Como sabemos, uma oração é todo o conjunto das palavras que se estruturam em torno de um verbo ou locução verbal, o que é importante lembrarmos para definir sujeito e predicado, já que estes são os dois termos essenciais de uma oração.
Poderíamos pensar de forma simplificada que o sujeito é aquele que faz a ação do verbo, mas atenção: sujeito é, na verdade, toda sentença que se refira diretamente ao verbo, sem ser necessariamente uma pessoa. Por exemplo:
Veja que, nesse caso, “o sofá” é o termo que se refere diretamente ao verbo “tem”, de forma que “o sofá” é o sujeito dessa oração.
O predicado, por sua vez, é tudo que se refere ao sujeito ou, em outras palavras, tudo aquilo que se diz do sujeito. Ou seja, tudo aquilo que na oração não é sujeito, é predicado (incluindo o verbo). Por exemplo:
O sujeito dessa oração é “o museu de cera”, já que é a expressão que faz referência ao verbo “está” e “está em reforma” é o predicado da oração, porque é tudo aquilo que se diz sobre “o museu de cera”.
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Para encontrarmos qual é a expressão ou sentença que se refere diretamente ao verbo na oração, devemos primeiro localizar o verbo e perguntar a ele “quem?” ou “o que?”. A resposta que o verbo nos der é o sujeito da oração. Veja o exemplo:
O verbo dessa frase é “encheu”. Devemos perguntar, então: quem encheu a casa de flores? A resposta que obtemos é: “A senhora que mora do outro lado da rua” e toda essa sentença é sujeito da oração.
Para encontrar o predicado, basta observar tudo que sobra na frase depois que achamos o sujeito, incluindo o verbo. No exemplo da frase acima, como vimos que o sujeito é “a senhora que mora do outro lado da rua”, temos como predicado da oração tudo o que sobra na frase, ou seja, “encheu a casa de flores”.
Sujeito simples é aquele que apresenta apenas um núcleo, sendo que núcleo é a palavra mais importante do sujeito, aquela que dá sentido a ele. Geralmente, o núcleo costuma ser um substantivo, um pronome ou um adjetivo substantivado e nunca começa com uma preposição. Veja o exemplo:
Primeiro, achamos o verbo, que nesse caso é “questionaram”, e perguntamos a ele quem fez a ação para acharmos o sujeito. Com isso, vemos que o sujeito dessa oração é “osalunos atentos”. A palavra mais importante desse sujeito é “alunos” e esse é, portanto, o único núcleo desse sujeito. (Veja: talvez você fique em dúvida se o fato de ser “alunos” no plural não faz com que isso seja mais de um núcleo, mas observe que se trata de apenas uma palavra. “Alunos” é uma única palavra e é a mais importante dentro do sujeito, por isso é chamada de núcleo do sujeito.)
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Sujeito composto é aquele que tem dois ou mais núcleos, por exemplo:
Nessa frase, o verbo é o mesmo: questionaram. O sujeito é “os alunos atentos e os monitores de plantão”. Observamos que as palavras que dão sentido a esse sujeito são “alunos” e “monitores”. Nesse caso, temos então duas palavras de maior importância no sujeito e, portanto, dois núcleos, o que o classifica como sujeito composto.
É aquele que não aparece explicitamente na oração, mas está subentendido na conjugação verbal. Exemplo:
O verbo nesse caso é “fizemos”. Se perguntarmos a ele: “quem?”, a resposta será “nós”, que não aparece escrito explicitamente na oração, mas pode ser deduzido pela terminação do verbo.
Mas, atenção! Quando o verbo estiver na 3ª pessoa do plural, é preciso estar atento ao contexto, por exemplo:
O verbo “mandaram” está na 3ª pessoa do plural, mas, pelo contexto, percebemos que estamos falando do mesmo sujeito da oração anterior: “Meus amigos da escola”. Nesse caso, o sujeito da segunda oração é um sujeito oculto, pois pelo contexto eu consigo determinar quem são. Veja como o próximo exemplo é diferente:
Observe que nessa oração não se sabe quem mandou entregar as flores e não é possível determinar pelo contexto. Nesse caso, o sujeito é indeterminado, como veremos a seguir.
Assim como o sujeito oculto, o sujeito indeterminado é aquele que não se quer ou não se pode explicitar na oração. Mas atenção, não confunda: para ser sujeito indeterminado, o verbo deve estar na 3ª pessoa do plural sem que se refira a nenhum outro termo citado anteriormente no contexto. Exemplo:
O verbo conjugado na terceira pessoa do plural dá a ideia de que o sujeito não foi explicitado propositalmente, porque não se sabe quem deixou a chave para fora e não há como determinar. O sujeito dessa oração é, portanto, indeterminado.
O sujeito indeterminado pode aparecer também com o verbo conjugado na 3ª pessoa do singular junto com a partícula “se”, por exemplo:
Nas duas orações acima também não se sabe quem é o sujeito, ele é indeterminado.
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Quando o verbo da oração expressa um fenômeno da natureza, quando o verbo é “haver”, no sentido de existir, ou quando o verbo é fazer, indicando tempo ou clima, não há um sujeito possível. Exemplos:
É aquele em que o nome, ou outra palavra que não seja o verbo, é a parte mais importante do predicado. Essa outra palavra geralmente é uma característica do sujeito, a qual chamamos de predicativo do sujeito. Temos um predicado nominal sempre que o verbo da oração for um verbo de ligação (ser, estar, permanecer, ficar, continuar e parecer). Exemplo:
“Minha vó” é o sujeito e “é carinhosa” é o predicado. O verbo “ser” é um verbo de ligação e por isso a parte mais importante do predicado é o que vem depois do verbo, ou seja, “carinhosa”, que é o predicativo do sujeito. Assim, temos um predicado nominal.
Quando o verbo da oração é um verbo de ação, ou seja, um verbo que expressa ação ou fenômeno da natureza, ele é a parte mais importante do predicado, que, por isso, é classificado como predicado verbal. Exemplo:
O sujeito é “As crianças” e o predicado é “almoçaram mais cedo hoje”. Observe que a parte mais importante desse predicado é o verbo de ação “almoçaram”. Esse é, portanto, um predicado verbal.
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Se para o predicado nominal é preciso que a parte mais importante do predicado seja uma característica do sujeito e, para o predicado verbal, é preciso que haja um verbo de ação, para o predicado verbo-nominal é preciso uma junção dos dois anteriores: temos um predicado verbo-nominal quando a oração apresenta um verbo de ação mais uma característica do sujeito. Veja:
Observe que temos o verbo de ação “sair” e o predicativo do sujeito “contentes”. Com isso, temos um predicado que é classificado como verbo-nominal. A característica presente no predicado verbo-nominal também pode se referir ao objeto da oração. Veja:
O sujeito dessa oração é “o filho desobediente”, mas repare que a característica “nervosa” se refere a mãe, que é quem sofre a ação do verbo, ou seja, é o objeto da oração. Como temos um verbo de ação e uma característica do objeto, também temos nesse caso um predicado verbo-nominal.
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens” . O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar” . Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.
(RODRÍGUES, S. Sobre palavras.Veja, São Paulo. 30 nov. 2011.)
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é: