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Blastocisto: formação, função e importância no desenvolvimento embrionário

Biologia - Manual do Enem
Última atualização: 23/7/2025

Introdução

No processo de desenvolvimento embrionário, o blastocisto marca um dos estágios mais importantes e determinantes da formação de um novo ser. Você sabe o que é?

Esse estágio surge logo após a mórula e antecede a implantação no útero, momento decisivo para o início de uma gestação bem-sucedida.

Ao alcançar a fase de blastocisto, o embrião já não é apenas um conjunto de células. Ele apresenta estruturas especializadas que o preparam para a nidação, criando os primeiros vínculos com o corpo materno.

Estudar o blastocisto vai muito além de entender apenas uma etapa intermediária. Essa fase é fundamental para as ciências biológicas e médicas, pois ajuda a explicar desde os processos naturais de reprodução até avanços em fertilização assistida e pesquisas com células-tronco.

Blastocisto em estágio inicial com trofoblasto e massa celular interna evidenciados, representando desenvolvimento embrionário.

Índice

O que é o blastocisto e como se forma

O blastocisto é uma estrutura formada aproximadamente entre o quinto e o sexto dia após a fecundação. Nesse momento, o embrião já passou pelo estágio de mórula, que consiste em uma esfera sólida composta por células compactadas. 

Com o avanço do desenvolvimento, essas células se reorganizam, formando uma cavidade interna chamada blastocele. Essa reorganização dá origem ao blastocisto.

No interior do blastocisto, observa-se a diferenciação entre duas estruturas principais: o trofoblasto (camada externa), que será responsável pela formação da placenta, e a massa celular interna, da qual se originará o embrião propriamente dito. 

Essa massa interna contém células-tronco embrionárias, com alto potencial de diferenciação celular, um aspecto relevante para a pesquisa em medicina regenerativa e para a compreensão dos processos iniciais da vida.

Papel do blastocisto na nidação

Após sua formação, o blastocisto segue em direção ao útero, onde ocorrerá a nidação — o processo de implantação no endométrio. Essa etapa é essencial para o início efetivo da gestação. 

A interação com o endométrio se dá principalmente por meio do trofoblasto, que se adere ao tecido uterino e começa a invadi-lo, promovendo o início da formação da placenta.

Essa conexão estabelece as trocas de nutrientes e gases entre mãe e embrião, permitindo o crescimento e a continuidade do desenvolvimento embrionário. 

Alterações nessa fase podem impedir a gestação, tornando a compreensão do papel do blastocisto vital para os estudos de fertilidade e reprodução humana.

Blastocisto na reprodução assistida

Na fertilização in vitro (FIV), o desenvolvimento do embrião até o estágio de blastocisto é um dos principais indicadores de viabilidade para a implantação. Embriões que chegam a esse estágio apresentam maiores chances de resultar em gravidez bem-sucedida. 

Por isso, clínicas de reprodução assistida frequentemente selecionam blastocistos de melhor qualidade morfológica, como os classificados como “blastocisto 4BB”, que apresentam boas características de expansão e organização celular.

A análise criteriosa desses embriões contribui para decisões clínicas mais precisas, reduzindo o número de embriões transferidos e aumentando as chances de sucesso do procedimento. 

Essa prática reforça a importância do conhecimento técnico sobre o blastocisto no contexto da medicina reprodutiva.

Diferença entre mórula e blastocisto

Embora ambos sejam estágios iniciais do desenvolvimento embrionário, a mórula e o blastocisto apresentam diferenças significativas. A mórula é uma esfera compacta de células (chamadas blastômeros), sem cavidade interna. 

Já o blastocisto surge da reorganização dessas células, com a formação da blastocele, diferenciação entre trofoblasto e massa celular interna e início das especializações celulares.

Além das diferenças estruturais, há distinções funcionais: enquanto a mórula ainda não está pronta para a nidação, o blastocisto já apresenta condições para se implantar no útero, tornando-se um marco decisivo na continuidade da gestação.

Implicações biológicas e futuras pesquisas

As células da massa interna do blastocisto, por serem pluripotentes, possuem grande potencial para se diferenciar em quase todos os tipos celulares do corpo humano. Por isso, são amplamente estudadas na medicina regenerativa e em pesquisas sobre doenças degenerativas.

Além disso, o entendimento sobre a formação e comportamento do blastocisto contribui para o avanço em áreas como clonagem terapêutica, edição genética e diagnóstico pré-implantacional. A biotecnologia e a biologia molecular continuam a explorar esse estágio como chave para compreender os mecanismos iniciais da vida e desenvolver terapias inovadoras.

Perguntas frequentes

  • O que é um blastocisto?

É o estágio do embrião humano, com cavidade interna e células diferenciadas, surgindo após a mórula, entre o 5º e 6º dia após a fecundação.

  • Qual a diferença entre embrião e blastocisto?

O blastocisto é um estágio específico do embrião humano. Todo blastocisto é um embrião, mas nem todo embrião está no estágio de blastocisto.

  • Quais as chances de engravidar com um blastocisto?

As taxas de gravidez com blastocistos viáveis transferidos na FIV podem chegar a 60% ou mais, dependendo da idade materna e da qualidade embrionária.

  • Qual a diferença entre mórula e blastocisto?

A mórula é uma massa sólida de células, enquanto o blastocisto apresenta cavidade interna e diferenciação celular.

 

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