As Instituições Sociais são definidas no campo sociológico como instrumentos que regulam e normatizam a ação dos indivíduos a partir do uso de regras, normas e leis.
A sociedade, em grande parte, aceita as normas e leis impostas. A naturalização dessas leis e regras faz parecer que já fazem parte da sociedade há bastante tempo. As regras já estão tão instauradas na sociedade que, muitas vezes, o questionamento sobre elas é evitado ou, simplesmente, passa despercebido entre a maior parte dos indivíduos.
Os valores, padrões e comportamentos chegam à sociedade através da coerção e normatização.
No geral, as instituições funcionam de forma interdependente. As ações e regras de uma colaboram com as ações e regras da outra. As regras e normas comportamentais disseminadas pelas Instituições Sociais são pensadas para serem duradouras e garantirem a estabilidade na interação entre diferentes grupos.
Max Weber define as Instituições Sociais como organizações com autoridade sobre a sociedade e os indivíduos. Já Marcel Mauss apresenta uma visão mais antropológica, definindo as instituições como ideias ou atos vividos pelos indivíduos ou pela sociedade.
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Embora possam apresentar algumas distinções, as instituições apresentam algumas características comuns a todas elas:
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Dentre as Instituições Sociais existentes, a família é, geralmente, a primeira com a qual o indivíduo tem contato, e faz parte do que é chamado de grupo social primário. É com a família que os indivíduos aprendem primeiramente a forma como devem se comportar e agir diante de algumas situações ao longo da vida.
Através da educação, a família é a primeira responsável por transmitir e perpetuar os valores, tradições e costumes da sociedade em que vivem. Muitas vezes, essa perpetuação de valores está apoiada também em valores religiosos, o que mostra a interdependência das instituições.
Para as Ciências Sociais, a Igreja e as religiões, em geral, são instituições que surgiram para preencher lacunas ligadas à metafísica e a explicações sobre o mundo e a sociedade. As religiões são baseadas na crença, na fé, nos dogmas e nas tradições, para que possam estabelecer suas normas de conduta e ação social.
A religião e a família são o exemplo mais claro e comum de interdependência. Embora a laicidade do Estado seja defendida em vários países, muitos líderes políticos usam de dogmas de determinadas religiões como forma de garantir o poder e perpetuar a transmissão dos valores religiosos.
As escolas, assim como a família e a religião, também têm a função de transmitir conhecimento, só que de maneira formal. As escolas e instituições de ensino, normalmente, estão a serviço de uma classe social e transmitem conhecimentos distintos, dependendo do grupo social para qual essa educação está sendo destinada.
Escola e família também formam um conjunto interdependente de disseminação de saberes, valores e formas de comportamento. Geralmente são distintas, dependendo do grupo social ao qual as informações são destinadas.
O Estado é a instituição que atua no controle social através do uso legítimo da força, para garantir que as decisões tomadas sejam respeitadas.
O Judiciário, parte do aparato legal do Estado, funciona no auxílio ao cumprimento das regras e ordens estabelecidas pelo poder Legislativo. O Estado e seus três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) atuam de maneira formal, coercitiva e, quando necessário, fazendo uso da força para garantir a existência e cumprimento das normas, regras e leis de uma sociedade.
Problemas sociais como desagregação familiar, desemprego, analfabetismo e conflitos religiosos, vividos pelos homens no atual contexto, levam a Sociologia não somente a estudá-los, mas, sobretudo, dar respostas aos mesmos. Esses problemas que levam ao estudo da família, economia, educação e religião inserem se no conceito de: