As pirâmides alimentares podem apresentar variações de acordo com os hábitos, cultura e diversidade de alimentos do local em que ela foi formulada. Ainda assim, todas elas têm o objetivo comum de orientar para uma alimentação mais nutritiva e saudável.
Pirâmide Norte-Americana Antiga
A primeira pirâmide alimentar foi formulada e divulgada em 1992 pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Essa primeira pirâmide era dividida em oito grupos divididos em quatro andares, onde o principal alimento consumido deveria ser o carboidrato:
- 1º Andar (base da pirâmide): Carboidratos;
- 2º Andar: Frutas e Hortaliças;
- 3º Andar: Leites e Derivados, carnes e leguminosas;
- 4°Andar (topo da pirâmide): Doces e gorduras.
Pirâmide Alimentar Norte-Americana.
Esse tipo de formulação da pirâmide levantou questões sobre possíveis prejuízos à saúde. O principal motivo foi a presença de gorduras no topo da pirâmide, induzindo que a ingestão de gorduras é totalmente prejudicial a saúde e a presença de carboidratos na base da pirâmide, mostrando que os carboidratos não oferecem riscos à saúde.
A ingestão de lipídios é fundamental para processos como a manutenção da membrana plasmática celular. Assim como existem carboidratos ruins para saúde e que estão localizadas na posição privilegiada da pirâmide, existem gorduras e lipídios essenciais para o bom funcionamento do organismo e estão ocupando o topo da pirâmide.
Pirâmide Norte-Americana Nova
Também chamada de Pirâmide Funcional, esse tipo de infográfico foi criado em Harvard levando em considerações estudos a respeito dos alimentos reguladores, fibras e de outros fatores que também contribuem para uma melhor qualidade de vida, como a prática de atividade física e a ingestão de líquidos.
Também considerava o consumo moderado de vinho saudável para evitar doenças cardiovasculares. A nova pirâmide alimentar continha apenas sete andares alimentares.
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1º andar (base): prática de atividade física e consumo de água.
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2º andar: Cereais integrais (fonte de fibras) e óleos vegetais, como azeite (fonte de lipídios).
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3º andar: Legumes, frutas e verduras (fonte de vitaminas e minerais).
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4º andar: Oleaginosas, como castanhas (fibras e vitaminas), e leguminosas, como feijão e grão de bico (proteína vegetal e minerais).
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5º andar: Peixes, frangos e ovos (proteína animal).
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6º andar: Laticínios, como queijo e iogurte (proteínas e minerais como cálcio).
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7º andar (topo): Carne vermelha, manteiga, arroz não-integral, doces, macarrão e alimentos processados (fontes energéticas com elevado índice de gorduras saturadas, carboidratos prejudiciais e gorduras trans).
Pirâmide Funcional.
Em 2011, os Estados Unidos formularam uma nova proposta de infográfico para substituir a pirâmide funcional. O infográfico tem formato circular, como um prato, e não é tão detalhado quanto a pirâmide funcional. Também se concentra apenas nos hábitos alimentares, não mostrando a prática de atividade física ou o consumo de água.
Nova proposta de modelo alimentar dos EUA.
Pirâmide Brasileira
A primeira pirâmide alimentar brasileira foi criada em 1999, se baseando principalmente nos padrões alimentares norte-americanos, de onde as pirâmides alimentares haviam sido criadas há mais tempo.
O Ministério da Saúde divulgou em 2013 uma nova pirâmide alimentar que levava em conta a realidade do Brasil e a disponibilidade de alimentos do país.
A principal característica da pirâmide brasileira de 2013 foi a inclusão de alimentos tipicamente brasileiros como arroz e feijão, caju, graviola e castanhas, além de outros alimentos incluídos para evitar casos de má nutrição como o consumo de arroz integral, peixes e verduras de coloração verde escura.
Com a intenção de alertar quanto aos problemas da obesidade, a pirâmide brasileira propõe o consumo de 2000 calorias diárias, diferente da pirâmide americana que estipula um valor de 2500 calorias diárias.
A última atualização do Ministério da Saúde para a alimentação brasileira saudável foi a criação de um “Guia Alimentar para a População Brasileira” para auxiliar na formulação de uma dieta mais saudável, prevenindo doenças como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.
O Guia deixa de considerar grupos alimentares e quantidades e se concentra na forma de produção do alimento, sugerindo evitar comidas processadas industrialmente e os famosos fast-foods.
Pirâmide Alimentar Brasileira.