A Universidade de Brasília (UnB) realizou, no dia 9 de novembro de 2017, uma palestra sobre os formados em Engenharia na indústria 4.0. Ela aconteceu no auditório da Faculdade de Tecnologia (FT) e foi ministrada pelo engenheiro mecânico Jefferson Oliveira Gomes, professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), de Santa Catarina (SC).
Apesar de o título ter a palavra Engenharia, o que foi discutido serve para todos os profissionais que estão conectados a esse tipo de realidade.
Confira o que rolou na palestra!
Quais foram os principais pontos debatidos
O grande avanço da tecnologia ocorrido nas últimas décadas e a mudança dos equipamentos eletrônicos que acompanharam essa fase foram assuntos bastante discutidos pelo palestrante. “As pessoas precisam se adaptar a essas questões. Estamos muito atrasados em relação a vários países com relação à educação, ao conhecimento e à forma correta de utilizar as tecnologias”, comentou.
Jefferson explicou também que há três “ondas” de revolução do período histórico que precisam ser destacadas:
- a era agrícola, cuja principal forma de riqueza era a terra;
- a era industrial, em que a forma de riqueza passou a ser a oficina industrial;
- a era do conhecimento e da informação, em que vivemos atualmente.
O que foi possível concluir disso tudo?
“Todas as profissões que se utilizam da tecnologia como aliada na construção do conhecimento e do dia a dia no trabalho já estão sendo fortemente impactadas pelos seus avanços atuais. Outro ponto importante é o de se considerar o perfil empreendedor das profissões, como o exemplo das startups que vivem a ideia do empreendedorismo. A formação para o ser humano precisa ser cognitiva e intelectual para que possamos avançar na era atual.” Jefferson Oliveira Gomes
Você sabia?
A indústria 4.0 está associada a sistemas cyber-físicos, aplicação da “internet das coisas” e processos de manufatura descentralizados. Isso já é uma realidade que se encontra mais avançada em países do exterior, com o estímulo dos governos para a integração da tecnologia, produção e informação nas fábricas. O objetivo disso tudo é aumentar a competitividade global. Um grande exemplo está nos Estados Unidos, mais precisamente no Vale do Silício.
Segundo a revista Exame, algumas indústrias do Brasil saíram na frente, com projetos que podem ser analisados como 4.0. A publicação mostra o caso da Ambev, multinacional de bebidas que, em 2015, começou a utilizar um sistema de automação para aprimorar o controle do método de resfriamento da cerveja e diminuir as variações de temperatura. Dessa forma, ela evita o desperdício de energia e pensa em usar isso em outras unidades.