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Modo indicativo

Português - Manual do Enem
Hilda Nunes Publicado por Hilda Nunes
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

O tema verb oé um dos assuntos mais extensos da gramática da língua portuguesa e, por isso, é importante que o estudo seja feito de modo detalhado, sempre entendendo o funcionamento dessa classe parte por parte para que esse assunto não seja motivo de pânico. Então, vamos lá?


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De início, é fundamental entendermos que os verbos são as palavras utilizadas quando queremos indicar uma ação, um estado ou um fenômeno da natureza. Esses termos podem variar em relação ao modo (veremos apenas o modo indicativo nessa ocasião), ao tempo, ao número e à pessoa.

Sobre isso, os modos verbais indicam as diferentes maneiras que um fato pode ser realizado e são conhecidos como indicativo (indica um fato real ou tido como real), subjuntivo (indica um fato incerto, hipotético) imperativo (indica uma ordem, uma proibição, um pedido…). Assim sendo, aprofundaremos um pouco mais os nossos estudos sobre o modo indicativo a partir de agora.

O que é o modo indicativo?

Conforme já vimos, o modo indicativo, de maneira geral, exprime uma ação ou um estado. Dessa forma, observe alguns exemplos que sustentam essa ideia:

  • Eu vou à universidade.
  • Eu comi muito mal durante as férias.
  • Eu irei à biblioteca na próxima semana.

O modo indicativo é escrito em qual tempo?

Você deve ter percebido que, apesar de todos os verbos estarem no modo indicativo, os tempos verbais empregados são diferentes. Isso ocorre porque o modo indicativo é dividido em presente, pretérito imperfeito, pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito. Observe a seguir as conjugações para o verbo “estudar” (sempre observe as finalizações dos verbos, pois elas costumam se repetir nos verbos regulares):


MODO INDICATIVO
Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito
Eu estudo Eu estudava Eu estudei
Tu estudas Tu estudavas Tu estudaste
Ele estuda Ele estudava Ele estudou
Nós estudamos Nós estudávamos Nós estudamos
Vós estudais Vós estudáveis Vós estudastes
Eles estudam Eles estudavam Eles estudaram
Pretérito mais-que-perfeito Futuro do presente Futuro do pretérito
Eu estudara Eu estudarei Eu estudaria
Tu estudaras Tu estudarás Tu estudarias
Ele estudáramos Ele estudará Ele estudaria
Nós estudáreis Nós estudaremos Nós estudaríamos
Vós estudáreis Vós estudareis Vós estudaríeis
Eles estudaram Eles estudarão Eles estudariam


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O que cada tempo representa no modo indicativo?

Como o próprio nome já diz, no modo indicativo, o tempo presente é utilizado quando se quer retratar uma situação atual, ou seja, uma situação que ocorre no momento da fala. Além disso, esse tempo também é empregado para indicar ações e estados permanentes ou considerados permanentes (por exemplo, uma verdade científica), para expressar uma ação habitual ou um fato relacionado a determinado sujeito, para conferir vivacidade a fatos vivenciados no passado (também pode ser chamado de presente histórico ou presente narrativo) e, por fim, para marcar um fato futuro, mas que esteja próximo, nesse caso, a fim de evitar ambiguidade, utiliza-se adjuntos adverbiais como “amanhã”, “outro dia”... Observe alguns exemplos:

  • O céu está limpo. (situação atual)
  • A Terra gira em torno do próprio eixo. (verdade científica)
  • Sou uma pessoa muito falante. (fato relacionado a um sujeito)
  • Como muito pouco ao longo da semana. (ação habitual)
  • [...] Desce o menino a montanha, atravessa o mundo todo, chega ao grande rio, com as mãos recolhe quanta de água lá cabia, volta o mundo atravessar, pelo monte se arrasta, três gotas que lá chegaram, bebeu-as a flor com sede. Vinte vezes cá e lá...[...] – José Saramago, em A maior flor do mundo (presente histórico)
  • Amanhã mesmo vou verificar o que houve de errado em casa. (futuro próximo)

Quanto ao pretérito imperfeito, trata-se de um tempo utilizado para designar um fato passado, mas não concluído, por isso é chamado de imperfeito =  não perfeito, inacabado. Se analisarmos bem, trata-se de um tempo verbal que demonstra continuidade. Esse tempo costuma ser empregado quando nos transportamos, pelo pensamento, a um tempo passado e descrevemos o que era presente. Veja um exemplo:

  • O frio ia aumentando conforme explorávamos o lugar.

