Podemos dar a nomenclatura de artigos para as seguintes palavras:
Definidos | Indefinidos | |||
singular | plural | singular | plural | |
Masculino | o | os | um | uns |
Feminino | a | as | uma | umas |
Dizemos que os artigos são determinantes, pois são palavras que precedem os substantivos, especificando se estão sendo usados de forma definida ou indefinida.
Além disso, por serem palavras variáveis em gênero e número, os artigos indicam também o gênero e o número do substantivo.
Esse é um detalhe interessante, pois, na oralidade, é possível que algumas pessoas marquem o plural na frase apenas pelo artigo, por exemplo:
Deixei em cima da mesa os livro que comprei.
Nesse caso, mesmo que a concordância nominal não esteja adequada, entendemos que o substantivo “livros” está no plural apenas pela flexão de número do artigo.
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Os artigos podem ser classificados em dois tipos: definidos ou indefinidos.
Definem ou determinam o substantivo dando a ele um caráter particular, específico. Por exemplo:
Adorei o livro que você me indicou.
É como se, dentre todos os livros do mundo, eu estivesse me referindo a apenas um, um livro específico: o livro que você me indicou. Mais exemplos:
“A minha calça jeans favorita está suja.”
“Os amigos da minha irmã vêm sempre aqui.”
“Estas são as amigas de quem lhe falei.”
Determinam o substantivo de maneira vaga, dando a ele um caráter generalista, indefinido ou impreciso. Por exemplo:
Uns amigos da minha irmã estavam aqui hoje.
Repare que, nessa frase, “uns” pode estar se referindo a quaisquer amigos e, por causa do artigo indefinido, não temos como saber quais deles estavam aqui hoje. Mais exemplos:
“Um de seus alunos sempre reclama da aula.”
“Uma moça me pediu informação hoje na rua.”
“Minha avó tem umas amigas que sabem fazer crochê.”
Os artigos também podem aparecer combinados com as preposições “a”, “em”, “de”, “por”, da seguinte forma:
Alguns exemplos em que essa combinação ocorre:
“Não me lembro duma situação mais difícil que esta.”
“Pode ser perigoso caminhar sozinho pelas ruas da cidade.”
“Estacionei meu carro rente ao morro.”
“Estávamos presentes na última reunião de condomínio.”
O artigo definido feminino “a”, quando precedido pela preposição “a”, junta-se a ela e passa a ser representado por um a com acento virado para a esquerda, o que chamamos de crase (“à”). Exemplo:
Fui à praia no último verão. = Fui a(preposição)+ a(artigo) praia.
O verbo “fui” nesse caso pede uma preposição, já que quem vai, vai a algum lugar. Essa preposição, somada ao artigo feminino definido “a”, que antecede o substantivo praia, resulta no “à” (“a” com crase).
Dica: para saber se é necessário usar crase ou não com o verbo “ir”, lembre-se do seguinte: “Se vai a e volta da, crase há. Se vai a e volta de, crase pra quê?”.
Por exemplo: na oralidade, dizemos “vou à praia” e “volto da praia”, então, nesse caso, há crase. Mas se dissermos “vou a São Paulo” e “volto de São Paulo”, não há crase.
Isso só muda quando o nome da cidade é precedido por um adjetivo. Nesse caso, ficaria assim: “Vou à agitada São Paulo”.
Sem o artigo, “todo” e “toda” significam qualquer ou cada, por exemplo: “todo aluno pode participar da olimpíada de história.” (isto é, qualquer aluno).
Com o artigo, “todo o” e “toda a” dão noção de totalidade, completude, por exemplo: “toda a classe participou da olimpíada.” (ou seja, a classe inteira).
No plural, antes de numeral não sucedido por substantivo,não é preciso usar o artigo, veja: “há uma dúzia de classes na escola. Todas doze participaram da olimpíada.”
Em qual frase há erro quanto ao uso do artigo?