A cedilha (ç) é um sinal diacrítico, ou seja, um sinal com a função de mudar a pronúncia de uma letra, que deve ser acrescentado sob a letra C, para atribuir-lhe o som do fonema /s/. Outros exemplos de sinais diacríticos são os acentos agudo e circunflexo, que concedem, respectivamente, som aberto e fechado às palavras, bem como o til e o trema, que deixou de existir na língua portuguesa devido às mudanças implementadas pelo Novo Acordo Ortográfico, em 2009.
A cedilha teve origem no século XI e surgiu do castelhano, embora não exista mais nesse idioma, em decorrência de uma reforma ortográfica do século XVIII. A partir de então, as palavras que eram grafadas com ç do espanhol passaram a ser grafadas com Z ou apenas C, sem o sinal gráfico. O termo cedilha vem da palavra cedilla, diminutivo de ceda, antigo nome da letra zeta (o Z em espanhol). Assim, seria o nome para "pequeno Z".
A grafia atual da cedilha se originou da escrita gótica medieval ꝣ, devido à limitação do alfabeto latino. O sinal tinha um formato um pouco diferente, que se assemelha a um C e Z empilhados, como mostra a figura abaixo:
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A cedilha serve para atribuir a sonoridade do fonema /s/ à letra C, e o cê cedilhado (ç) deve ser usado antes das vogais A (ça), O (ço) e U (çu). Existem algumas regras importantes que determinam o uso da cedilha, por exemplo: não pode ser usada para iniciar palavras, tampouco antes das vogais E e I, já que a letra C unida a essas vogais, por si só, já tem som de /s/ (acenar, acidente).
Também há outras situações de uso da cedilha, que se elencam a seguir:
De modo geral, quando um verbo primitivo tem terminação -mer, -mir -ter, -tir, -der, -dir, devem ser usados os sufixos -ssão (após vogal) e -são (após consoante), como mostram os exemplos a seguir:
A resposta correta para essa pergunta é: não, a cedilha não é um acento. Embora se inclua na categoria de sinal diacrítico, assim como os acentos agudo e circunflexo, esses acentos apresentam uma função diferente além de indicar a sonoridade das palavras, que é evidenciar a sílaba tônica. Dessa forma, a cedilha está no grupo de sinais diacríticos, mas não se classifica como acento.
Como se trata apenas de um sinal gráfico, assim como o til e os acentos agudo e circunflexo, a cedilha não está no alfabeto. Ela não é uma letra, mas somente um recurso a ser acrescentado à letra C, quando necessário, para indicar um valor fonético específico e permitir a correta pronúncia das palavras. Da mesma forma que não existem o à ou o É no alfabeto, não consta o ç.
Embora a cedilha já não seja mais usada em seu idioma de origem, o espanhol, esse sinal diacrítico está presente em diversas línguas além do português, como: albanesa, azeri, lígure, tártara, turca, turcomena, curda, zazaki, catalão, francês, friulano e occitano.
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Nas palavras “praça” e “bênção”, emprega-se a cedilha para indicar o som do fonema /s/. Tal notação foi usada corretamente em todas as palavras do grupo: