A esquistossomose, ou barriga d’água, é uma doença parasitária causada por parasitas que vivem em água doce, como rios e lagos. Ocorre em maior frequência em regiões tropicais com baixa qualidade de saneamento básico.
As comunidades carentes e sem acesso ao saneamento básico e à água potável costumam ser as mais afetadas pela esquistossomose. Estudos indicam que mais de 90% das pessoas que necessitam do tratamento adequado para a doença estão na África.
No Brasil, as comunidades mais pobres e que vivem em zona rural também são bastante afetadas pela esquistossomose. Isso porque as atividades domésticas, como lavagem de roupas, muitas vezes são feitas em águas contaminadas.
O ciclo de transmissão da esquistossomose tem como hospedeiro definitivo o homem, que, através das fezes, elimina os ovos do verme.
Ao serem eliminados na água, os ovos encontram um ambiente propício para eclodir e liberar larvas ciliadas, os miracídios. Esses miracídios infectam caramujos, que serão os hospedeiros intermediários, e, dentro desses animais, se multiplicam.
De 4 a 6 semanas após infectar os caramujos, as larvas abandonam o animal e, já na forma de cercárias, voltam para a água. A partir de então, estão prontas para infectar o homem, muito embora possam viver nas águas durante algum tempo antes do próximo contato com a pele ou com alguma mucosa humana.
Após a contaminação, os vermes atingem a circulação sanguínea, por onde conseguem alcançar os pulmões e o coração. A partir do coração, as artérias se encarregam de enviar os parasitas para diversas partes do corpo, sendo o fígado o local preferencial dos vermes.
Quando chegam ao fígado, começam a se alimentar de sangue e crescem exponencialmente. Em seguida, migram para as veias do intestino, onde atingem a forma adulta e se reproduzem. Nesta fase, logo são capazes de deixar ovos no local, iniciando um novo ciclo parasitário.
O primeiro sintoma aparente da esquistossomose pode ocorrer passados alguns dias da infecção. Trata-se da erupção cutânea acompanhada de coceira no local em que o parasita penetrou o organismo. Ainda assim, é mais comum que essa fase da infecção não apresente sintomas. Só após passados dois meses, que é o tempo médio necessário para que o parasita chegue a circulação sanguínea, é que o indivíduo poderá apresentar sintomas mais graves e aparentes, como febre, calafrios, tosse e dores musculares.
Em seguida, surgirem sintomas mais específicos, decorrentes do local de alojamento do parasita:
Na fase mais crônica, é bastante comum que o tamanho da barriga aumente muito, já que o abdômen se dilata. Esse aspecto é o que dá o nome popular de “barriga d’água” para a esquistossomose.
Para prevenir a esquistossomose é preciso, primeiro, identificar e tratar as pessoas que já foram contaminadas, para que os riscos de que a doença se torne epidêmica sejam reduzidos. Em seguida, é de extrema importância que as necessidades de saneamento básico sejam sanadas, para que o contato da água com as fezes humanas seja impedido. É importante, também, que a população seja conscientizada sobre a esquistossomose e sobre os riscos da doença.
Para tratar a esquistossomose é necessário o uso de medicamentos específicos, capazes de diminuir a carga parasitária e, até mesmo, de curar a doença. Internação e intervenções cirúrgicas podem ser necessárias quando a doença atinge quadros mais graves.
Euphorbia mili é uma planta ornamental amplamente disseminada no Brasil e conhecida como coroa-de-cristo. O estudo químico do látex desta espécie forneceu o mais potente produto natural moluscicida, a miliammina L. (MOREIRA. C. P. s.; ZANI. C. L.; ALVES, T. M. A. Atividade moluscicida do látex de Synadenium carinatum boiss. (Euphorbiaceae) sobre Biomphalaria glabrata e isolamento do constituinte majoritário. Revista Eletrônica de Farmácia. n. 3. 2010 (adaptado).
O uso desse látex em água infestada por hospedeiros intermediários tem potencial para atuar no controle da: