Os chimpanzés (Pan troglodytes) estão inseridos na ordem dos primatas, na família hominidae e no gênero Pan.
99% do DNA desses animais é compartilhado entre eles e os humanos, o que faz dos chimpanzés os macacos mais geneticamente próximos dos humanos. A separação do ancestral comum entre essas duas espécies se deu por volta de 6 milhões de anos atrás.
A capacidade que esses primatas têm de aprender habilidades complexas é bastante alta: além de serem capazes de aprender diversos tipos de linguagens, eles conseguem se reconhecer no espelho. Seu habitat primário, hoje, é a floresta tropical africana, muito embora vivam, também, em regiões entre florestas e savanas e em regiões de elevada altitude.
Os chimpanzés possuem características físicas bastante específicas: seus braços são extensos, enquanto suas pernas são mais curtas. Suas mãos e seus dedos são, também, alongados (com exceção do dedo polegar, que é pequeno e magro).
Quando eretos, medem aproximadamente 1 metro de altura e pesam de 26 a 70 quilos, sendo os machos naturalmente maiores e mais pesados que as fêmeas. Sua dentição é típica dos primatas, apresentando caninos e molares bastante longos que diminuem de tamanho. Além disso, a dentição desses animais é bastante forte, três vezes mais fortes que a dos humanos.
A organização social dos chimpanzés se dá de forma que cada grupo formado varia de 5 a 100 indivíduos. Nesse grupo, os chimpanzés machos mais velhos são os indivíduos dominantes hierarquicamente.
Seu comportamento é diurno, variando em arborícola e terrestre. Pelo solo, costumam caminhar sobre quatro patas, porém, são capazes de andar sob duas patas e, também, de escalar árvores, pois têm preferência por se alimentarem por lá.
A alimentação dos chimpanzés é composta por frutas, sementes, folhas, flores, insetos. Por vezes, quando em grupo, caçam, ainda, outros animais.
Uma característica bastante surpreendente desses animais é o fato de desenvolverem suas próprias técnicas de alimentação e de conseguirem manter esse conhecimento através das gerações.
A reprodução dos chimpanzés se dá desorganizadamente: existe a possibilidade de a fêmea copular com vários machos no mesmo dia. A reprodução não é o único objetivo da relação sexual, que é praticada, também, para estabelecer laços dentro do grupo.
Embora as fêmeas sejam sexualmente ativas durante todo o seu ciclo menstrual, durante o seu período de ovulação apenas os chimpanzés machos e dominantes podem, com elas, acasalar. A gestação dos chimpanzés dura de 202 a 260 dias, pode ocorrer em todas as épocas do ano e, comumente, gera de um a dois filhotes.
Na infância, os filhotes são cuidados e protegidos pelas mães durante todos os momentos, sendo, inclusive, carregados nas costas delas. Por volta dos quatro anos de idade ocorre o desmame. Se, por motivos diversos, a mãe morrer, os irmãos mais velhos serão responsáveis por proteger o filhote.
Aos 6 anos, os chimpanzés se tornam independentes, mas mantém proximidade com as suas mães até alcançarem a maturidade sexual, que ocorre por volta dos 15 anos, variando para machos e fêmeas. Ao atingir essa idade, se o chimpanzé se mantiver no mesmo grupo, o laço de união será levado para a vida toda.
A expectativa de vida desses animais é em torno de 50 anos quando na natureza. Já em cativeiros, existem registros de chimpanzés que chegaram muito próximos dos 60 anos de idade. Os machos não ajudam a cuidar da cria, mas brincam e podem proteger os filhotes de um grupo.
Embora ocupem um território extenso, a caça ilegal tem matado uma quantidade bastante alta desses animais, tanto para alimentação quanto para produção de amuletos. Existe, ainda, a captura dos chimpanzés para que sejam treinados e apresentados em circos e em outros espetáculos; e, também, para serem levados à condição de animal de estimação.
Além disso, há uma outra problemática envolvida na existência dos chimpanzés: as regiões que eles ocupam estão sendo devastadas por conflitos e guerras, que têm matado diversos desses animais e contribuído para a baixa natalidade deles. Isso ocorre porque muitos chimpanzés estão se tornando órfãos muito cedo; e porque várias fêmeas estão sendo expostas a situações de estresse que atrapalham seus organismos e, assim, fazem com que a taxa de natalidade nesses grupos diminua bastante.
A árvore filogenética representa uma hipótese evolutiva para a família Hominidae, na qual a sigla “m.a.” significa “milhões de anos atrás”. As ilustrações representam, da esquerda para a direita, o orangotango, o gorila, o ser humano, o chimpanzé e o bonobo.
Considerando a filogenia representada, a maior similaridade genética será encontrada entre os seres humanos e: