Aquecimento global é o processo de aumento da temperatura média do planeta, causado pela intensificação do efeito estufa. O aumento nas temperaturas globais e a nova composição da atmosfera desencadeiam alterações importantes na Terra. Alguns exemplos são:
O planeta já sofreu muitas mudanças climáticas globais. Isso é demonstrado por uma série de evidências que mostram que isso já acontecia há milhões de anos, por causas naturais associadas aos ciclos de resfriamento (glaciações) e aumento de temperatura. Entre essas causas, tanto para aquecimentos como para resfriamentos, podem ser citadas mudanças na atividade vulcânica, na circulação marítima, na atividade solar, no posicionamento dos polos e na órbita terrestre.
A mudança significativa global mais recente foi a última glaciação, no período Holoceno, que terminou em torno de 10 mil anos atrás.
Mas, para além desses ciclos, a temperatura média da Terra tem se elevado desde meados do século XIX. A elevação na temperatura não foi linear, com várias oscilações para mais e para menos. Variações desse tipo são naturais e esperadas, mas a tendência geral é que a intensidade dos fenômenos vem aumentando.
Mudanças importantes estão sendo agora induzidas pelo homem, cujas atividades geram gases estufa e os liberam na atmosfera, aumentando a sua concentração e provocando um aumento na retenção geral de calor. Algumas evidências para isso são:
Alguns estudos indicaram que uma parte do aquecimento observado no início do século XX pode ser atribuível a causas naturais, como a variabilidade climática natural e emissões vulcânicas de gases, mas o consenso atual é de que a partir da segunda metade do século as atividades humanas têm sido responsáveis por muitas mudanças.
Projeção dos aumentos de temperatura em diferentes locais do planeta no decorrer do século XXI.
O principal acordo mundial para combater o aquecimento global é o Protocolo de Quioto, negociado em 1997, onde foram definidas metas concretas de mitigação por cada país participante, com a exceção dos países em desenvolvimento, que não foram obrigados a estabelecer metas. O protocolo abrange mais de 160 países e mais de 55% das emissões de gases do efeito estufa. Apenas os Estados Unidos, historicamente o maior emissor de gases estufa do mundo, e o Cazaquistão, recusaram-se a reconhecer o tratado.
Os países menos desenvolvidos e mais pobres em geral são pequenos emissores de gases estufa, mas devem sofrer suas consequências mais pesadamente do que os ricos — que são grandes emissores e os maiores responsáveis pela origem do problema.
O debate passa também pela questão de saber em que medida é que países recém-industrializados, como China e Índia, deverão ter o privilégio de poder aumentar suas emissões a fim de que seu crescimento não seja prejudicado, especialmente a China, uma vez que ela é atualmente o maior emissor individual do mundo.
A fim de auxiliar os países menos favorecidos, o Protocolo de Quioto introduziu três instrumentos principais para a flexibilização das exigências:
De acordo com o relatório “A grande sombra da pecuária” (Livestock’s Long Shadow), feito pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, o gado é responsável por cerca de 18% do aquecimento global, uma contribuição maior que a do setor de transportes.
A criação de gado em larga escala contribui para o aquecimento global por meio da emissão de: