O agente da passiva é o termo que, na voz verbal passiva, pratica a ação indicada sobre o sujeito paciente. De modo geral, o agente da passiva vem introduzido pela preposição “por” ou, ainda, pela preposição “de”.
Para entender melhor como isso ocorre, vale fazer uma breve revisão sobre a voz passiva. A voz passiva é a voz verbal utilizada para indicar que o sujeito sofre uma ação expressa pelo verbo. Para que isso fique mais claro, veja um exemplo:
Perceba que o sujeito da oração é “o livro”. No entanto, esse sujeito não pratica nenhuma ação. Pelo contrário, ele sofre a ação de ter sido escrito. Assim, diz-se que “o livro” é, portanto, um sujeito paciente, já que está à mercê de uma ação expressa pelo verbo.
Sabe-se, no entanto, que o ato de ter escrito o livro deve ter sido praticado por alguém. No exemplo citado, vê-se que o agente dessa ação foi Guimarães Rosa. Por isso, a expressão “por Guimarães Rosa” é classificada, em análise sintática, como agente da passiva.
É importante relembrar que a voz ativa ocorre apenas com verbos transitivos diretos e transitivos diretos e indiretos. Veja alguns exemplos:
Perceba que, ao colocar esse exemplo na voz ativa, se obtém:
Fazendo a alteração da voz verbal, é possível perceber de forma clara que a ação verbal é realizada, de fato, pelo vento, que atua como agente da passiva na primeira oração. Por conseguinte, pode-se ver, também, que “as penas” sofrem a ação exercida pelo vento e, por isso, na voz passiva, assume o papel de sujeito paciente.
Na voz ativa, tem-se:
Veja que, na voz ativa, “todos” atua como sujeito da oração, enquanto na passiva, faz parte do agente da passiva. O verbo, na voz ativa, concorda com o sujeito da oração, e, na passiva, passa a flexionar-se de acordo com o sujeito paciente, representado por “o professor”, que na voz ativa, cumpre papel de objeto direto.
Você deve atentar-se ao fato de que a transposição da voz ativa para a voz passiva é de extrema importância para a correta identificação dos elementos da oração, dentre eles, do agente da passiva.
Por essa razão, é necessário dominar a passagem de uma voz para a outra, de modo a não cometer equívocos que comprometam, posteriormente, a análise sintática.
Observe outro exemplo de transposição, dessa vez, da voz ativa para a voz passiva:
Na voz ativa, tem-se que “o Papa” atua como sujeito. Há um verbo principal, transitivo direto (“visitou”), e “o Brasil” aparece como objeto direto. Ao fazer a transição para a voz passiva, é necessário, primeiramente, que o sujeito da voz ativa passe a funcionar como agente da passiva.
Em segundo lugar, o objeto direto da voz ativa deve se transformar em sujeito paciente da voz passiva. Posteriormente, o predicativo do objeto direto da ativa transforma-se em predicativo do sujeito da passiva.
Os verbos auxiliares da passiva (ser, estar, ficar) ficam no mesmo modo e tempo que o verbo se encontrava na voz ativa, e, por fim, o verbo da ativa passa para o particípio na passiva. Seguindo essas indicações, tem-se:
Enquanto, na voz ativa, a ação expressa pelo verbo parte do sujeito com direção ao objeto, na voz passiva, a ação verbal é realizada pelo agente da passiva, sendo recebido pelo agente da oração, chamado agente paciente. Não se esqueça de que o agente da passiva pode ser identificado por ser precedido das preposições de ou por.
Na oração: “O alvo foi atingido por uma bomba formidável”, a locução por uma bomba formidável tem a função de: