Na língua portuguesa, temos três tempos verbais: o presente, o pretérito e o futuro.
- O presente designa as ações que acontecem no mesmo momento do enunciado.
- O futuro se refere a ações que ainda estão por acontecer, ou seja, que estão em um tempo à frente daquele em que se fala.
- O pretérito, por sua vez, diz respeito às ações que já ocorreram e que, portanto, estão situadas em um momento anterior àquele em que o enunciado é construído.
O pretérito, no entanto, apresenta subdivisões. Essas subdivisões são:
- pretérito perfeito;
- pretérito imperfeito;
- pretérito mais-que-perfeito.
Cada um deles é utilizado em circunstâncias específicas, fornecendo pistas sobre o tempo em que a ação verbal expressa ocorreu ou, ainda, sobre o fato de uma ação ter sido finalizada ou interrompida no tempo passado.
Sabendo disso, é importante conhecer os usos de cada uma dessas formas a fim de melhor compreender os sentidos que elas podem estabelecer.
O pretérito mais-que-perfeito, por exemplo, é um tempo verbal usado para expressar ações que ocorreram antes de um determinado ponto no passado. É menos comum na fala cotidiana, aparecendo mais em textos literários e narrativas históricas. Pode ser formado de modo simples, usando o auxiliar "ter" ou "haver" no imperfeito do indicativo mais o particípio do verbo principal (ex.: "Eu tinha falado"), ou de modo composto (ex.: "Eu falara"). Exemplo: "Quando cheguei, ele já se tinha ido."