O objeto indireto é um termo da oração que complementa verbos transitivos indiretos, necessitando de uma preposição para se ligar ao verbo. Ele fornece informações adicionais essenciais para a compreensão plena do verbo. Por exemplo, em "Ela confiou o segredo ao amigo", "ao amigo" é o objeto indireto, completando o sentido do verbo "confiou".
Pode-se dizer que, de modo geral, o objeto indireto indica o paciente da ação verbal, isto é, o elemento ao qual se destina a ação verbal expressa.
Um exemplo pode ajudar a esclarecer essa definição:
- O aluno respondeu à pergunta da professora.
Analisando essa oração, tem-se:
- O aluno = sujeito
- Respondeu = verbo transitivo indireto (VTI)
- À pergunta da professora = objeto indireto (OI)
O ato de responder, que foi realizado pelo aluno, tem como alvo a pergunta da professora. Por isso, considera-se que se trata de um objeto indireto, visto que a ação verbal se dirige a esse elemento, que vem, obrigatoriamente, introduzido por preposição.
Veja outro exemplo:
- O diretor escreveu cartas aos pais.
Agora é uma situação diferente. O verbo em questão (escrever) possui dois complementos. Um se liga diretamente ao verbo (cartas), cumprindo função sintática de objeto direto (OD). O outro é regido por preposição (aos pais), assumindo o papel de objeto indireto (OI).
É importante perceber que o objeto indireto está indicando o direcionamento da ação expressa pelo verbo, ou ainda, o beneficiário ou destinatário da ação.
Analisando sintaticamente a oração, tem-se:
- O diretor = sujeito
- Escreveu = verbo transitivo direto e indireto (VTDI)
- Cartas = objeto direto (OD)
- Aos pais = objeto indireto (OI)
- Outros exemplos:
- Optei pela roupa mais barata.
- (eu) = sujeito desinencial
- Optei = verbo transitivo indireto (VTI)
- Pela roupa mais barata = objeto indireto (OI)
- João acredita em fantasmas.
- João = sujeito
- Acredita = verbo transitivo indireto (VTI)
- Em fantasmas = objeto indireto (OI)
Atenção! Nem todos os elementos introduzidos por preposição classificam-se como objeto indireto:
- Ela saiu pela manhã.
Nesse exemplo, deve-se analisar a regência do verbo “sair”. É necessário perceber que o verbo sair é intransitivo, ou seja, ele não prescinde de complemento para que a ação expressa seja integralmente compreendida.
Assim, ainda que “pela manhã” seja uma expressão introduzida por preposição, ela não pode ser considerada objeto indireto, visto que não se trata de um complemento verbal.
Essa expressão está indicando a circunstância em que ocorreu a ação e, por isso, é classificada como adjunto adverbial.
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