A pele, ou também denominada cútis, é um órgão do corpo humano caracterizado por ser o maior deles. Tem como função assegurar as relações entre os meios interno e externo, bem como regular a temperatura corporal, reservar nutrientes e proteger outros tecidos.
Uma das funções da pele é a proteção física contra atritos, invasões parasitas e choques mecânicos. Para isso, a epiderme secreta proteínas e lipídios, enquanto a derme deposita proteínas resistentes, como a elastina e os colágenos.
Uma outra maneira de proteção da pele é através da melanina, produzida nos melanócitos. Ela é responsável por proteger o corpo contra a radiação, principalmente UV, advinda em sua maioria da luz solar.
Outra importante função da pele, e de extrema importância, é a proteção contra a desidratação, já que a desidratação excessiva pode levar a morte.
Essa proteção ocorre por dois mecanismos:
Diversos mecanismos da pele são capazes de atuar regulando a temperatura corporal:
A pele também desempenha papel no sistema imunitário. Diversos tipos de leucócitos são abrigados por ela. Existem, por exemplo, linfócitos - capazes de regular a resposta imunitária do corpo e desenvolver respostas específicas.
Além disso, há outras células que contém antígenos, o que as torna capazes de recolher possíveis invasores e levá-los até gânglios linfáticos.
As funções metabólicas desempenhadas pela pele são muito importantes. Para que o cálcio seja metabolizado no organismo humano, é essencial a presença da vitamina D. Essa vitamina, porém, só é fabricada a partir de uma reação que depende diretamente da luz solar recebida pela pele.
Por fim, a pele atua como órgão sensorial pelo sentido do tato. Nela, podem ser encontradas diversas terminações nervosas, tanto soltas quanto ligadas a órgãos sensoriais específicos.
É na pele que são captados sinais sensitivos como as percepções de temperatura, de movimento e de pressão. Em razão dessa sensibilidade, a pele se torna um órgão bastante importante na função sexual.
A pele é dividida em três camadas: epiderme, derme e hipoderme. Cada uma dessas camadas é constituída de outras subcamadas, também denominadas estratos:
A epiderme é a camada mais superficial da pele. Portanto, é a camada que tem contato com o meio externo. É constituída por epitélio estratificado queratinizado e não apresenta vascularização.
A não vascularização da epiderme se dá de modo que não existam vasos sanguíneos a serem invadidos por microorganismos externos. Assim, para que os nutrientes e o oxigênio chegue até a epiderme, ocorre a difusão deles a partir dos vasos sanguíneos localizados na derme.
A textura e espessura da epiderme varia de acordo com a região do corpo, sendo mais espessa em regiões sujeitas a maior atrito, como a região do pé e a palma da mão.
Na epiderme existem cinco estratos:
A derme é caracterizada por ser a camada intermediária da pele, estando localizada entre a epiderme e a hipoderme. Ela é constituída de tecido conjuntivo, além de ser mais elástica e mais firme devido ao colágeno e a elastina.
Na derme, são encontrados vasos sanguíneos, linfáticos, terminações nervosas, folículos pilosos e glândulas (sudoríparas e sebáceas).
É constituída de duas camadas:
A hipoderme ou tecido subcutâneo é a camada mais interna abaixo da pele, ou seja, a hipoderme não é uma camada da pele, mas uma região abaixo dela. Essa camada é constituída por células adiposas, fibras de colágeno e vasos sanguíneos.
A principal função da hipoderme é ligar a pele às estruturas internas do corpo humano.
Na pele, existem diversas estruturas que desempenham funções específicas para o corpo humano:
A presença de uma epiderme queratinizada, do ponto de vista adaptativo, está diretamente relacionada à: