Os pronomes pessoais do caso oblíquo exercem a função sintática de objeto direto ou objeto indireto, lembrando que:
O(s), a(s)
“O(s), a(s)” funcionam apenas como objeto direto e que, quando aparecem depois do verbo, podem assumir as formas “lo, la, los, las, no, na, nos, nas”, dependendo da terminação verbal.
Essas formas especiais também só funcionam como objeto direto. Veja como isso acontece:
- Se o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, e a terminação verbal é suprimida. Por exemplo:
Fiz + o = fi-lo
Fiz o trabalho durante a manhã = Fi-lo durante a manhã.
O pronome reto “lo” é uma forma do pronome “o”, que substitui o substantivo “trabalho” e exerce a função sintática de objeto direto do verbo “fiz”.
- Se o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
Viram + o = viram-no
Viram o garoto andando de skate. = Viram-no andando de skate.
O pronome “no” substitui o substantivo e exerce a função sintática de objeto direto.
Lhe(s)
“Lhe(s)” funciona apenas como objeto indireto.
Eu entreguei o documento ao diretor. = Eu lhe entreguei o documento.
Além disso, os pronomes oblíquos podem ser tônicos ou átonos. Os tônicos são precedidos por preposição, enquanto os átonos não acompanham preposição. Exemplos:
- Eu não esqueço o que ele fez paramim. (“mim” é um pronome tônico, que nesse caso acompanha a preposição “para”)
- Ela nos avisou do evento um dia antes. (“nos” é um pronome átono e não acompanha preposição)
Repare que os pronomes “comigo, contigo, conosco, convosco” são a combinação da preposição “com” com os pronomes “mim, ti, nos, vos”, nessa ordem.