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Modo subjuntivo

Português - Manual do Enem
Hilda Nunes Publicado por Hilda Nunes
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

A princípio, é importante lembrar que os verbos são as palavras utilizadas quando queremos falar sobre uma ação, um estado ou um fenômeno da natureza. Essas palavras podem variar em relação ao modo (veremos apenas o modo subjuntivo dessa vez), ao tempo, ao número e à pessoa.

Nesse sentido, é importante lembrar que os modos verbais indicam as diferentes formas que um fato pode ser realizado e são conhecidos como indicativo (indica um fato real ou tido como real), subjuntivo (indica um fato incerto, hipotético) imperativo (indica uma ordem, uma proibição, um pedido…). Com essa introdução, aprofundaremos um pouco mais os nossos estudos sobre o modo subjuntivo.

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O que é modo subjuntivo?

Diferente do modo indicativo, que considera fatos certos e reais no presente, no passado e no futuro, o modo subjuntivo se refere à existência ou à não existência de um acontecimento como uma coisa incerta, duvidosa e até mesmo irreal. Confira alguns exemplos a seguir a fim de esclarecer melhor essa ideia:

  • Se eu estudasse mais, teria aprendido todos os assuntos.
  • Quando eu fizer os exercícios, saberei se realmente aprendi o conteúdo.
  • Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se eu não tiver amor, eu nada seria.

Note como o verbo no modo subjuntivo costuma ser apresentado a partir de uma oração subordinada: Se eu estudasse mais | Quando eu fizer os exercícios | Ainda que eu fale | se eu não tiver amor. Lembrando que a oração subordinada é aquela que não tem sentido por si só, isto é, ela precisa da oração principal (teria aprendido todos os assuntos | saberei se realmente aprendi o conteúdo | eu nada seria) para de fato fazer sentido.

Como utilizar o modo subjuntivo?

O subjuntivo é o modo exigido nas orações que dependem de verbos ligados à ideia de ordem, de desejo, de proibição, de súplica, de vontade, de condição ou sentidos semelhantes. Por exemplo, a título de curiosidade, e também de acréscimo aos nossos estudos, o termo subjuntivo vem do latim “subjunctivus” e significa “que serve para ligar ou para subordinar”. Quer dizer, essa ideia demonstra que uma ação ainda não realizada (saberei se realmente aprendi o conteúdo) depende de outra uma ação (Quando eu fizer os exercícios).

Agora, observe, a título de exemplo, como fica a conjugação do verbo “falar” no modo subjuntivo, que é divido entre presente, pretérito imperfeito e futuro (sempre observe as finalizações dos verbos, pois elas costumam se repetir nos verbos regulares):


MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Que eu fale Se eu falasse Quando eu falar
Que tu fales Se tu falasses Quando tu falares
Que ele fale Se ele falasse Quando ele falar
Que nós falemos Se nós falássemos Quando nós falarmos
Que vós faleis Se vós falásseis Quando vós falardes
Que eles falem Se eles falassem Quando eles falarem


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Note que há as expressões “que eu”, “se eu” ou “quando eu”, ou seja, sempre preste atenção a essas estruturas (ou estruturas que apresentem o mesmo sentido), pois elas podem ajudar na identificação do modo subjuntivo.

Ainda sobre as orações subordinadas, o subjuntivo pode aparecer nas orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais. No caso das orações substantivas, a oração principal costuma exprimir sentido de vontade, apreciação ou dúvida. Observe:

  • Não quero que julguem por não ter feito algo que eu não queria. (dúvida)
  • Eu queria que fosses como meu professor. (apreciação)
  • Não acredito que ela passe aqui hoje. (dúvida)

Já as orações adjetivas costumam exprimir uma consequência, um fato improvável ou uma hipótese. Confira:

  • Precisava de um livro que o lembrasse da infância. (consequência)
  • Infelizmente, não houve quem o convencesse a voltar para casa. (fato improvável)
  • Não havia um meio que garantisse o que ele esperava? (hipótese)

Quanto às orações adverbiais, elas costumam exprimir ideia de causa, concessão, finalidade e tempo. Observe alguns exemplos:

  • Não que eu não quisesse amar, mas amar menos, sem tanto sofrimento. – Lígia Fagundes Teles (causa )
  • Ainda que eu chamasse com frequência, ele parecia não escutar. (concessão)
  • Torcia para que tudo voltasse ao normal. (finalidade)
  • Preciso fazer esse trabalho antes que a professora chegue. (tempo)

Além disso, o subjuntivo também é utilizado nas orações comparativas iniciadas de forma hipotética, utilizando, por exemplo, a expressão como se, nas orações condicionais quando a condição é hipotética ou irrealizável, nas orações consecutivas que expressem apenas um fim a que se pretende chegar e não uma realidade. Veja exemplos de cada uma das situações respectivamente:

  • Ele lia como se sua vida dependesse disso. (oração comparativa com valor hipotético)
  • Se lhe tivessem dado meios, ele poderia exercer os seus direitos.
  • Pôs-lhe uma nota voluntariamente seca, em maneira que lhe apagasse a cor generosa da lembrança. – Machado de Assis

Obs.: perceba que, nesses últimos exemplos, o verbo no modo subjuntivo não apresenta sentido próprio. Na verdade, o sentido está relacionado ao uso das conjunções (vide destaques em roxo).

O modo subjuntivo também pode aparecer em orações absolutas, em orações coordenadas ou em orações principais. Nesses casos, o subjuntivo pode ter sentido imperativo. Confira:

  • Que as aulas voltem o mais rápido possível. (desejo)
  • Que o estudo seja um meio de mudança. (concessão)
  • Talvez o professor falte hoje. (dúvida, geralmente há a presença do advérbio “talvez”)
  • Que levem tudo para casa. (ordem)
  • Raios partam. (exclamação)

Outro detalhe de extrema importância é que essas orações costumam apresentar o termo “que” (vide destaques em azul nos exemplos anteriores), do mesmo modo da tabela que vimos no início.

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
Escola Naval-2021

Observe a conjugação do verbo sublinhado no excerto a seguir.

“[...] a prece fervente que esse exilado fazia a Deus para que pusesse termo ao seu exílio [...]”

Assinale a opção em que o verbo destacado também foi conjugado corretamente.  

A Era preciso que as crianças se entretessem.
B Quando o senhor rever o relatório, entenderá.
C Ele gostava de palavras que proviessem do grego.
D Falaria com ele sobre o assunto assim que o revesse.
E Surpreendentemente, todos conviram com o chefe.
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