O objeto indireto é um termo da oração que complementa verbos transitivos indiretos, necessitando de uma preposição para se ligar ao verbo. Ele fornece informações adicionais essenciais para a compreensão plena do verbo. Por exemplo, em "Ela confiou o segredo ao amigo", "ao amigo" é o objeto indireto, completando o sentido do verbo "confiou".
Pode-se dizer que, de modo geral, o objeto indireto indica o paciente da ação verbal, isto é, o elemento ao qual se destina a ação verbal expressa.
Um exemplo pode ajudar a esclarecer essa definição:
Analisando essa oração, tem-se:
O ato de responder, que foi realizado pelo aluno, tem como alvo a pergunta da professora. Por isso, considera-se que se trata de um objeto indireto, visto que a ação verbal se dirige a esse elemento, que vem, obrigatoriamente, introduzido por preposição.
Veja outro exemplo:
Agora é uma situação diferente. O verbo em questão (escrever) possui dois complementos. Um se liga diretamente ao verbo (cartas), cumprindo função sintática de objeto direto (OD). O outro é regido por preposição (aos pais), assumindo o papel de objeto indireto (OI).
É importante perceber que o objeto indireto está indicando o direcionamento da ação expressa pelo verbo, ou ainda, o beneficiário ou destinatário da ação.
Analisando sintaticamente a oração, tem-se:
Atenção! Nem todos os elementos introduzidos por preposição classificam-se como objeto indireto:
Nesse exemplo, deve-se analisar a regência do verbo “sair”. É necessário perceber que o verbo sair é intransitivo, ou seja, ele não prescinde de complemento para que a ação expressa seja integralmente compreendida.
Assim, ainda que “pela manhã” seja uma expressão introduzida por preposição, ela não pode ser considerada objeto indireto, visto que não se trata de um complemento verbal.
Essa expressão está indicando a circunstância em que ocorreu a ação e, por isso, é classificada como adjunto adverbial.
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Os pronomes oblíquos átonos podem exercer função sintática de complementos verbais, tanto de objeto direto (OD) quanto de objeto indireto (OI).
Como objeto indireto, há os pronomes “lhe” e “lhes”.
Além deles, os pronomes “me”, “te”, “se”, “nos” e “vos” assumem função de objeto direto ou função de objeto indireto, a depender do verbo a que se referem. Alguns exemplos a seguir.
Os médicos lheasseguraram que não há nada.
O verbo assegurar é transitivo direto e indireto (VTDI) e, por isso, exige dois complementos.
O pronome “lhe” exerce o papel de objeto indireto (OI), visto que equivale à expressão “a ele”. Observe: “Os médicos asseguraram a ele que não há nada.”
Feita a substituição, o sentido da frase se mantém e a preposição fica evidenciada, demonstrando que o pronome oblíquo “lhe” possui a função sintática de objeto indireto (OI).
O pronome “me” pode assumir ambivalência:
Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros e acabou recitando-me versos. (Machado de Assis)
O primeiro pronome destacado, referente ao verbo cumprimentar, tem papel de objeto direto (OD), visto que a ação verbal expressa por cumprimentar não exige uma preposição (cumprimentei Maria, ela cumprimentou João e assim por diante).
Por outro lado, na segunda ocorrência desse pronome, ligado ao verbo recitar, ele indica o alvo, o destinatário da recitação (os versos foram recitados a mim). Dessa forma, o “me” assume o papel de objeto indireto (OI).
O chamado objeto pleonástico pode ocorrer tanto com objetos diretos quanto com objetos indiretos.
Ele se refere à repetição do objeto com valor enfático, isto é, de realce. Trata-se, então, de um reforço da noção contida no objeto.
A ele, falta-lhe paciência.
Perceba que o verbo faltar é transitivo direto e indireto (VTDI).
O objeto direto é representado por “paciência”, enquanto o objeto indireto “a este” é reforçado pelo pronome “lhe”, que possui, portanto, valor de ênfase, classificando-se como objeto indireto pleonástico.
Há verbo transitivo indireto em: