No início do curso de Psicologia na Unip, eu sempre ouvia alguns professores comentaram que o terceiro e quarto semestres eram os piores. A orientação era de que continuássemos firmes, que o resto seria levado tranquilamente. Confesso que estou me apegando à essa fala e acreditando fielmente que esse desafio será superado já que estou justamente no quarto semestre.
Hoje, olhando para trás, vejo que o primeiro ano foi algo mais tranquilo, mais receptivo, um período de boas-vindas da universidade. E não tiro a razão da instituição. Imagine como o número de desistências seria maior se o nível de dificuldade fosse tão elevado logo de cara? Agradeço a Unip por me conquistar de primeira, ganhar minha confiança e depois mostrar a realidade do curso e de uma formação superior de qualidade.
Como eu avalio o curso de Psicologia até o terceiro semestre
No primeiro ano, tive menos aulas e cada dia era uma disciplina diferente. Já no segundo ano, comecei a ter mais aulas, inclusive a quantidade das aulas onlines aumentaram. Foi aí que comecei a ter um pouco mais de dificuldade.
Para quem estava acostumado a ter uma disciplina no dia, o aumento assustou. Sabe aquela história de que o novo sempre assusta? Acho que foi esse o caso.
Tive aulas de Técnicas de Entrevista e Observação e Psicometria, duas disciplinas muito importantes mas que apresentam muitos detalhes. As aulas de Psicometria, por exemplo, envolviam até mesmo alguns cálculos, e isso não é algo que povo que gosta da parte de Humanas consegue fazer com muita facilidade. Era muito conteúdo e muita informação.
O semestre também contou com alguns imprevistos que me atrapalharam um pouco como o fato de eu ficar sem o meu bilhete de ônibus. Por estar desempregada, não tive condições de pagar pelas passagens todos os dias e faltei bastante.
Senti o peso dessas faltas quando fui fazer as provas. As notas não foram boas, e peguei duas DPs. Isso me abalou muito.
Vale a pena continuar?
Não quero assustar ninguém que pensa em iniciar um curso, muito menos desanimar quem já iniciou. A intenção de contar a minha história com as dificuldade enfrentadas é para mostrar que somos seres humanos e não é fácil todo tempo.
Digo isso porque, no começo, eu me cobrava muito e até chorava por não ser tão inteligente como minhas amigas, de não ter a mesma facilidade na compreensão dos textos, de sempre precisar ler mil vezes para conseguir entender algo.
Por conta disso, pensei muitas vezes em desistir do meu sonho e porque eu achava que não iria conseguir, que não era boa o suficiente e que não seria capaz.
E após alguns tombos, alguns choques de realidade eu percebi que fui muito abençoada e privilegiada por ter conseguido uma bolsa tão boa e na universidade de que eu sempre gostei.
Qual é a mensagem que eu quero deixar
Lembre-se sempre do que te fez chegar aonde você chegou, do que te fez escolher esse curso para seguir uma determinada profissão e como você conquistou esse espaço. Valorize as suas conquistas. Cada pessoa floresce no seu tempo, respeite o seu.
Não importa se você não é tão bom quanto o outro, o que importa é que você busque mudanças e crescimento, não só como estudante, mas como profissional, como ser humano.
Quero te encorajar a permanecer e a não desistir. E você que ainda não começou mas planeja, vai firme, sem medo! Foca no seu sonho, na sua beca e no seu canudo, que o resto é detalhe.