Em 2017, o Conselho Institucional dos Estudantes de Relações Internacionais Rio Branco (Cieri) tirou do papel um desejo antigo: realizar uma Oficina de Libras para estimular a integração com os alunos surdos da instituição.
A ideia é particularmente especial na Rio Branco, porque a mantenedora da faculdade também tem um Centro de Educação para Surdos (CES). Todos os dias encontramos com alunos dos CES, mas, ainda que no mesmo ambiente, não sabemos nos comunicar.
Parceria com a faculdade e os professores
A Oficina de Libras foi desenvolvida pelos estudantes e conta com o apoio da Rio Branco. A instituição ofereceu os professores-intérpretes para as aulas. E os docentes adoraram a ideia!
O resultado é a participação constante de professores e alunos, com salas sempre cheias.
O projeto teve um piloto em maio, com muita adesão. Por isto, a partir deste semestre a Oficina de Libras é semanal, todas as segundas-feiras, às 19h. As aulas duram 40 minutos e são gratuitas para alunos, professores e funcionários.
A semente do projeto
A ideia surgiu depois de um mochilão para o Chile, que fiz ao lado da minha amiga Fernanda, também aluna da Rio Branco. Estávamos na estrada pedindo carona, quando encontramos um trio de surdos europeus.
Como a Fer sabia um pouco do alfabeto, conseguimos nos comunicar com eles.
Foi o máximo vê-los viajando e curtindo sem intérpretes. Para nós, foi uma
experiência que trouxe à tona a reflexão sobre o nosso papel na inclusão
social dos surdos, principalmente dentro da faculdade.
Na época, participávamos do Cieri e ela apresentou o projeto, que a atual gestão conseguiu tirar do papel.
Hoje, depois de alguns meses de aulas, já vejo algumas pessoas no corredor conversando, surdos e não surdos. Tem sido uma experiência incrível a união entre estes dois “mundos” que pareciam distantes.
Isso sim é pluralidade, vai planeta! =)