Além disso, o pretérito imperfeito também é utilizado para indicar, em situações simultâneas, o que estava acontecendo quando uma outra ação foi iniciada, denotar uma ação passada habitual ou repetida, designar fatos passados contínuos ou permanentes, denotar um fato que seria consequência (futuro do pretérito), como forma de cortesia para atenuar uma afirmação ou um pedido (presente do indicativo) e, por último, situar vagamente no tempo contos, lendas, fábulas…, caso em que se utiliza o imperfeito do verbo “ser”, com sentido existencial. Observe alguns exemplos de cada uma das situações respectivamente:

  • Falava alto, e as crianças acordaram.
  • Se a professora lia, todos a acompanhavam.
  • Os alunos se adaptavam mais facilmente às novas aulas.
  • Se eu não tivesse que estudar, eu ia também.
  • Faltei ontem e vinha pedir desculpas pelo atraso.
  • Era uma vez um coelho branco...

Quanto ao pretérito perfeito, há duas formas: a simples e a composta, constituída do presente do indicativo do verbo auxiliar “ter” e do particípio do verbo principal. Nesse sentido, enquanto a forma simples indica uma ação produzida em certo momento do passado, a forma composta exprime a repetição de uma ação ou a sua continuidade até o presente em que se fala. Agora, veja dois exemplos, um da forma simples e outro da forma composta:

  • Li com uma pressa incomum e fiquei com ressaca literária. (forma simples)
  • Tenho lido muitos livros.

Ainda sobre os tempos do modo indicativo, o pretérito mais-que-perfeito indica uma ação que ocorreu antes de uma outra ação já passada. Além disso, esse tempo também pode denotar um fato vagamente situado no passado ou uma situação passada em relação ao momento presente, quando se deseja amenizar uma afirmação ou um pedido. Confira alguns exemplos:

  • A aula tornara-se tão interessante que os alunos não ouviram o sinal.
  • Estudaratrabalhara e fizera sucesso, mas nada disso o alegrara.
  • Eu tinha vindo para pedir a mudança da data da prova.

Assim como o pretérito perfeito, o futuro do presente também é dividido em forma simples e forma composta. A forma simples é utilizada para indicar situações certas ou prováveis, posteriores ao momento da fala, para exprimir uma incerteza, também pode ser utilizada como forma sofisticada do presente, como expressão de súplica, desejo, ordem e nas afirmações condicionadas (realização provável). Veja alguns exemplos:

  • As aulas começarão amanhã. (situação certa)
  • Serei, talvez, uma professora de química. (incerteza)
  • Eu lhe direi que não. (sofisticada)
  • Honrarás pai e mãe. (ordem/tom imperativo)
  • Se estudares muito, dominarás todo o conteúdo.

Já a forma composta do futuro do presente é empregada para indicar que uma ação futura estará finalizada antes de outra, expressar a certeza de uma situação futura e manifestar uma incerteza sobre fatos passados. Confira alguns exemplos:

  • Os seres humanos serão escravos das tecnologias que terão criado. (ação futura finalizada antes de outra)
  • Só a verdade permanecerá e não terá sido vão o esforço para manter a honestidade. (certeza de uma situação futura)
  • Quanto tempo terá levado essa trajetória? (incerteza sobre um fato passado)

Por último, o futuro do pretérito simples é utilizado para apresentar ações posteriores à época de que se fala, indicar incerteza sobre fatos passados, como forma sofisticada do presente (desejo), em algumas frases interrogativas/exclamativas (surpresa/indignação) e nas afirmações condicionais para se referir a fatos que não foram e que provavelmente não serão realizados. Veja exemplos:

  • Passadas as primeiras horas, não lamentaria a falta de atitude? (ação posterior à época de que se fala)
  • Quem seria aquela pessoa? (incerteza)
  • Desejaríamos ouvi-lo falar sobre o livro novo. (sofisticação)
  • Quem diria!
  • Se não houvesse tanta indiferença, nós seríamos todos iguais.

Enquanto isso, o futuro do pretérito composto é utilizado para indicar que uma situação teria ocorrido no passado, mas com alguma condição, para indicar a possibilidade de um fato passado e demonstrar a incerteza sobre situações passadas e em algumas frases interrogativas que não necessitam da resposta do interlocutor. Confira exemplos:

  • Teria sido diferente se eu fizesse isso?
  • Ela teria sido uma ótima médica.
  • Quem teria escrito isso?

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Exercício de fixação
Passo 1 de 4
IFTM - 2018

Observe o poema abaixo, retirado do livro “Eu me chamo Antônio” (2013), de Pedro Antônio Gabriel Anhorn, e responda à questão.

O verbo “ter”, conjugado como “têm”, no poema, pode ser classificado como

A tempo presente, modo indicativo, 3ª pessoa do singular.
B tempo pretérito imperfeito, modo subjuntivo, 1ª pessoa do plural.
C tempo presente, modo subjuntivo, 2ª pessoa do singular.
D tempo presente, modo indicativo, 3ª pessoa do plural.
E futuro do presente (simples), modo indicativo, 3ª pessoa do singular.
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