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Pronomes Pessoais

Português - Manual do Enem
Alice Martins Publicado por Alice Martins
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

Antes de estudarmos como se comportam os pronomes pessoais, vejamos quais são:

Pronomes pessoais

            Número

Pessoa

Pronomes retos
Pronomes oblíquos

Tônicos

Átonos
          singular eutuele, ela mim, comigoti, contigosi, consigo metese, o, a, lhe
          plural nósvóseles, elas conoscoconvosco si, consigo
nosvosse, os, as, lhes

Assim como os demais pronomes, os pronomes pessoais podem ser usados para substituir o nome, ou seja, o substantivo.

Os pronomes pessoais podem ser retos ou oblíquos e referem-se às pessoas do discurso.

Pronomes do caso reto

Os pronomes pessoais do caso reto exercem a função sintática de sujeito da oração.

Exemplo: Eu adoro ler.

Pronomes do caso oblíquo

Os pronomes pessoais do caso oblíquo exercem a função sintática de objeto direto ou objeto indireto, lembrando que:

O(s), a(s)

O(s), a(s)” funcionam apenas como objeto direto e que, quando aparecem depois do verbo, podem assumir as formas “lo, la, los, las, no, na, nos, nas”, dependendo da terminação verbal.

Essas formas especiais também só funcionam como objeto direto. Veja como isso acontece:

  • Se o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, e a terminação verbal é suprimida. Por exemplo:

Fiz + o = fi-lo

Fiz o trabalho durante a manhã = Fi-lo durante a manhã.

O pronome reto “lo” é uma forma do pronome “o”, que substitui o substantivo “trabalho” e exerce a função sintática de objeto direto do verbo “fiz”.

  • Se o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:

Viram + o = viram-no

      Viram o garoto andando de skate. = Viram-no andando de skate.

O pronome “no” substitui o substantivo e exerce a função sintática de objeto direto.

Lhe(s)

Lhe(s)” funciona apenas como objeto indireto.

Eu entreguei o documento ao diretor. = Eu lhe entreguei o documento.

Além disso, os pronomes oblíquos podem ser tônicos ou átonos. Os tônicos são precedidos por preposição, enquanto os átonos não acompanham preposição. Exemplos:

  • Eu não esqueço o que ele fez paramim. (“mim” é um pronome tônico, que nesse caso acompanha a preposição “para”)
  • Ela nos avisou do evento um dia antes. (“nos” é um pronome átono e não acompanha preposição)

Repare que os pronomes “comigo, contigo, conosco, convosco” são a combinação da preposição “com” com os pronomes “mim, ti, nos, vos”, nessa ordem.

As pessoas do discurso

1ª pessoa: quem fala/ quem produz o discurso.

2ª pessoa: com quem se fala/ quem recebe o discurso.

3ª pessoa: de quem se fala/ assunto do discurso.

Não necessariamente a 3ª pessoa do discurso é uma pessoa, mas é sempre o assunto sobre o qual se fala. Veja o exemplo:

Minha amiga me disse que São Paulo é uma ótima cidade. 

Nessa frase, “minha amiga” é a 1ª pessoa do discurso, eu sou a 2ª e “São Paulo” é a 3ª pessoa do discurso, porque é o tópico sobre o qual se fala.

Pronomes pessoais na oralidade

Na linguagem oral, o uso dos pronomes não necessariamente obedece às regras da norma padrão.

Por isso, é comum nos depararmos com estruturas como “eu amo ela” ao invés de “eu a amo”, que, pela norma padrão, contrariam as marcações sintáticas de sujeito e objeto que aprendemos.

Além disso, frases iniciadas com pronomes oblíquos, frequentemente usadas em nosso cotidiano, como “me ligue” ou “te amo”, também estariam inadequadas de acordo com a norma padrão culta.

Não se deve iniciar uma frase com um pronome oblíquo átono (“me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes”).  Veja como isso acontece nos exercícios sobre pronomes a seguir.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
Enem/2011

VERÍSSIMO, L. F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre: L&PM, 1997. (Foto: Reprodução/Enem) O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma-padrão da língua, esse uso é inadequado, pois

A contraria o uso previsto para o registro oral da língua.
B contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto.
C gera inadequação na concordância com o verbo.
D gera ambiguidade na leitura do texto.
E apresenta dupla marcação de sujeito.
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