A Pirâmide Alimentar é um gráfico esquematizado da quantidade de alimentos necessária diariamente para uma nutrição saudável e adequada. O instrumento visa orientar as pessoas a uma nutrição saudável, como um guia alimentar.
A quantidade exata de cada alimento que um indivíduo precisa consumir diariamente depende de vários fatores como idade, sexo, peso, predisposição para a obesidade, necessidades individuais, etc. Por isso é necessário o planejamento alimentar junto de um profissional da área nutricional para planejar corretamente a dieta mais adequada.
Cada parte da pirâmide representa um grupo de alimentos e sua proporção que deve ser consumida diariamente. Assim, os alimentos que precisam ser consumidos em maior quantidade estão na base da pirâmide e os alimentos que precisam ser consumidos em menor quantidade ou evitados estão no topo.
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Independente do modelo da pirâmide adotado, os alimentos contidos podem ser divididos em quatro grupos:
As pirâmides alimentares podem apresentar variações de acordo com os hábitos, cultura e diversidade de alimentos do local em que ela foi formulada. Ainda assim, todas elas têm o objetivo comum de orientar para uma alimentação mais nutritiva e saudável.
A primeira pirâmide alimentar foi formulada e divulgada em 1992 pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Essa primeira pirâmide era dividida em oito grupos divididos em quatro andares, onde o principal alimento consumido deveria ser o carboidrato:
Esse tipo de formulação da pirâmide levantou questões sobre possíveis prejuízos à saúde. O principal motivo foi a presença de gorduras no topo da pirâmide, induzindo que a ingestão de gorduras é totalmente prejudicial a saúde e a presença de carboidratos na base da pirâmide, mostrando que os carboidratos não oferecem riscos à saúde.
A ingestão de lipídios é fundamental para processos como a manutenção da membrana plasmática celular. Assim como existem carboidratos ruins para saúde e que estão localizadas na posição privilegiada da pirâmide, existem gorduras e lipídios essenciais para o bom funcionamento do organismo e estão ocupando o topo da pirâmide.
Também chamada de Pirâmide Funcional, esse tipo de infográfico foi criado em Harvard levando em considerações estudos a respeito dos alimentos reguladores, fibras e de outros fatores que também contribuem para uma melhor qualidade de vida, como a prática de atividade física e a ingestão de líquidos.
Também considerava o consumo moderado de vinho saudável para evitar doenças cardiovasculares. A nova pirâmide alimentar continha apenas sete andares alimentares.
Em 2011, os Estados Unidos formularam uma nova proposta de infográfico para substituir a pirâmide funcional. O infográfico tem formato circular, como um prato, e não é tão detalhado quanto a pirâmide funcional. Também se concentra apenas nos hábitos alimentares, não mostrando a prática de atividade física ou o consumo de água.
A primeira pirâmide alimentar brasileira foi criada em 1999, se baseando principalmente nos padrões alimentares norte-americanos, de onde as pirâmides alimentares haviam sido criadas há mais tempo.
O Ministério da Saúde divulgou em 2013 uma nova pirâmide alimentar que levava em conta a realidade do Brasil e a disponibilidade de alimentos do país.
A principal característica da pirâmide brasileira de 2013 foi a inclusão de alimentos tipicamente brasileiros como arroz e feijão, caju, graviola e castanhas, além de outros alimentos incluídos para evitar casos de má nutrição como o consumo de arroz integral, peixes e verduras de coloração verde escura.
Com a intenção de alertar quanto aos problemas da obesidade, a pirâmide brasileira propõe o consumo de 2000 calorias diárias, diferente da pirâmide americana que estipula um valor de 2500 calorias diárias.
A última atualização do Ministério da Saúde para a alimentação brasileira saudável foi a criação de um “Guia Alimentar para a População Brasileira” para auxiliar na formulação de uma dieta mais saudável, prevenindo doenças como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.
O Guia deixa de considerar grupos alimentares e quantidades e se concentra na forma de produção do alimento, sugerindo evitar comidas processadas industrialmente e os famosos fast-foods.
“A pirâmide alimentar é uma representação gráfica que sistematiza os alimentos de acordo com suas funções e seus nutrientes, indicando como eles devem ser inseridos na alimentação diária e em que proporções. A adotada no Brasil foi criada em 1999, pela pesquisadora Sonia Tucunduva Philippi, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública, da Universidade de São Paulo (USP).
Para se adequar à dieta dos brasileiros e melhorar ainda mais sua qualidade nutricional, considerando fatores como taxa de obesidade e número de casos de doenças como diabetes e colesterol, esse modelo de pirâmide acabou passando por algumas modificações em 2013. As proporções continuaram as mesmas, assim como a disposição dos oito grupos alimentares, como pode ser constatado no infográfico abaixo.
A mudança está na inclusão de novos alimentos, como arroz integral, folhas verde escuras, salmão, sardinha e oleaginosas. A nova pirâmide também conta com a redução do valor energético diário para 2.000 calorias (a de 1999 previa 2.500 calorias), o fracionamento da dieta em seis porções diárias e o incentivo à prática de atividades físicas.
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/07/13/piramide-alimentar-e-redesenhada-para-melhorar-a-dieta-dos-brasileiros.htm>. Acesso em: 22 fev. 16. (Adaptado.)”
Tendo como referência as informações apresentadas no texto e no infográfico, assinale a alternativa correta.