Substantivos são uma classe gramatical que serve para designar seres, ações, objetos, estados, sentimentos, lugares, desejos, ideias e emoções.
Eles pertencem ao grupo nominal e são uma classe variável. Podem, inclusive, ser precedidos por artigos, numerais, pronomes e adjetivos.
E como pertencem a classe de palavras variáveis, os substantivos são flexionados em gênero (masculino ou feminino), número (singular ou plural) e grau (diminutivo ou aumentativo).
Desta maneira, nós podemos classificar o significado de “substantivo” como uma variável que existe para dar nome:
- às pessoas (Maria, Teresa, Igor, Helena…);
- aos países e cidades (Petrópolis, Belo Horizonte, Brasil, Inglaterra...)
- às qualidades (a beleza de alguém, a teimosia do garoto, a grandeza do amor…);
- aos sentimentos (amor, amizade, raiva, rancor, ódio…);
- aos objetos (cadeira, mesa, livro, caixa…);
- aos lugares (loja, casa, escritório, aeroporto, Alemanha, Rio de Janeiro…);
- aos seres reais e imaginários (homem, fada, Papai Noel, Saci, sereia, cachorro…);
- às ações (pulo, beijo, corrida, piscadela, movimento…).
Os substantivos podem ser precedidos por:
- numerais, quando queremos enumerar a sua quantidade (duas meninas);
- por pronomes possessivos quando indicamos posse ou pertencimento (sua menina);
- por pronomes demonstrativos quando queremos indicar a pessoa do discurso (aquela menina, essa menina);
- por artigos definidos quando queremos particularizar e individualizar (a menina - uma única menina num universo inteiro de meninas);
- por artigos indefinidos quando queremos generalizar (uma menina);
- por adjetivos quando a intenção é caracterizar o nome (linda menina)
Podemos substantivar, praticamente, qualquer palavra existente. Por exemplo, se classificarmos a palavra “anoitecer “ ela vai entrar na classe gramatical dos verbos.
No entanto, se antepusermos o artigo definido “ O”, teremos um substantivo, e que cabe perfeitamente em : “O anoitecer no sertão é sempre belo!”
Nas orações, podemos ter palavras pertencentes à outra classe substantivadas por artigos, pronomes, numerais ou adjetivos.
Tais transformações podem acontecer com todas as classes gramaticais, dentro de um determinado contexto linguístico, ou seja, depende de cada situação de comunicação, mais ou menos formal.
Os substantivos fazem parte da morfologia, que é área da gramática normativa responsável pelo estudo da formação, estruturação, flexão e classificação de todas as palavras da língua portuguesa.
A morfologia realiza um estudo detalhado de palavras e de termos isolados, e não agrupados em frases, orações, períodos ou texto.
É exatamente este tipo de análise que cataloga todas as palavras que conhecemos naquelas dez classes gramaticais que vimos inicialmente, e por isso chamamos de análise gramatical.
Mas também podemos analisar as diferentes funções assumidas pelos substantivos, dependendo do contexto de comunicação em que se encontram.
A função sintática de cada substantivo representa a função que aquela palavra desempenha dentro de uma oração, levando em consideração todas as outras palavras que o acompanham naquele contexto (diferente da morfologia, que estuda o substantivo sozinho).
E sendo assim, o substantivo pode atuar como núcleo dentro das seguintes funções sintáticas numa dada situação comunicacional:
Sujeito da oração
Aquele elemento que exerce a ação indicada pelo verbo:
Maria foi embora da festa mais cedo.
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Predicativo
Quando na presença de um verbo de ligação, temos um elo entre o substantivo que ocupa do lugar de sujeito e um substantivo que designa uma característica deste):
Teresa é um anjo!
Objeto
Quando o substantivo ocupa a função de complementar o sentido de verbos transitivos:
Eu preciso de um livro de matemática
Complemento nominal
Quando o substantivo ocupa a função de completar o sentido de outros substantivos, adjetivos e advérbios:
A leitura do capítulo 10 é requerida para a prova
Vocativo
Quando a evocação, o chamamento se utiliza de um substantivo:
Pedro, vamos embora!
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Adjunto adnominal
Quando determina, especifica ou explica um substantivo que ocupa o núcleo do sujeito
O sorriso de Maria é muito bonito.
Aposto
Quando temos uma explicação para o termo antecessor:
José Luiz da Silva, a vítima baleada, morreu na hora.
Agente da passiva
Quando o sujeito paciente exerce a ação da voz passiva do verbo:
Fui assaltado por aquele homem.
Os substantivos podem ser:
- Primitivos, quando não são formados a partir de outra palavra. Exemplo: Livro, planta, pedra;
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Derivados, se formados a partir de outra palavra. Exemplo: Livraria, plantação, pedregulho.
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Simples, quando são nomes que possuem apenas uma palavra. Exemplo: Chuva, tempo.
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Compostos, quando são nomes formados por duas palavras. Exemplo: Guarda-chuva, passatempo.
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Concretos, quando sua existência é independente, ou seja, não precisa de algo ou de alguém para se manifestar. Exemplo: Mesa, cadeira, balcão.
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Abstratos, quando sua existência depende de algo ou de alguém. Exemplo: Raiva, amor, pulo.
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Coletivos,quando indicam coleção, conjunto de seres pertencentes à mesma espécie. Exemplo: Matilha (grupo de cães), enxame (de abelhas), elenco (de artistas).
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Comuns, quando não especificam, pelo contrário, generalizam. Exemplo: menino, mulher, casa.
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Próprios, quando especificam, quando particularizam. Exemplo: João, Alemanha, Brasil.
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