Existem vários sinais de pontuação no português, como a vírgula e as aspas. De modo geral, pode-se dizer que a vírgula é utilizada para separar termos dentro de uma oração ou de um período.
É importante destacar que essa separação se refere a termos que já estão, de alguma forma, distantes. Não se pode separar por vírgulas elementos de uma oração que sejam profundamente relacionados entre si.
É por isso que separar sujeito e predicado com vírgula é considerado um erro grave, pois são partes da oração que estabelecem uma relação muito profunda entre si.
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Uma das funções mais comuns da vírgula é separar elementos em uma lista. Isso torna a leitura mais clara e evita ambiguidades.
Por exemplo:
"Eu gosto de estudar, ler, escrever e viajar."
As vírgulas aqui separaram cada item da lista, tornando a intenção do autor evidente.
As vírgulas também são usadas para isolar adjuntos adverbiais, que são palavras, frases ou cláusulas que modificam o verbo na frase.
Por exemplo:
"Ela correu rapidamente, vencendo a competição."
A vírgula após "rapidamente" isola o adjunto adverbial, destacando sua relação com a ação principal.
A vírgula é usada para delimitar vocativos (palavras ou expressões usadas para chamar ou se dirigir a alguém) e apóstrofes possessivas.
Por exemplo:
"João, você está atrasado!"
"O carro de Maria, que estava quebrado, finalmente foi consertado."
A vírgula separa o vocativo "João" do restante da frase e isola a cláusula entre as vírgulas como uma informação adicional.
Além disso, a vírgula é usada ao empregar apóstrofes possessivas para indicar posse.
Por exemplo:
"O livro de Maria, escrito por João, é muito interessante."
Aqui, as vírgulas isolam o nome da pessoa (Maria) e a informação entre as vírgulas descreve o relacionamento entre Maria e o livro.
Dominar essas regras básicas de uso da vírgula é essencial para melhorar a clareza e a correção da escrita, permitindo que a comunicação escrita seja mais eficaz e compreensível.
A vírgula é usada para separar orações independentes quando estão conectadas por uma conjunção coordenativa (como "e", "ou", "mas", "porque", etc.).
Por exemplo:
"Eu gosto de estudar, e ela prefere ler."
Nesse caso, a vírgula separa as duas orações independentes, cada uma expressando uma ideia completa.
É importante notar que, se as orações independentes forem muito curtas e estiverem intimamente relacionadas, a vírgula pode ser omitida. No entanto, em frases mais complexas ou para maior clareza, o uso da vírgula é preferível.
Quando se trata de orações subordinadas, que são orações que não podem existir por si só como frases completas, o uso da vírgula depende da estrutura da frase e do tipo de oração subordinada.
Vírgulas com Orações Subordinadas Adverbiais: Quando uma oração subordinada adverbial inicia uma frase, geralmente é seguida de uma vírgula.
Por exemplo:
"Embora estivesse chovendo, saí para correr."
A vírgula separa a oração subordinada "Embora estivesse chovendo" da oração principal.
Sem Vírgula com Orações Subordinadas Adverbiais no Final: Se a oração subordinada adverbial aparecer no final da frase e não causar ambiguidade, geralmente não é necessário o uso de uma vírgula.
Por exemplo:
"Eu saí para correr porque estava chovendo."
Vírgulas com Orações Subordinadas Substantivas e Adjetivas: O uso de vírgulas com esses tipos de orações depende do contexto e da necessidade de destacar ou isolar a oração subordinada.
Por exemplo:
"A notícia de que ele passou no exame, me deixou feliz."
A vírgula isola a oração subordinada substantiva
As cláusulas explicativas são informações adicionais que explicam ou fornecem detalhes sobre um substantivo na frase. Elas são normalmente precedidas por vírgulas.
Por exemplo:
"Meu amigo, que é um excelente músico, tocou no concerto."
Neste caso, a cláusula explicativa entre vírgulas fornece informações adicionais sobre "meu amigo" e é opcional na frase.
É importante notar que, se a informação fornecida pela cláusula explicativa for essencial para identificar o substantivo, não deve ser precedida por uma vírgula.
Por exemplo:
"Meu amigo que é músico tocou no concerto."
Nesse caso, a cláusula não deve ser separada por vírgula, pois é essencial para entender qual amigo está sendo referido.
As cláusulas restritivas, ao contrário das explicativas, são essenciais para identificar o substantivo que estão modificando e, portanto, não são precedidas por vírgulas.
Por exemplo:
"Os estudantes que passaram no exame estão felizes."
Nesse caso, a cláusula "que passaram no exame" é restritiva, pois ajuda a identificar quais estudantes estão felizes.
O uso incorreto de vírgulas em cláusulas restrictivas pode levar a ambiguidades ou mudanças no significado da frase. Portanto, é fundamental distinguir entre cláusulas explicativas, que são precedidas por vírgulas e podem ser omitidas sem prejudicar o sentido da frase, e cláusulas restritivas, que não são precedidas por vírgulas e são essenciais para o significado da frase.
As vírgulas também são usadas em conjunto com conectivos (como "entretanto", "portanto", "além disso", "assim") para separar partes da frase e criar clareza na estrutura do texto.
Por exemplo:
"O tempo estava chuvoso; no entanto, decidimos sair para caminhar."
Nesse caso, a vírgula é usada para separar as duas partes da sentença que são conectadas pelo termo "no entanto".
Além disso, quando conectivos são usados no início de uma frase, eles geralmente são seguidos por uma vírgula.
Por exemplo:
"Portanto, concluímos que a pesquisa é necessária."
A vírgula após "Portanto" ajuda a introduzir a conclusão da frase.
Um erro comum é a omissão indevida de vírgulas em situações onde elas são necessárias para a clareza da frase.
Por exemplo:
"Eu gosto de nadar mas não gosto de correr."
Neste caso, a vírgula foi omitida entre "nadar" e "mas", o que pode causar ambiguidade na interpretação da frase. A frase correta seria:
"Eu gosto de nadar, mas não gosto de correr."
Outro exemplo de omissão indevida de vírgula ocorre em frases que apresentam adjuntos adverbiais no início da sentença.
Por exemplo:
"Na próxima semana irei ao médico."
Neste caso, é necessário uma vírgula após "Na próxima semana" para separar o adjunto adverbial do restante da sentença: "Na próxima semana, irei ao médico."
Outro erro comum é o uso excessivo de vírgulas, o que pode tornar a escrita confusa e desorganizada.
Por exemplo:
"O livro, que estava na prateleira, foi emprestado, para o amigo, da biblioteca."
Nesta frase, as vírgulas são usadas de forma excessiva e desnecessária.
Para evitar o uso excessivo de vírgulas, é importante lembrar que elas devem ser usadas para separar elementos distintos na frase, como orações independentes, elementos em uma lista e cláusulas explicativas. Ao revisar um texto, é importante verificar se cada vírgula tem uma função clara e necessária na estrutura da frase.
Por exemplo:
Perceba que os elementos separados por vírgula exercem a mesma função sintática: eles funcionam como objeto direto do verbo “pegar”.
Por exemplo:
As orações, que possuem sentido independentemente umas das outras, são separadas por vírgula.
Por exemplo:
A conjunção “mas” é adversativa, ou seja, indica uma oposição, um contraste. As orações em questão são independentes uma da outra, por isso, são sindéticas e podem ser separadas por vírgula.
Por exemplo:
Perceba que a expressão entre vírgulas (“o Rio de Janeiro”) explica o sentido do que é dito anteriormente (“cidade que amava”), exercendo a função de aposto explicativo, que deve aparecer marcado por vírgulas.
Por exemplo:
A repetição do verbo “andar” vem marcada pelo uso de vírgulas.
Por exemplo:
O termo “João” não exerce uma função sintática na oração “venha aqui”. Essa ligação mais frouxa com a oração caracteriza o vocativo, que deve aparecer separado por vírgula.
Por exemplo:
Nesse caso, as vírgulas cumprem o papel de separar a oração subordinada adjetiva da oração principal e, por consequência, são responsáveis por estabelecer uma relação de explicação entre a oração subordinada e o antecedente ao qual se refere.
Por exemplo:
A oração intercalada deve vir destacada da oração que a envolve. Um dos recursos utilizados para fazer essa separação é a vírgula, como ocorre no exemplo citado, em que “Joana disse” é uma oração intercalada.
Por exemplo:
A expressão “Na semana passada” indica uma circunstância, o que demonstra o seu caráter adverbial. Como esse adjunto está localizado no início do período, ele está deslocado e, por isso, deve aparecer seguido de vírgula.
Por exemplo:
Na construção de cabeçalhos, por exemplo, deve-se separar, por meio de vírgula, a cidade e a data.
Por exemplo:
As partículas de correção ou expletivas devem vir entre vírgulas.
Por exemplo:
Perceba que a vírgula está marcando a ausência do verbo “ser”, que pode ser subentendido pelo contexto: A casa era verde; o portão, [era] branco.
Atenção: De modo geral, usa-se vírgula após os elementos coesivos, quando eles estão no início da frase, e antes deles quando estão no meio.
Acordou atrasada. Apesar disso, chegou no horário certo.
Acordou atrasada, mas não faltou ao serviço.