Combustíveis são substâncias químicas que, em reação com o oxigênio ou algum outro comburente, podem liberar energia na forma de calor, gases ou chamas.
A combustão é o nome do fenômeno químico em que acontece a liberação de calor e, por conta dessa liberação de calor ou chamas, todas as reações de combustão são chamadas de exotérmicas (exo = liberação e térmica = calor).
Cada reação pode, no entanto, originar diferentes produtos, dependendo dos combustíveis e comburentes utilizados. Os produtos mais comuns são: óxido de ferro, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, dióxido de carbono e gás carbônico.
Geralmente, os combustíveis podem ser provenientes de diversas origens. Entre as mais comuns, destacam-se:
Pesquisas arqueológicas e escavações apontam que os primeiros combustíveis utilizados pelo homem foram pedaços de madeiras de árvores e pedras. A combustão era originada a partir do atrito entre as pedras ou pedaços de madeira.
Após o conhecimento mais avançado de como produzir fogo, foram usados como combustíveis vários objetos e itens, como gordura animal, madeira, folhas, óleos vegetais e carvão, principalmente durante a Idade Média.
Já em meados do século XVIII, pós Revolução Industrial, o combustível usado para gerar energia dos motores à combustão foi o carvão vegetal.
Na transição do século XVIII para o século XIX - e com a descoberta e refino dos combustíveis fósseis -, o petróleo passou a ser utilizado como principal combustível, tanto para indústrias quanto para veículos.
Classificação e tipos de combustíveis
Legenda: Sistema antigo de extração de petróleo.
O uso de alguns combustíveis, principalmente os fósseis, está diretamente ligado à poluição. O petróleo, combustível fóssil mais utilizado, tanto em escala industrial quanto como combustível de veículos, é um dos mais caros e poluentes.
Dados da bolsa de Nova York mostram que o preço do barril saltou de U$20 em 1996 para U$63 em abril de 2019.
O refino do petróleo e a transformação em outros subprodutos, como o plástico e a gasolina, além de caros também colaboram com a poluição ambiental. O descarte incorreto dos resíduos das refinarias é um dos maiores responsáveis pela poluição das águas e do ar, além da destruição das faunas e floras locais.
O petróleo também é causa de inúmeros conflitos políticos entre os países. Em 1979, o déficit na produção do Oriente Médio por conta das guerras locais e da alta do preço do barril determinado pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) gerou uma crise em contexto mundial, obrigando alguns países a iniciarem o investimento em fontes alternativas de combustíveis, como os à base de açúcar ou milho.
Legenda: Plataforma de extração de petróleo.
DUALIBE; A. K.(org). Combustíveis no Brasil - Desafios e Perspectivas - . Livraria Synergia, 2012.
GALAO, Olívio F. ; BORSATO, Dionísio; MOREIRA, Ivanira. Combustíveis Fósseis. Carvão e Petróleo. Londrina, Eduel, 2010.
Preço do barril de Petróleo. Disponível em: https://www.valor.com.br/valor-data/tabela/5854/petroleo.
Um dos insumos energéticos que volta a ser considerado como opção para o fornecimento de petróleo é o aproveitamento das reservas de folhelhos pirobetuminosos, mais conhecidos como xistos pirobetuminosos. As ações iniciais para a exploração de xistos pirobetuminosos são anteriores à exploração de petróleo, porém as dificuldades inerentes aos diversos processos, notadamente os altos custos de mineração e de recuperação de solos minerados, contribuíram para impedir que essa atividade se expandisse. O Brasil detém a segunda maior reserva mundial de xisto. O xisto é mais leve que os óleos derivados de petróleo, seu uso não implica investimento na troca de equipamentos e ainda reduz a emissão de particulados pesados, que causam fumaça e fuligem. Por ser fluido em temperatura ambiente, é mais facilmente manuseado e armazenado.
A substituição de alguns óleos derivados de petróleo pelo óleo derivado do xisto pode ser conveniente por motivos: