A urbanização é um processo muito importante, pois foi a responsável pela origem da cidade moderna, além de continuar a moldá-la até hoje. Esse processo não apenas marca a transição de sociedades baseadas na agricultura para aquelas centradas em atividades urbanas, mas também reflete mudanças profundas na organização social, econômica e cultural.
À medida que as populações migraram do campo para as cidades em busca de melhores oportunidades de emprego, educação e qualidade de vida, as cidades expandiram-se rapidamente. Esse crescimento trouxe consigo desafios significativos, incluindo a necessidade de habitação, infraestrutura, transporte e serviços públicos adequados, além de questões ambientais e de sustentabilidade.
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A urbanização é o processo em que a população das cidades cresce mais rapidamente do que a população dos campos. A principal força propulsora deste processo são as migrações motivadas pelo surgimento de ofertas de emprego na indústria, construção civil, comércio e demais atividades urbanas.
A urbanização, processo de crescimento das cidades em detrimento das áreas rurais, provoca uma série de efeitos e transformações tanto nos ambientes urbanos quanto nos sociais e econômicos. Alguns dos principais efeitos incluem:
Crescimento Populacional em Áreas Urbanas: Conduz ao aumento da densidade populacional nas cidades, exigindo mais habitação e serviços públicos.
Mudança na Estrutura Econômica: Favorece a transição de uma economia baseada na agricultura para uma centrada em setores como indústria, serviços e tecnologia.
Desafios Ambientais: A concentração de pessoas e indústrias nas cidades pode levar à poluição do ar e da água, ao aumento dos resíduos e à degradação dos habitats naturais.
Desigualdade Social e Econômica: Embora a urbanização possa oferecer oportunidades de emprego e melhor qualidade de vida, também pode acentuar as disparidades sociais e econômicas, com algumas populações enfrentando condições de vida precárias.
Pressão sobre Infraestrutura e Serviços: A crescente demanda por transporte, água, saneamento, educação e serviços de saúde desafia as cidades a expandir e melhorar essas infraestruturas.
Modificações no Estilo de Vida: A vida urbana implica mudanças nos padrões de vida, comportamento e relações sociais, frequentemente marcada por um ritmo de vida mais rápido e por um ambiente mais competitivo.
Espaço Urbano e Planejamento: A necessidade de gerenciar o espaço urbano de forma eficiente leva ao desenvolvimento do planejamento urbano, que busca otimizar a disposição de áreas residenciais, comerciais e de lazer, além de enfrentar os desafios de mobilidade urbana.
Inovação e Desenvolvimento Tecnológico: Cidades tendem a ser centros de inovação, promovendo avanços em tecnologia, educação e cultura.
Transformações Culturais: Aproximação de diversas culturas e estilos de vida, promovendo a diversidade cultural, mas também podendo levar à perda de identidades culturais tradicionais.
Mudanças no Uso do Solo: Conversão de áreas verdes e agrícolas em áreas urbanas, afetando a biodiversidade e os ecossistemas locais.
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Entenda o histórico dos processos de urbanização ao redor do mundo:
A Inglaterra foi a primeira sociedade a vivenciar o fenômeno da industrialização, bem como foi a pioneira na transformação de um país rural para um predominantemente urbano.
Entretanto, a urbanização acelerada ocorreu - não só na Inglaterra, mas na maior parte dos países desenvolvidos industrializados - a partir da segunda metade do séculos XIX, na fase da Segunda Revolução Industrial.
Nesses países a urbanização é, portanto, mais antiga e ocorreu de forma mais lenta e integrada com a área rural. Durante o processo de urbanização, as cidades acompanharam a evolução das migrações e, com o tempo, estabeleceram todos os tipos de ferramentas de utilidade pública destinados à prestação de serviço, como: sistemas de abastecimento de água, serviços de esgoto, energia elétrica, rede telefônica e gás canalizado.
Considerando que a urbanização moderna é um processo estreitamente ligado à industrialização e ao capitalismo, os países mais urbanizados do mundo são: Mônaco (100%), Bélgica (97%), Holanda (89%) e Alemanha (86,6%).
No caso dos países subdesenvolvidos, a urbanização é um processo mais recente. Nesses países, a rápida industrialização ocorrida após a Segunda Guerra Mundial gerou um acentuado desequilíbrio das condições de vida entre as cidades e as zonas rurais, provocando intenso êxodo rural e rápido processo de urbanização.
Alguns desses países subdesenvolvidos industrializados apresentam taxas de urbanização igual ou até superiores à países desenvolvidos. A América Latina é a região mais urbanizada desse grupo de países, onde pode-se citar: Argentina (88,9%), Brasil (85%) e México (75,3%).
Nos países subdesenvolvidos não industrializados, localizados predominantemente na África e na Ásia, há baixos índices de urbanização, devido a predominância das atividades primárias.
Outra parcela desse grupo de países tem apresentado intensa urbanização em razão ao intenso processo de êxodo rural, decorrente do baixo padrão de vida no campo e da falta de uma política governamental que promova a fixação e o acesso das pessoas à terra. Essas ações aliviariam a pressão populacional sobre as cidades.
Alguns exemplos de países subdesenvolvidos não industrializados e sua taxa de urbanização: Butão (7%), Guiné-Bissau (22%) e Paquistão (32,2%).
O processo de urbanização nos países subdesenvolvidos ocorreram mais recentemente e de forma muito mais acelerada em relação aos países desenvolvidos. Por esse motivo, surgiram uma gama de problemas sociais, tais como criminalidade, uso de drogas, poluição, doenças e falta de moradia.
Esses problemas ocorreram devido a total carência de um política de planejamento urbano e de investimento em infraestrutura e serviços públicos como transportes, escola, hospitais, saneamento básico e etc.
O êxodo rural, processo provocado pela mecanização do campo, dificultou a absorção da mão-de-obra rural nas cidades e transferiu a pobreza do campo para as regiões urbanas. O desenvolvimento dos setores secundário e terciário não acompanhou o ritmo de urbanização, gerando consequências como subemprego, mendicância, favelas, criminalidade e etc.
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Analise a tabela a seguir.
No período de 1950 a 1960, pode-se afirmar que a urbanização dos países subdesenvolvidos é explicada, dentre outras razões, devido: