O ciclo de vida das angiospermas pode ser também chamado de ciclo de vida das fanerógamas, e se inicia com um indivíduo adulto (2n) que dispersa seus grãos de pólen - formados a partir dos microsporângios presentes no estame - através do processo de polinização, que geralmente ocorre com auxílio de um agente, que pode ser o vento ou algum animal como insetos e pássaros.
Em termos técnicos, a polinização é o transporte do grão de pólen localizado na antera (parte do órgão reprodutor masculino) até o estigma (parte do órgão reprodutor feminino). Uma vez em contato com o estigma, é formado o tubo polínico a partir do grão de pólen até atingir o óvulo localizado dentro do ovário.
No interior do tubo polínico, podem ser encontrados dois tipos de núcleos: dois espermáticos que são os gametas masculinos (n) e um núcleo do próprio tubo que fica responsável pelo seu crescimento.
O óvulo apresenta dois tipos de tecidos e um megásporo diplóide (2n), que sofre meiose e origina quatro células haplóides (n). Três dessas células haplóides se degeneram e apenas uma forma um megásporo haplóide funcional (n). Este, por sua vez, sofre mitose, originando o saco embrionário que contém, em seu interior, diversas estruturas, como o gameta feminino chamado oosfera (n).
A oosfera é uma célula central com dois núcleos polares, duas sinérgides e três antípodas que, juntas, vão compor a formação do endosperma.
Ao atingir o óvulo, um núcleo espermático (n) - que é o gameta masculino - fecunda a oosfera haplóide (n) - que é o gameta feminino -, formando, assim, o zigoto diplóide (2n).
O outro núcleo espermático une-se aos dois núcleos polares presentes na célula central, formando um núcleo triplóide (3n) que se desenvolverá junto com as sinérgides e antípodas, até formar o endosperma com função de nutrir o embrião.
Composição do gametófito feminino em contato com o núcleo espermático
Assim que se inicia a fecundação, os tecidos do óvulo ficam mais rígidos, formando uma casca. A estrutura conterá o embrião e o endosperma. Esse conjunto recebe o nome de semente. Já o ovário, este se modifica gerando o fruto que envolve essas sementes.
Dessa forma, as angiospermas são conhecidas por apresentarem fecundação dupla. Uma entre os gametas masculino e feminino formando o zigoto e, posteriormente, o embrião, e outra entre o segundo gameta masculino e os núcleos polares, formando o endosperma.
Ciclo de vida das Angiospermas