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Perífrase

Português - Manual do Enem
Alanis Zambrini Publicado por Alanis Zambrini
 -  Última atualização: 2/8/2022

Índice

Introdução

A perífrase é uma figura de linguagem da língua portuguesa, sendo comum em textos literários, poemas, músicas e outros gêneros textuais que são menos rígidos em forma e linguagem.

Ela é usada quando temos um apelido ou alcunha para algum objeto ou lugar, que acaba sendo bem conhecido no senso comum. Assim, a perífrase é um modo de não falarmos diretamente o nome de alguma coisa.

Uma curiosidade legal de sabermos é que a palavra perífrase originou-se no grego periphrazein, que significa “falar em círculos”, o que diz muito sobre a função dessa figura de linguagem, já que ela fala o nome de algo a partir de outras palavras, de modo a transmitir a mesma ideia de um modo diferente.

Exemplos de perífrase

  • cidade maravilhosa (Rio de Janeiro) tem praias muito bonitas.
  • Foi um fim de semana divertido na terra da garoa (São Paulo).
  • Velho Chico (rio São Francisco)é uma fonte de sustento para muitas pessoas.
  • país do carnaval (Brasil) tem uma natureza exuberante!
  • Timão (Corinthians) é o melhor time de São Paulo!
  • pulmão do mundo (Amazônia) está sofrendo com incêndios criminosos e desmatamentos.
  • melhor amigo do homem (cachorro) é um animal muito leal.
  • Todos os dias eu gosto de saudar o astro rei (sol).
  • rei dos animais (leão) é um ótimo caçador.
  • última flor do Lácio (língua portuguesa) é uma língua bela e muito falada em vários países diferentes.
  • país do sol nascente (Japão) possui uma cultura muito bonita e paisagens inesquecíveis.

Perífrase vs Antonomásia

É importante que a gente preste atenção em relação à diferença entre a perífrase e a antonomásia, pois elas são figuras de linguagem muito parecidas, mas cujo uso é um pouco diferente.

perífrase é usada geralmente com vários elementos, como objetos, lugares, animais, etc. Já a antonomásia é usada com a mesma função da perífrase (como um apelido), mas em relação a pessoas, principalmente a celebridades.

Assim, temos o raciocínio: toda antonomásia é um tipo de perífrase, mas nem toda perífrase é uma antonomásia, já que apenas teremos essa segunda figura de linguagem quando estivermos falando de pessoas. 

Vamos ver alguns exemplos para essa diferença ficar mais clara:

  • rainha dos baixinhos (Xuxa) é muito divertida. - Antonomásia
  • Bruxo do Cosme Velho (Machado de Assis) é o meu escritor preferido. - Antonomásia
  • poeta dos escravos (Castro Alves) me impressiona muito com a sua escrita. - Antonomásia
  • O rei do rock (Elvis Presley) cantava muito bem! - Antonomásia
  • primeira-dama do teatro brasileiro (Fernanda Montenegro) é uma atriz muito renomada mundialmente. - Antonomásia
  • cidade luz (Paris)é ainda mais bonita à noite. - Perífrase
  • ouro negro (petróleo) é muito cobiçado por vários países. - Perífrase
  • país do futebol (Brasil) é grande e possui uma diversidade muito bonita de se ver. - Perífrase
  • Cidade maravilhosa/Cheia de encantos mil/Cidade maravilhosa/Coração do meu Brasil.” (Rio de Janeiro, por Caetano Veloso) - Perífrase

Perífrase vs Metonímia

Às vezes, podemos acabar confundindo a perífrase (e mesmo a antonomásia) com a metonímia, que é outro tipo de figura de linguagem. O importante para não confundirmos essas três é sabermos que, na metonímia, teremos o emprego de um termo no lugar do outro, existindo afinidade entre ambas as palavras ou expressões. Isso pode ocorrer com alguns tipos de relação, como: parte pelo todo, marca pelo produto, conteúdo pelo continente, etc. Assim, sempre teremos uma relação muito próxima entre essas palavras.

Já na perífrase, acabamos usando-a de modo a propor maior clareza com a adoção de termos parecidos, falando apelidos conhecidos sobre animais, lugares e objetos. 

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
Insper 2013

O "gilete" dos tablets

Num mundo capitalista como este em que vivemos, onde as empresas concorrem para posicionar suas marcas e fixar logotipos e slogans na cabeça dos consumidores, a síndrome do "Gillette" pode ser decisiva para a perpetuação de um produto. É isso que preocupa a concorrência do iPad, tablet da Apple. 

Assim como a marca de lâminas de barbear tornou-se sinônimo de toda a categoria de barbeadores, eclipsando o nome das marcas que ofereciam produtos similares, o mesmo pode estar acontecendo com o tablet lançado por Steve Jobs. O maior temor do mercado é que as pessoas passem a se referir aos tablets como "iPad" em geral, dizendo "iPad da Samsumg" ou "iPad da Motorola", e assim por diante. (http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-edgard/o-gilete-dos-tablets-260395-1.asp)

No campo da estilística, a figura de linguagem abordada na matéria acima recebe o nome de

A metáfora, por haver uma comparação subentendida entre a marca e o produto.
B hipérbole, por haver exagero dos consumidores na associação do produto com a marca.
C catacrese, por haver um empréstimo linguístico na referência à marca do produto famoso.
D metonímia, por haver substituição do produto pela marca, numa relação de semelhança.
E perífrase, por haver a designação de um objeto através de seus atributos ou de um fato que o celebrizou.
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