Malala Yousafzai é uma ativista paquistanesa que luta pelo direito à educação de crianças e jovens.
Tornou-se conhecida após o ataque do Talibã na escola que frequentava. Nesse dia, Malala levou um tiro no rosto, ficando entre a vida e a morte.
Sua família sempre a incentivou estudar, e Malala, com apenas 14 anos, tornou-se exemplo para muitas outras meninas que eram proibidas de ter acesso à educação pelo regime fundamentalista.
Malala Yousafzai nasceu em 1997, em Mingora, no Paquistão. Filha de Ziauddin Yousafzai, um professor, e Tor Pekai Yousafzai.
A jovem Malala costuma contar que, quando nasceu, ninguém foi dar os parabéns ao seu pai, como é o costume após o nascimento de um menino. Malala tem dois irmãos.
A família de Malala sempre a apoiou em seus estudos. O destino das meninas paquistanesas é casar-se cedo, algo que Malala não queria para si. Sua mãe, dedicada à família e semi-analfabeta, não queria o mesmo destino para a filha.
Seu pai não era apenas professor, mas também dono da escola que Malala frequentava. Vendo o gosto da filha pelos estudos, ele passou a incentivá-la, aproximando-a de assuntos políticos, Literatura, Física, e outras disciplinas.
Em 2007, o Talibã, movimento fundamentalista islâmico nacionalista, tomou a região do Vale do Suat, onde ficava Mingora. A organização proibiu meninas de frequentarem a escola e ordenou o fechamento de todas as escolas públicas do lugar, inclusive a escola do pai de Malala.
Quando tinha 11 anos, Malala, utilizando um pseudônimo, começou a escrever, em um blog, a respeito de sua realidade no norte do Paquistão após a tomada do Talibã pela região. Esse blog chegou até a BBC e tornou-se bastante conhecido.
Malala continuou a ir para a escola, escondida, junto com outras amigas. Um documentário realizado pelo New York Times chegou a recolher um depoimento de Malala, dizendo que não iria desistir de estudar.
Seu ativismo foi crescendo ao ponto de Malala dar entrevistas e palestras defendendo o direito à educação de meninas no Paquistão. Com isso, passou a receber ameaças de morte do grupo fundamentalista.
No dia 9 de outubro de 2012, Malala e seus colegas voltavam da escola em um ônibus quando foram abordados por membros do Talibã, que perguntavam por Malala. Ninguém respondeu, mas os olhares apreensivos dos colegas se voltavam para Malala.
Neste dia, Malala levou três tiros que atingiram sua cabeça. A jovem foi levada para um hospital e, assim que seu quadro apresentou evolução, Malala e sua família partiram para a Inglaterra, onde ela ficaria em tratamento. Malala ficou entre a vida e a morte.
Depois do atentado, e com a cobertura midiática, Malala ficou conhecida mundialmente. A Inglaterra virou seu lugar de exílio, onde pode tornar-se ativista pelo direito à educação.
Em 2013, Malala discursou na frente de mais de 100 representantes de países na Assembléia de Jovens das Nações Unidas. Ali, ela pode declarar abertamente a causa pela qual lutou e continuaria lutando: “Nossos livros e canetas são as armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”.
Um ano depois, Malala é contemplada com o Prêmio Nobel da Paz. Ela é a pessoa mais jovem a receber o prêmio até então.
Malala abriu um fundo em seu nome para promover a educação de meninas no Paquistão, que são as mais privadas deste direito que ela considera básico. Sua causa, no entanto, estende-se a todos.
Malala Yousafzai: uma ativista paquistanesa, é a pessoa mais nova a ser laureada com um prêmio Nobel, o da Paz, por sua luta pela educação. Malala Yousafzai nasceu em 12 de julho de 1997, numa região montanhosa e tribal ao noroeste do Paquistão e próxima à fronteira com o Afeganistão. A situação geral da educação no país é de extrema precariedade e, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o país tem mais de cinco milhões de menores entre 5 e 11 anos que não frequentam a escola, sendo que duas em cada três crianças são meninas.
A frase de Malala Yousafzai que se tornou um ícone para a educação é: