As conjunções desempenham um papel crucial ao unir elementos em uma frase, seja ligando termos ou conectando orações. Elas garantem que o texto flua de forma coesa. Veja: "Ele estudou muito, por isso passou no exame."
Outro exemplo:
Fui ao mercado, mas não comprei nada.
Como aqui temos dois verbos (“ir” e “comprar”), dizemos que temos duas orações. Veja que elas estão articuladas, isto é, ligadas pela conjunção “mas”.
Fui à feira e ao mercado.
Aqui, temos apenas um verbo e, portanto, apenas uma oração. A conjunção “e”, nesse caso, liga “à feira” e “ao mercado”, que têm valor gramatical de substantivo.
Como trataremos de muitos nomes e subdivisões para falar das conjunções, um esquema pode ajudar a organizar as divisões das conjunções.
Lembre-se que o importante nãoé decorar todos os nomes, mas entender a função das conjunções. Nesse sentido, os nomes são intuitivos e podem ajudar, como na explicação a seguir:
As conjunções estabelecem relações de coordenação ou de subordinação entre as orações, por isso podem ser chamadas de coordenativas e subordinativas.
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As conjunções coordenativas ligam orações ou palavras que possuem sentido completo sozinhas, que existem de forma independente uma da outra. Elas são subdivididas em cinco:
“E”, “nem”, “não só... mas também”, “bem como” – ligam orações ou termos exprimindo sentido de soma ou acréscimo de ideias. Por exemplo:
Ela chegou cedo e já saiu novamente.
As conjunções coordenativas ligam orações independentes entre si. Repare que a oração “já saiu novamente” não depende da oração “ela chegou cedo” e ambas têm sentido sozinhas.
Nesse caso, a conjunção “e” liga as duas dando a ideia de adição das ações. O sujeito do exemplo fez uma coisa e também a outra.
Não gosto de banana nem de melão.
“Nem”, nesse caso, liga ou adiciona as duas coisas das quais eu disse que não gosto.
“Mas”, “porém”, “contudo”, “entretanto”, “todavia” – ligam duas orações ou termos expressando a ideia de oposição, por exemplo:
Matemática é legal, mas é muito difícil
Fique atento para o seguinte: nesses casos, geralmente o foco está na informação que vem depois da conjunção, sendo a primeira menos importante ou dispensável para o sentido da mensagem que o locutor quis transmitir.
Ou seja, o que importa no exemplo acima é o fato de matemática ser muito difícil, não o fato de ser legal.
“Ou”, “ou...ou...” “quer...quer”, “seja...seja” – ligam orações ou termos dando a ideia de escolha, por exemplo:
Ou vou à escola de carona e chego uma hora mais cedo, ou tenho que pegar dois ônibus e chego em cima da hora.
“Logo”, “pois” (quando vem depois do verbo), “portanto”, “assim”, “por isso” – ligam orações ou termos dando a ideia de conclusão, por exemplo:
Ganhei uma calça nova, logo não precisarei usar a velha para ir à festa.
Venha rápido, pois não posso esperar mais.
(“pois” depois do verbo “vir” = conclusão)
“Que”, “porque”, “assim”, “pois” (quando vem antes do verbo) – ligam uma oração a outra que a explica, por exemplo:
“Só que nessas férias não vão viajar, porque o filhinho do Eduardo ‘tá’ de recuperação”. (Renato Russo)
Não pôde me esperar, pois vim muito devagar.
(“pois” antes do verbo “vir” = explicação)
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Já as conjunções subordinativas, ligam orações que dependem uma da outra para ter sentido completo, de modo que uma não existe independente da outra. As conjunções subordinativas dividem-se em dez:
“Que”, “se” - essas conjunções introduzem orações que se comportam como substantivos, ou seja, as orações subordinadas substantivas. Por exemplo:
Espero que as provas acabem logo.
A conjunção “que” introduz uma oração com valor de substantivo, já que nesse caso poderíamos substituir “que as provas acabem logo” por “o fim das provas”
“Que”, “porque”, “visto que”, “já que”, “uma vez que” - iniciam orações que exprimem ideia de causa da oração principal. Por exemplo:
Não terminei a atividade porque não tive tempo.
Observe que “como” também pode funcionar como uma conjunção subordinativa causal e tem o mesmo valor de “porque”, mas no início da frase: Como não tive tempo, não terminei a atividade.
“Embora”, “ainda que”, “mesmo que” - indicam concessão, no sentido de ceder ou flexibilizar.
Ou seja, iniciam orações que querem dizer o contrário da oração principal, sem que isso impeça a realização do que está sendo dito. Por exemplo:
Vamos à praia amanhã mesmo que esteja chovendo.
Participei do jogo aquele dia, embora não estivesse me sentindo muito bem.
“A menos que”, “contanto que”, “a não ser que”, “se”, “caso”, “desde que” – iniciam orações que exprimem a ideia de condição para a oração principal. Por exemplo:
Não me ligue a menos que seja uma situação muito importante.
Posso ir à festa com você, contanto que me dê uma carona.
“Como”, “assim como”, “tanto quanto”, “tal qual”, “como se”, “mais...que”, “menos...que”, “do que”, “que”, “tão...quanto” – introduzem orações que exprimem ideia de comparação com a oração principal. Por exemplo:
Minha irmã é mais alta que nossa mãe.
Ela é perfeccionista assim como seu pai.
“Conforme”, “consoante”, “segundo”, “como” – iniciam orações que expressam a ideia de conformidade, ou seja, concordância com a oração principal. Por exemplo:
Tudo saiu conforme planejado.
“Que”, “de forma que”, “de modo que”, “de maneira que” - iniciam orações que exprimem a ideia de consequência daquilo que foi dito na primeira oração. Por exemplo:
Trabalhou tanto que ficou exausta.
“Logo que”, “antes que”, “assim que”, “quando”, “enquanto” – introduzem uma oração que expressa a uma condição de tempo para o que foi dito na oração principal, por exemplo:
Eu já estava dormindo quando você chegou.
“A fim de que”, “para que”, “que” – iniciam orações que exprimem a finalidade do que foi dito na oração principal, por exemplo:
Melhore sua letra para que eu consiga entender o que você escreve.
“À medida que”, “ao passo que”, “quanto menos”, “quanto mais”, “à proporção que”, “quanto melhor”, “quanto pior” - iniciam orações que exprimem a ideia de proporcionalidade com o fato da oração principal. Por exemplo:
Fomos saindo da sala à medida que acabamos a prova.
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(Disponível em: http://clubedamafalda blogspot.com.br. Acesso em: 21 set. 2011.)
Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado pelo(a)