasileira”, levava os alunos por uma semana a uma base do instituto de ciências biomédicas na cidade. Lá eles acompanhavam consultas com a população local e estudavam diagnósticos laboratoriais. Os estudantes também puderam coletar mosquitos para enviá-los ao instituto em São Paulo para pesquisa.

“No futuro pretendo me especializar em oncologia experimental. Durante a faculdade fiz iniciação científica por dois anos em um instituto de ciências biomédicas, no departamento de farmacologia. Minha rotina era basicamente realizar experimentos e meu projeto estudava melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele”, conta a biomédica.

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Vida de estudante

Gabriela Mendes Bleck, também de 21 anos, ainda está cursando o 3º ano (6º semestre) do curso de Biomedicina na Universidade Paulista (Unip), no campus Anchieta, em São Paulo.

Ao contrário de Stephany, Gabi só decidiu qual graduação cursar na faculdade ao final do Ensino Médio. “Eu demorei pra achar algo que eu gostasse de verdade e só quando estava acabando o ensino médio descobri que eu tinha uma afinidade pela área de biológicas.” Depois de pesquisar um pouco, a jovem conta ter se deparado com o curso de Biomedicina e se apaixonado por tudo o que ele envolve.


“A faculdade está cada vez mais desafiadora, mas eu gosto muito”, diz a estudante. Para ela, ainda falta ter um pouco mais de aulas práticas para se sentir realmente preparada para iniciar sua carreira no mercado de trabalho. Além disso, com mais aulas que tenham "a mão na massa", é mais provável criar um contato maior com a rotina de um biomédico.

Para ela, o maior diferencial entre o médico e o biomédico é o próprio contato com o paciente. “A maioria das áreas da Biomedicina não envolvem esse contato. Eu nunca pensei em fazer medicina justamente por não querer trabalhar diretamente com o paciente”, conta Gabriela. Ela também comenta ainda não saber exatamente em qual segmento da profissão irá se especializar, mas já ter uma afeição bem grande pela parte de Reprodução Assistida. Só o tempo dirá, não é mesmo?

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