No próximo domingo (24), os candidatos irão encarar 45 questões da temida prova de Matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). À essa altura do campeonato, é preciso ser realista: não há mais tempo para rever todo o conteúdo de uma prova tão extensa.
Mas, ainda é possível revisar os temas mais cobrados e conferir as dicas estratégicas para mandar bem na prova de Matemática do Enem. Para te ajudar nessa reta final, a Revista Quero conversou com os professores de Matemática Thales Athanásio e Robby Cardoso, do Anglo vestibulares. Confira!
O que esperar da prova de Matemática?
De acordo com o professor Thales Athanásio, os tópicos de Matemática mais abordados no Enem e que valem a revisão são:
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O professor Thales explica que, na prova de Matemática, os estudantes podem esperar por uma prova que aborda os conteúdos por meio de situações do cotidiano. Por exemplo, questões que perguntem qual é a escala de um souvenir que é a réplica de um monumento ou qual é o gasto de uma pessoa que faz uma compra parcelada com certa porcentagem de juros.
Nessa revisão, também vale memorizar algumas fórmulas, principalmente as de geometria espacial. “Em algumas questões, como de análise combinatória e probabilidade, que existe fórmula mas ela fica em segundo plano, você consegue fazer mesmo sem fórmula. Agora, para as questões de geometria espacial, é bom saber as fórmulas, porque nem sempre a prova dá isso”, enfatiza Thales.
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Os maiores erros na prova de Matemática
Apesar de ser uma prova de Exatas, a interpretação de texto é um dos principais pontos de atenção na hora da prova de Matemática do Enem. Isso porque a maior parte dos deslizes na prova surgem da má interpretação dos enunciados das questões e dos gráficos.
“Se o aluno não ler todas as informações direito, ele vai errar. São detalhes. Por exemplo, uma questão que pergunta a distância de um trajeto ida e volta, mas percorrido durante toda semana .Ou planos cartesianos que não começam o ponto zero mas no ponto cinco, o aluno acaba errando a questão porque não vê onde começa o gráfico”, explica Thales.
A dica do professor Robby é ler as questões com bastante calma e atenção, tentando tirar o máximo de informações, e não se intimidar com a aparência ou tamanho do enunciado. “É um erro sair lendo rapidamente, a leitura corrida é horrível, não te dá as informações necessárias", acrescenta.
O professor esclarece: “Nosso cérebro trabalha com dois níveis de raciocínio: o consciente, aquele que você está lendo e pensando na questão, e o inconsciente, no qual, naquelas que você pula sem responder, seu subconsciente continua trabalhando. Mas, para isso ocorrer, você precisa ter lido com atenção”.
Na hora de usar a famosa regra de três para tentar resolver quase todas as questões, é preciso tomar cuidado e saber se a regra de três, de fato, se encaixa naquele exercício. “Porque, mesmo se não valha regra de três, a questão vai ter uma alternativa com o resultado que o candidato chegaria com a regra de três - chamada de distrator, uma alternativa para ver se a pessoa fez o que seria o jeito equivocado”, justifica Thales.
Atenção às alternativas
Numa prova de Matemática com 45 questões, é imprescindível que os candidatos otimizem ao máximo seu tempo na hora dos cálculos. Além da estratégia pega-varetas, um macete do professor Robby é observar nas alternativas o nível de aproximação que é exigido nos cálculos.
“Por exemplo, uma questão que tem um cálculo com pi (π), que vale 3,14. Se as alternativas tiverem um nível de aproximação menor, ele pode substituir pelo número 3, mas se o nível de aproximação for maior, ele precisa calcular com 3,14, um valor mais preciso”, ilustra Robby.
Outra dica do professor Thales é se atentar às informações das alternativas, pois, muitas vezes, elas ajudam o estudante a economizar tempo. Ele exemplifica: “Em uma questão que pede o cálculo de moda, média e mediana, se você vê que em todas as alternativas a média tem o mesmo valor numérico, já não precisa perder tempo verificando o valor da média”.
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