A partir da segunda metade do século XIX, novas transformações ocorridas nos processos de produção dos países industrializados deram início ao que é denominada Segunda Revolução Industrial. Entre as mudanças introduzidas, estava a substituição do carvão mineral por novas fontes de energia, como o petróleo e a eletricidade.
Os segmentos industriais também se expandiram, e houve um incremento da chamada indústria de base, como a siderúrgica (produção de aço) e petroquímica (produtos derivados do petróleo).
Essa etapa da industrialização também foi marcada, nas fábricas, pela adoção dos processos de produção em série, como o fordismo (introdução de procedimentos e normas de divisão do trabalho nas fábricas visando expandir ao máximo a produção).
Na esfera do capital, houve a substituição da livre concorrência pelo grande capital monopolista, que dominou setores produtivos inteiros, fundiu indústria e finanças, e passou a ter um controle muito maior sobre os mercados.
Esse período também é lembrado pela revolução pela qual passaram os meios de transporte, como a adoção dos navios e trens a vapor, e posteriormente pela invenção do automóvel e do avião, que encurtaram distâncias e transformaram a maneira com que os homens viam e se relacionavam com o mundo.
Foi também a época de novos avanços tecnológicos, puxados pela invenção do telégrafo, do telefone, da fotografia, entre outros.
Terceira Revolução Industrial
Alguns pesquisadores defendem também a existência de uma Terceira Revolução Industrial, que teve início na segunda metade do século XX, e passou para um ritmo mais intenso a partir das décadas de 1980 e 1990.
Os processos que caracterizam essa nova etapa da produção industrial são a substituição do antigo modelo fordista, que já dava sinais de esgotamento após sucessivas crises, por modelos inspirados no toyotismo. Essa nova forma de produção teve origem nas fábricas da Toyota, no Japão, em que a antiga especialização do trabalho foi substituída por equipes menores, dominando todas as etapas de produção, capazes de produzir para atender a demanda imediata.
Para reduzir ainda mais os custos, houve uma intensificação do investimento em alta tecnologia nos países desenvolvidos, enquanto grandes empresas instalaram unidades de produção em países subdesenvolvidos, onde a força de trabalho é relativamente barata.
As transformações significativas na esfera da produção podem ser consideradas para a classificação que acabamos de ver. Alguns estudiosos, no entanto, acreditam se tratar do mesmo processo de desenvolvimento histórico do capitalismo, iniciado no século XVIII, na Inglaterra, que mantém, embora com diferenças, as estruturas sociais criadas pela Revolução Industrial.