A extensão do bioma Amazônico é impressionante. Ocupando grande parte do território brasileiro, a Floresta Amazônica está localizada nos estados do Pará, Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima, e em alguns trechos do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Esse bioma também pode ser encontrado em países próximos ao Brasil, como as Guianas, o Suriname, a Venezuela, o Equador, o Peru e a Bolívia.
A Floresta Amazônica apresenta a maior biodiversidade do mundo, pois, nesta região, é possível encontrar milhares de espécies de animais, vegetais e microorganismos, sendo que não se tem ideia de quantas espécies ainda estão por ser descobertas.
Além da variedade de seres biológicos, a região conta com muitos rios, os quais formam a maior bacia do planeta, sendo responsável por 20% da água doce despejada no oceano.
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O clima que caracteriza o bioma Amazônico é o Equatorial. Nesta região há grande presença de chuvas e a temperatura é elevada.
Em relação aos relevos, é possível observar diferentes formações na Floresta Amazônica. Ela é composta de:
As regiões de planícies são constantemente inundadas pela água dos rios. Nas regiões de planaltos, além de existir algumas serras, encontra-se o Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil, com cerca de 3.015 metros.
A variedade da floresta Amazônica é bem grande, apresentando diversas formações que são resultado da organização drenagem da bacia hidrográfica, destacando-se três grandes categorias de matas:
Matas de Terra Firme: Ocupam 90% da área total da Floresta Amazônica e se localizam em regiões mais altas, não sendo inundadas pelos rios. Possuem árvores de grande porte, que são bastante densas e que bloqueiam, quase por completo, a passagem da luz solar. Neste tipo de mata destacam-se o cedro e a castanheira-do-pará;
Pesquisas indicam que na Floresta Amazônica há cerca de 30 milhões de espécies animais. Dentre os mamíferos, destacam-se as onças, os tamanduás e os esquilos. Nesse bioma também encontram-se mamíferos aquáticos, como peixes-boi e botos.
Existe também uma grande variedade de répteis. Podem ser encontrados lagartos, jacarés, tartarugas e serpentes. Entre os anfíbios, existem variados tipos de rãs, sapos e pererecas.
Nas águas amazônicas encontram-se 85% das espécies de peixes de toda a América do Sul. Anualmente, milhares deles migram para a região para a Piracema (período de reprodução dos peixes).
No bioma Amazônico há, ainda, uma grande diversidade de aves. Araras, papagaios, periquitos e tucanos são exemplos de espécies típicas da floresta.
A Floresta Amazônica, atualmente, é uma área de fundamental preocupação dos ambientalistas de todo o mundo. A importância ecológica deste bioma é baseada na sua biodiversidade e no seu papel na absorção de CO2.
Até 30 anos atrás, a intervenção humana na Floresta Amazônica era baixa, entretanto, com o surgimento de programas de desenvolvimento da região e com a implementação de projetos agropecuários e de mineração, a devastação da floresta alcança, atualmente, o tamanho da França.
Nos dias atuais, asatividades que colocam em risco a preservação da floresta são inúmeras, uma vez que o desenvolvimento socioeconômico exige a obtenção de energia e a criação de empregos. Neste sentido, usinas hidrelétricas são responsáveis por submergir milhares de espécies ainda nem conhecidas pelo homem; madeireiras devastam grandes porções de área verde; pecuaristas queimam a mata, liberando CO2 para a atmosfera; e garimpeiros, por sua vez, poluem as águas dos rios com mercúrio.
Calcula-se que 78% do desmatamento na Amazônia tenha sido motivada pela pecuária – cerca de 35% do rebanho nacional está na região – e que pelo menos 50 milhões de hectares de pastos são pouco produtivos. Enquanto o custo médio para aumentar a produtividade de 1 hectare de pastagem é de 2 mil reais, o custo para derrubar igual área de floresta é estimado em 800 reais, o que estimula novos desmatamentos. Adicionalmente, madeireiras retiram as árvores de valor comercial que foram abatidas para a criação de pastagens. Os pecuaristas sabem que problemas ambientais como esses podem provocar restrições à pecuária nessas áreas, a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio da soja, o qual, posteriormente, foi proibido em áreas de floresta.
Época, 3/3/2008 e 9/6/2008 (com adaptações).
A partir da situação-problema descrita, conclui-se que: