A Mata Atlântica é um bioma que ocupa uma área de 1.110.182 km², o que corresponde a 13,04% do território do Brasil.
Este bioma é constituído principalmente por mata ao longo da costa litorânea brasileira. Passa pelos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, e em parte do território dos estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
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A Mata Atlântica é uma das florestas tropicais mais importantes do mundo, tendo características muito parecidas com as da Floresta Amazônica. Ela é densa, bastante heterogênea e possui uma biodiversidade por m² até maior que o bioma amazônico.
Estima-se que existam na Mata Atlântica por volta de 20 mil espécies vegetais, o que representa, aproximadamente, 35% das espécies existentes no Brasil.
A vegetação deste bioma é classificada de acordo com os extratos. No extrato superior, encontram-se as árvores mais altas e latifoliadas, que recebem a maior parte da luz do sol. O manacá-da-serra e o guapuruvu são exemplos de árvores desse tipo.
Abaixo do extrato superior encontra-se o extrato arbustivo, do interior da mata, que reúne espécies sob a sombra das árvores mais altas. Nesta categoria encontram-se árvores como a jabuticabeira, a palmeira-juçara, a begônia e o ipê.
O extrato herbáceo é o mais baixo, contendo plantas de tamanho pequeno que vivem próximas ao solo. Ervas, gramíneas e musgos compõem este grupo de arbustos baixos.
Em relação à fauna, o bioma abriga, aproximadamente, 850 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 de peixes. Entre os mamíferos que podem ser encontrados na Mata Atlântica estão o mico-leão-dourado, bicho-preguiça, gambá, morcego, furão, paca e sagui.
Entre os répteis, encontram-se cágados, cobras corais e teiús, espécie de lagartos que pode passar de um metro de comprimento. No grupo das aves, as espécies mais comuns são o pica-pau, a jacutinga, a araponga e os gaviões.
Entre as espécies de peixes já catalogadas estão o dourado, o pacu e a traíra.
Atualmente, a Mata Atlântica encontra-se devastada. Devido à ocupação e às atividades humanas na região, hoje restam menos de 10% de sua cobertura vegetal.
Por estar justamente na área em que se formaram os centros de desenvolvimento do país, este bioma acabou sendo transformado em vestígios, presentes nas áreas de relevos mais altos e de mais difícil ocupação.
Primeiramente, a agricultura de cana-de-açúcar no Nordeste e de café no Sudeste foram as atividades responsáveis pelo desmatamento da região. Posteriormente, destacaram-se os processos de industrialização e urbanização. Atualmente, o turismo predatório ataca os ecossistemas ligados a essa mata, como o mangue e a restinga.
Há diversos projetos que visam a recuperação da Mata Atlântica, principalmente na região Sudeste. Existem algumas áreas de preservação, por exemplo, em em cidades como São Sebastião.
A nível nacional, devido aos inúmeros parques e bosques de seu perímetro urbano, Curitiba é a cidade brasileira onde a Mata Atlântica está melhor preservada.
A Constituição Federal de 1988 coloca a Mata Atlântica como patrimônio nacional, junto com a Floresta Amazônica brasileira, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira. A derrubada da mata secundária é regulamentada por leis posteriores, uma vez que a derrubada da mata primária é proibida.
As florestas tropicais, as mais ricas em biodiversidade, estão entre os ecossistemas mais importantes do planeta. A Mata Atlântica, conforme se pode constatar na figura, sofreu uma redução brutal em termos de área ocupada.
(SOS Mata Atlântica/INPE. Atlas dos remanescentes florestais, 2002. Adaptado.)
A degradação da Mata Atlântica, constatada na figura, foi intensificada em decorrência do ciclo econômico: