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Conjunção: entenda as conjunções coordenativas e subordinativas

Português - Manual do Enem
Alice Martins Publicado por Alice Martins
 -  Última atualização: 29/8/2023

Índice

Introdução

As conjunções desempenham um papel crucial ao unir elementos em uma frase, seja ligando termos ou conectando orações. Elas garantem que o texto flua de forma coesa. Veja: "Ele estudou muito, por isso passou no exame."

Outro exemplo:

Fui ao mercado, mas não comprei nada.

Como aqui temos dois verbos (“ir” e “comprar”), dizemos que temos duas orações. Veja que elas estão articuladas, isto é, ligadas pela conjunção “mas”.

Fui à feira e ao mercado.

Aqui, temos apenas um verbo e, portanto, apenas uma oração. A conjunção “e”, nesse caso, liga “à feira” e “ao mercado”, que têm valor gramatical de substantivo.

Como trataremos de muitos nomes e subdivisões para falar das conjunções, um esquema  pode ajudar a organizar as divisões das conjunções.

Lembre-se que o importante nãoé decorar todos os nomes, mas entender a função das conjunções. Nesse sentido, os nomes são intuitivos e podem ajudar, como na explicação a seguir:

Tabela esquemática de conjunções. Tabela esquemática de conjunções. 

As conjunções estabelecem relações de coordenação ou de subordinação entre as orações, por isso podem ser chamadas de coordenativas e subordinativas.

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Conjunções coordenativas

As conjunções coordenativas ligam orações ou palavras que possuem sentido completo sozinhas, que existem de forma independente uma da outra. Elas são subdivididas em cinco:

1. Coordenativas aditivas

“E”, “nem”, “não só... mas também”, “bem como” – ligam orações ou termos exprimindo sentido de soma ou acréscimo de ideias. Por exemplo:

Ela chegou cedo e já saiu novamente.

As conjunções coordenativas ligam orações independentes entre si. Repare que a oração “já saiu novamente” não depende da oração “ela chegou cedo” e ambas têm sentido sozinhas.

Nesse caso, a conjunção “e” liga as duas dando a ideia de adição das ações. O sujeito do exemplo fez uma coisa e também a outra.

Não gosto de banana nem de melão. 

“Nem”, nesse caso, liga ou adiciona as duas coisas das quais eu disse que não gosto.

2. Coordenativas adversativas

“Mas”, “porém”, “contudo”, “entretanto”, “todavia” – ligam duas orações ou termos expressando a ideia de oposição, por exemplo:

Matemática é legal, mas é muito difícil

Fique atento para o seguinte: nesses casos, geralmente o foco está na informação que vem depois da conjunção, sendo a primeira menos importante ou dispensável para o sentido da mensagem que o locutor quis transmitir.

Ou seja, o que importa no exemplo acima é o fato de matemática ser muito difícil, não o fato de ser legal.

3. Coordenativas alternativas

“Ou”, “ou...ou...” “quer...quer”, “seja...seja” – ligam orações ou termos dando a ideia de escolha, por exemplo:

Ou vou à escola de carona e chego uma hora mais cedo, ou tenho que pegar dois ônibus e chego em cima da hora.

4. Coordenativas conclusivas

“Logo”, “pois” (quando vem depois do verbo), “portanto”, “assim”, “por isso” – ligam orações ou termos dando a ideia de conclusão, por exemplo:

Ganhei uma calça nova, logo não precisarei usar a velha para ir à festa.

Venha rápido, pois não posso esperar mais.
 (“pois” depois do verbo “vir” = conclusão)

5. Coordenativas explicativas

“Que”, “porque”, “assim”, “pois” (quando vem antes do verbo) – ligam uma oração a outra que a explica, por exemplo:

“Só que nessas férias não vão viajar, porque o filhinho do Eduardo ‘tá’ de recuperação”. (Renato Russo)

Não pôde me esperar, pois vim muito devagar.
 (“pois” antes do verbo “vir” = explicação) 

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Conjunções subordinativas

Já as conjunções subordinativas, ligam orações que dependem uma da outra para ter sentido completo, de modo que uma não existe independente da outra. As conjunções subordinativas dividem-se em dez:

1. Subordinativas integrantes

“Que”, “se” - essas conjunções introduzem orações que se comportam como substantivos, ou seja, as orações subordinadas substantivas. Por exemplo:

Espero que as provas acabem logo.

A conjunção “que” introduz uma oração com valor de substantivo, já que nesse caso poderíamos substituir “que as provas acabem logo” por “o fim das provas”

2. Subordinativas causais

“Que”, “porque”, “visto que”, “já que”, “uma vez que” - iniciam orações que exprimem ideia de causa da oração principal. Por exemplo:

Não terminei a atividade porque não tive tempo.

Observe que “como” também pode funcionar como uma conjunção subordinativa causal e tem o mesmo valor de “porque”, mas no início da frase: Como não tive tempo, não terminei a atividade.

3. Subordinativas concessivas

“Embora”, “ainda que”, “mesmo que” - indicam concessão, no sentido de ceder ou flexibilizar.

Ou seja, iniciam orações que querem dizer o contrário da oração principal, sem que isso impeça a realização do que está sendo dito. Por exemplo:

Vamos à praia amanhã mesmo que esteja chovendo.

Participei do jogo aquele dia, embora não estivesse me sentindo muito bem.

4. Subordinativas condicionais

“A menos que”, “contanto que”, “a não ser que”, “se”, “caso”, “desde que” – iniciam orações que exprimem a ideia de condição para a oração principal. Por exemplo:

Não me ligue a menos que seja uma situação muito importante.

Posso ir à festa com você, contanto que me dê uma carona.

5. Subordinativas comparativas

“Como”, “assim como”, “tanto quanto”, “tal qual”, “como se”, “mais...que”, “menos...que”, “do que”, “que”, “tão...quanto” – introduzem orações que exprimem ideia de comparação com a oração principal. Por exemplo:

Minha irmã é mais alta que nossa mãe.

Ela é perfeccionista assim como seu pai.

6. Subordinativas conformativas

“Conforme”, “consoante”, “segundo”, “como” – iniciam orações que expressam a ideia de conformidade, ou seja, concordância com a oração principal. Por exemplo:

Tudo saiu conforme planejado.

7. Subordinativas consecutivas

“Que”, “de forma que”, “de modo que”, “de maneira que” - iniciam orações que exprimem a ideia de consequência daquilo que foi dito na primeira oração. Por exemplo:

Trabalhou tanto que ficou exausta.

8. Subordinativas temporais

“Logo que”, “antes que”, “assim que”, “quando”, “enquanto” – introduzem uma oração que expressa a uma condição de tempo para o que foi dito na oração principal, por exemplo:

Eu já estava dormindo quando você chegou.

9. Subordinativas finais

“A fim de que”, “para que”, “que” – iniciam orações que exprimem a finalidade do que foi dito na oração principal, por exemplo:

Melhore sua letra para que eu consiga entender o que você escreve.

10. Subordinativas proporcionais

“À medida que”, “ao passo que”, “quanto menos”, “quanto mais”, “à proporção que”, “quanto melhor”, “quanto pior” - iniciam orações que exprimem a ideia de proporcionalidade com o fato da oração principal. Por exemplo:

Fomos saindo da sala à medida que acabamos a prova.

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
ENEM/2013

charge da mafalda sobre conjunção. Questão Enem 2013

(Disponível em: http://clubedamafalda blogspot.com.br. Acesso em: 21 set. 2011.)

Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado pelo(a)

A emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao final.
B uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações.
C retomada do substantivo "mãe”, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos.
D utilização da forma pronominal ''Ia”, que reflete um tratamento formal do filho em relação à "mãe".
E repetição da forma verbal "ê”, que reforça a relação de adição existente entre as orações.
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