Esse tipo de complemento pode aparecer com verbos transitivos diretos (VTD) ou com verbos transitivos diretos e indiretos (VTDI).
De um modo geral, é possível dizer que o objeto direto designa o elemento sobre o qual recai a ação verbal. Veja um exemplo:
O governo alteroua política econômica do país.
No exemplo, temos o verbo alterar, um verbo transitivo direto. O complemento verbal é “a política econômica do país”.
É importante perceber que o ato de alteração recai diretamente sobre o termo que faz papel de objeto direto.
Observe mais um exemplo:
Você pagoua conta à costureira?
O verbo “pagar” necessita de dois complementos verbais para que seu sentido esteja completo.
Um complemento regido por preposição, classificado como objeto indireto (OI), representado por “à costureira”.
Outro complemento que se liga diretamente ao verbo, chamado objeto direto (OD): “a conta”.
Mais uma vez, é possível perceber que o ato de pagar recai diretamente sobre a conta, o que garante a função de objeto direto à expressão.
Embora uma das características do objeto direto seja que, geralmente, ele se apresenta ligado diretamente ao verbo, há situações em que ele vem acompanhado de uma preposição, é o chamado objeto direto preposicionado.
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Objeto direto preposicionado é aquele que se apresenta introduzido por uma preposição, em geral, a preposição a.
A ocorrência desse tipo de objeto se dá em circunstâncias específicas:
Ele adora a Júpiter.
Considero carinhoso a meu tio.
Amastes a ela, não a mim.
Pediu que a salvasse e aos seus amigos.
Escutei a ambos.
Ao animal o caçador matou.
Ela odiava a alguém daquele bairro.
Ele usou da força para conseguir o que queria.
O objeto direto interno é o objeto direto que repete a ideia contida no verbo. Aparece acompanhado de um qualificativo. Por exemplo:
Voamos um voo espetacular.
Perceba que a ideia do voo já está implícita no verbo voar, mas, nesse caso, o objeto deve aparecer pois vem acompanhado de um qualificativo, que dá uma característica a esse voo.
O chamado objeto pleonástico pode ocorrer tanto com objetos diretos quanto com objetos indiretos.
Ele se refere à repetição do objeto com valor enfático, isto é, de realce. Trata-se, então, de um reforço da noção contida no objeto. Veja:
Os meninos, ninguém osviu.
O verbo da oração, “ver” é transitivo direto (VTD), exigindo, portanto, um objeto direto (OD) como complemento verbal.
Esse objeto se realiza com o pronome “os”, que repete a ideia trazido por “os meninos”, exercendo um papel de realce, de ênfase e sendo classificado, portanto, como objeto direto pleonástico.
Os pronomes oblíquos átonos podem exercer função sintática de complementos verbais, tanto de objeto direto (OD) quanto de objeto indireto (OI).
Como objeto direto, temos os pronomes “o(s)” e “a(s)” (e suas variações “lo(s)” e “la(s)”.
Além deles, os pronomes “me”, “te”, “se”, “nos” e “vos” assumem função de objeto direto ou função de objeto indireto, a depender do verbo a que se referem. Confira um exemplo:
Neide apresentou-me a seus pais.
Nesse caso, o verbo apresentar é transitivo direto e indireto (VTDI), pois tem necessidade de dois complementos.
O objeto indireto (OI) é representado por “a seus pais”, enquanto o objeto direto (OD) está expresso pelo pronome “me”.
É importante notar que os pronomes “a(s)” e “o(s)” sofrem processo de assimilação quando aparecem precedidos por formas verbais terminadas r, s e z.
Observe:
Vender + a = vendê-la
Fiz + os = fi-los
A única frase em que há erro no emprego do pronome oblíquo é: