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Dicotomia: veja o que é e exemplos

Conhecimento Geral - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 17/1/2024

Índice

Introdução

Dicotomia, um termo derivado do grego "dichotomia", significa literalmente "dividir em dois". Essa concepção está enraizada na ideia de separar algo em duas partes distintas e mutuamente exclusivas. 

Central para o conceito de dicotomia é a noção de dualidade, onde dois elementos ou aspectos são opostos, mas frequentemente complementares. Este conceito é aplicado em várias áreas de estudo e discussão, abrangendo desde escolhas cotidianas até complexas teorias filosóficas e científicas. 

A dicotomia pode ser observada em exemplos clássicos como luz e escuridão, bem e mal, ou físico e metafísico, onde cada par representa extremos opostos de um espectro. Essencialmente, a dicotomia oferece uma estrutura para entender e analisar fenômenos, ideias e situações através da lente do contraste e comparação.

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O que é dicotomia?

A dicotomia é a divisão, a separação de coisas, sentimentos ou fenômenos em duas partes distintas, porém complementares. Na maior parte das vezes, a separação dicotômica é também oposta, como por exemplo no caso de bem e sua oposição mal, claro como sendo oposto e escuro, bom em oposição a mau, e em uma série de outros tantos pares dicotômicos.

Nos pares dicotômicos as coisas devem estar completamente de um lado ou do outro. Características, fenômenos, reações ou qualquer aspecto em que haja a divisão dicotômica, o mesmo elemento não pode ter, ao mesmo tempo, características das duas partes. Ou é uma coisa ou é outra, ou é bom ou é mal. Na dicotomia, não existe, portanto, a possibilidade de algo pertencer simultaneamente a duas partes distintas ou ter  características que estejam ao mesmo tempo  em uma parte ou em outra.

Dicotomia na ciência e filosofia 

Nas ciências e na filosofia, a dicotomia é uma ferramenta analítica fundamental, utilizada para desvendar e compreender complexidades variadas. Na filosofia, a dicotomia tem sido um pilar em debates e teorias, como na distinção entre mente e corpo, ou entre realidade e ilusão. Esses contrastes filosóficos ajudam a explorar e questionar a natureza da existência, da consciência e da realidade.

Nas ciências, a aplicação da dicotomia estende-se desde a classificação biológica até a análise de fenômenos sociais. Na biologia, por exemplo, a divisão dicotômica entre espécies de plantas foi uma das primeiras formas de classificação taxonômica. Na psicologia, a dicotomia é frequentemente usada para entender comportamentos e processos cognitivos, como na diferenciação entre pensamento emocional e racional.

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Dicotomia na linguagem e literatura

A dicotomia desempenha um papel crucial na retórica e literatura, sendo uma técnica literária amplamente utilizada para criar contraste e profundidade nos textos. Através da oposição de conceitos binários, como bem x mal, luz x escuridão e amor x ódio, os autores exploram conflitos e temas universais.

Um exemplo icônico da dicotomia entre bem e mal pode ser encontrado na obra "Dr. Jekyll e Mr. Hyde", de Robert Louis Stevenson. O personagem Dr. Jekyll representa o bem, enquanto Mr. Hyde representa o mal, ilustrando como a dualidade pode existir dentro de uma única pessoa.

A dicotomia luz x escuridão é frequentemente usada para criar simbolismo e atmosfera. Em "Romeu e Julieta", de William Shakespeare, a luz do sol e a escuridão da noite simbolizam o amor proibido dos protagonistas e os obstáculos que enfrentam.

Embora muito utilizada na literatura, caso da escola literária  árcade, que em sua poética, apresenta personagens ainda bastante simples e com características dicotômicas bem aparentes. O uso da  dicotomia também é deixado de lado, gradativamente,com o aprofundamento das características dos personagens e o entendimento que eles não agem apenas de uma determinada forma, regidos por um mesmo sentimento ou apenas pela racionalidade.

Os sentimentos, pensamentos e ações dos personagens, assim como dos seres humanos, depende de uma série de fatores, sentimentos e acontecimentos. A corrente realista e a naturalista, já aprofunda mais as características de seus personagens, levando em consideração que não é possível que um personagem seja somente bom ou somente mal ou ainda seja somente triste ou somente feliz.

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Estátua de Julieta, personagem de William Shakespeare (Imagem de Andreas Lischka por Pixabay)

Exemplos de dicotomia

Vários pares podem ser enquadrados como dicotômicos. Conheça alguns deles:

  •  Bem x Mal;

  • Bom x Mau;

  • Luz x Escuridão;

  • Felicidade x Tristeza;

  • Razão x Emoção;

  • Dia x Noite;

  • Amor x Ódio;

  • Céu x Inferno;

  • Direita x Esquerda;

  • Chuva e sol.

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Luz e escuridão (Imagem de pradippal por Pixabay)

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Resumo sobre dicotomia

A dicotomia é um conceito fundamental que envolve a divisão de algo em duas partes distintas e opostas, frequentemente complementares. Originária do termo grego "dichotomia", essa abordagem tem aplicações abrangentes em várias áreas, incluindo filosofia, ciência, linguagem e literatura.

Na filosofia, a dicotomia é empregada para explorar contrastes essenciais, como mente e corpo, realidade e ilusão, questionando a natureza da existência. Nas ciências, é utilizada para classificar e analisar fenômenos, como na taxonomia biológica e na psicologia.

Na linguagem e na literatura, a dicotomia é uma técnica literária poderosa que cria contraste e simbolismo através de oposições binárias, como bem x mal, luz x escuridão e amor x ódio. Essas dicotomias enriquecem o significado e a profundidade das obras literárias, permitindo a exploração de temas universais.

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Esta arte trabalha sobre uma dicotomia, quase uma dilaceração. De um lado, as determinações católicas contrarreformistas — a obrigação de tratar dos temas bíblicos e da vida de santos; a perspectiva teocêntrica, que considera Deus como o centro do mundo, o eixo da vida. De outro, as solicitações do mundo — os temas da vida real, como as conquistas, as maravilhas inventadas pelos homens, segundo a perspectiva antropocêntrica, que considera o homem a medida de todas as coisas. Daí aparecem tensões entre o divino e o humano, o tema religioso e o tema mundano, o sublime e o profano, o alto e o baixo, etc.

(Luís Augusto Fischer. Literatura brasileira: modos de usar, 2013. Adaptado.)

O texto trata da arte:

 

A Renascentista.
B Árcade.
C Romântica.
D Simbolista.
E Barroca.
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