Em volta do planeta Terra há uma série de camadas gasosas. Uma delas, a camada de ozônio, é caracterizada por sua extrema importância na vida terrestre. Ela é composta de um gás chamado gás Ozônio (\(O_3\)) e tem a capacidade de filtrar os raios ultravioleta emitidos pelo Sol.
Embora atue como um filtro quando na estratosfera, o gás ozônio, quando próximo da superfície terrestre, contribui muito para a poluição do ar e para a formação da chuva ácida.
Quando os raios ultravioleta atingem a camada de ozônio, ocorre a separação de um dos oxigênios, o que faz com que a quantidade de \(O_3\) presente na camada seja modificada constantemente.
\(O_3\)(g) → \(O_2\)(g) + O(g)
O mesmo ocorre nas moléculas de \(O_2\). A radiação ultravioleta atinge as moléculas e promove a degradação de algumas delas, como descrito na equação abaixo.
\(O_2\)(g) → 2O(g)
Porém, os oxigênios livres, produto da radiação no \(O_2\), conseguem interagir com outras moléculas de gás oxigênio, formando uma nova molécula de gás Ozônio:
O + \(O_2\)(g) → \(O_3\)(g)
Dessa forma, por meio das quebras da moléculas e das interações entre as partículas da camada, ocorre a renovação natural da camada de Ozônio.
A camada de Ozônio possui importância singular para a vida terrestre. Sua localização na estratosfera e sua composição fazem com que a camada atue como filtro e impeça os raios ultravioleta de atingir a superfície do planeta Terra. Quando os raios ultravioleta conseguem atingir a superfície terrestre, diversos riscos aos seres vivos podem ser desencadeados, como: desenvolvimento de câncer de pele, aumento de casos de catarata, aumento da temperatura do planeta, fenômeno conhecido como aquecimento global.
Atualmente, muito se discute sobre evidências científicas de que substâncias utilizadas pelo homem tanto cotidianamente, quanto industrialmente, estão degradando a camada de ozônio. No fim da década de 1970, cientistas Britânicos foram os responsáveis por detectar pela primeira vez um buraco na camada de ozônio, acima da região da Antártida. Desde então, estudos confirmam que a espessura da camada está diminuindo gradativamente, sendo essa diminuição mais grave nas regiões próximas aos pólos.
Essa degradação está intimamente relacionada ao uso de diversas substâncias químicas capazes de reagir com o ozônio. Além disso, essas substâncias também contribuem para o aquecimento demasiado do planeta, fenômeno conhecido como efeito estufa. Na lista de substâncias prejudiciais à camada de ozônio estão os óxidos nítricos e nitrosos presentes nos exaustores dos veículos e o \(CO_2\). Porém, os maiores danos a camada vem da liberação de gases do grupo clorofluorcarbonos, os CFCS, que após anos de pesquisa foram substituídos por isobutano, butano e isopropano.
As substâncias que mais prejudicam a camada de Ozônio são:
O principal motivo pelo qual essas substâncias prejudicam a camada de ozônio é a sua degradação pelos raios ultravioleta. Quando os raios ultravioleta atingem essas substâncias, suas moléculas são decompostas em átomos livres, capazes de reagir com as moléculas de ozônio, transformando-as em moléculas de gás \(O_2\). Com a diminuição das moléculas de ozônio na camada, a filtração dos raios ultravioleta fica comprometida, fazendo com que mais raios cheguem à superfície e atinjam as diversas formas de vida no planeta, trazendo vários malefícios.
A liberação dos gases clorofluorcarbonos (CFCs) na atmosfera pode provocar depleção de ozônio (\(O_3\)) na estratosfera. O ozônio estratosférico é responsável por absorver parte da radiação ultravioleta emitida pelo Sol, a qual é nociva aos seres vivos. Esse processo, na camada de ozônio, é ilustrado simplificadamente abaixo:
Quimicamente, a destruição do ozônio na atmosfera por gases CFCs é decorrência da: