A aceleração do processo de industrialização em países europeus - como Alemanha, Inglaterra e França - durante o século XIX, teve como consequência o aumento do acúmulo de capital. Mais tarde, já no final desse mesmo século, as indústrias e empresas presentes nesses países passaram a se movimentar em direção à concentração desse capital na mão de grandes conglomerados, a partir de acordos de mercado.
Além disso, após a Grande Depressão das décadas de 1880 e 1890, inúmeras empresas pequenas acabaram falindo ou foram incorporadas a empresas maiores, dando origem aos monopólios.
Dessa forma, as empresas e indústrias começaram a criar mecanismos de fusão e administração, que fizeram surgir grandes corporações hegemônicas no ramo financeiro e industrial, configurando monopólio. Cartel, Truste e Holding são três dos principais mecanismos desenvolvidos.
É importante pontuar que essas práticas são proibidas em diversos países, por serem extremamente prejudiciais para os consumidores, devido a consequências negativas, como:
No Brasil, por exemplo, cartéis e trustes são proibidos, apesar de ainda ser comum que aconteçam por falta de fiscalização ou brechas na lei. Os holdings, entretanto, ainda são permitidos no país.
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Quando duas ou mais empresas atuantes em um mesmo segmento de produção e mercado estabelecem acordos - geralmente secretos - com o objetivo final de controlar as ofertas e os preços dos produtos de ambas, chama-se cartel.
Os cartéis tiveram sua origem na Alemanha e se tornaram comuns durante a Primeira e Segunda Guerras Mundiais. Essa prática acaba por beneficiar as empresas, pois põe fim à livre concorrência.
É configurado cartel quando as empresas tabelam os preços de um produto. A prática se torna prejudicial para os consumidores, já que esses, por mais que procurem, não conseguirão encontrar o menor preço de um produto. Nesse caso, as empresas são ainda independentes.
Exemplo: empresas de material escolar colocam seus respectivos cadernos - de mesmo tipo e qualidade - com um mesmo preço.
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Truste é o nome dado quando uma ou mais empresas que já detêm grande parte de um mercado se unem ou se fundem, adotando práticas econômicas que lhes assegurem o aumento dos lucros. Exemplo de truste: a fusão das empresas Sadia e Perdigão, que atuam na mesma área.
É comum que, após o truste, aconteça também o aumento dos preços dos bens, produtos ou serviços que oferecem. No caso do truste, as empresas fazem uma fusão total, abdicando de sua autonomia financeira.
O truste pode ser classificado de duas maneiras:
No truste, a livre concorrência é também fortemente prejudicada.
É configurado holding quando várias empresas se unem e uma delas se torna responsável pela administração das demais, a partir da compra de suas ações.
Apesar de não haver necessariamente monopólio produtivo, a empresa centralizadora administra, controla e elabora as políticas financeiras das demais empresas.
O holding, por si só, é uma empresa que não produz e possui somente a função administrativa, comandando outras empresas de um bloco comercial, um conglomerado.
Exemplo: o Grupo Silvio Santos, que administra mais de 40 outras empresas.
A associação que se dá entre empresas que eram concorrentes e que se tornam sócias passando a controlar grande parte do mercado consumidor, promovendo a diminuição da concorrência é conhecida como: