As pteridófitas formam um grupo de vegetais que, na escala evolutiva, podem ter surgidos após as briófitas.
Assim como as briófitas, as pteridófitas também não possuem sementes, e sua reprodução ainda é dependente de água. Porém, diferente desse primeiro grupo, as pteridófitas surgem como o primeiro a possuir vasos condutoresde seiva, sendo essa a sua principal característica.
As samambaias são as principais representantes desse grupo de vegetais, assim como o xaxim e a popularmente chamada de vassourinha.
Atualmente, devido a proibição legal do uso comercial do xaxim - que por muito tempo foi utilizado para fazer vasos e outros objetivos, culminando na quase extinção do vegetal -, as pteridófitas são utilizadas principalmente como plantas ornamentais.
Pteridófitas são plantas vasculares sem sementes, conhecidas como samambaias e avencas. Caracterizam-se por terem ciclos de vida com alternância de gerações, reproduzindo-se por esporos. Exemplos incluem a samambaia-comum (Pteridium aquilinum) e a avenca (Adiantum). Adaptadas a ambientes úmidos e sombreados, as pteridófitas são importantes no ecossistema por ajudar na manutenção da umidade do solo e servir como habitat para diversas espécies.
Dentro do filo das pteridófitas - assim como nas briófitas - são encontradas quatro classes de vegetais:
As pteridófitas são seres eucariontes, pluricelulares e fotossintetizantes, assim como as briófitas. Também possuem a capacidade de se desenvolverem sobre o tronco de vegetais maiores, podendo ser, portanto, epífitas.
São criptógamas, pois não possuem sementes. Entretanto, as pteridófitas formam o primeiro grupo contendo vasos condutores de seiva, conhecidos como xilema e floema. Estes, levam seiva bruta, nutrientes e água para os demais pontos do vegetal, como caule e folhas.
A presença desses vasos condutores deixou o transporte de seiva mais eficiente, contribuindo para a estatura do vegetal. Dessa forma, as pteridófitas possuem um porte mais elevado quando comparadas às briófitas.
Outra principal diferença entre as pteridófitas e as briófitas é quanto a sua geração ou fase dominante: nas pteridófitas, a fase dominante é o esporófito diplóide (2n), enquanto que nas briófitas, a geração dominante é o gametófito haplóide (n).
O corpo das pteridófitas já pode ser dividido em raiz, caule e folhas. No caule, estão presentes os vasos condutores que nutrem todo o organismo.
O caule pode ser subcutâneo e crescer abaixo do solo, ou, ainda, paralelo à sua superfície, sendo, assim, chamado de rizoma.É responsável por sustentar as folhas, que são divididas em partes menores, chamadas folíolos. As folhas mais jovens, geralmente, crescem de forma enrolada e são chamadas de báculos.
Muitas espécies possuem, na parte inferior das folhas, estruturas semelhante a pontos escuros chamados de soros. Estes, são locais onde estão presentes os esporângios, que são responsáveis pela produção dos esporos através de divisões meióticas.
As pteridófitas possuem tecidos especializados no transporte de substâncias: O xilema e o floema.
Podem apresentar reprodução sexuada - através do encontro dos gametas masculino e feminino - ou, ainda, reprodução assexuada - por brotamento ou fragmentação, não gerando variabilidade genética.
O desenvolvimento dos rizomas pode gerar um espaçamento característico entre o organismo, gerando brotos espaçados, que são chamados de estolhos. A partir destes, surgem novas folhas e raízes, podendo ser fragmentados. Assim sendo, um estolho pode se tornar uma planta independente, mas idêntica ao organismo do qual foi separado inicialmente.
A reprodução sexuada envolve a fecundação que, assim como nas briófitas, é dependente de água para a locomoção e encontro dos gametas masculino e feminino.
O ciclo de vida das pteridófitas, às vezes chamado de “ciclo de vida das samambaias”, é marcado por uma fase assexuada (dominante) e uma fase transitória sexuada.
O ciclo se inicia a partir de uma pteridófita adulta diplóide (2n) que, quando atinge a maturidade, desenvolve os soros na parte inferior da planta. Presentes nos soros estão os esporângios, estruturas responsáveis pela formação e maturação dos esporos através de divisões meióticas.
Os soros são, então, dispersados no ambiente. Quando encontram condições favoráveis, geralmente em solo úmido ou com quantidade adequada de água, dos esporos se origina uma planta menor, semelhante a um coração, chamada de protalo. Este é o gametófito haplóide (n) das pteridófitas.
No interior do protalo estão presentes as estruturas reprodutivas masculina (anterídio) e feminina (arquegônio).
A água presente no protalo, geralmente oriunda da chuva, é fundamental para o gameta masculino (anterozóide) se locomover e fecundar o gameta feminino (oosfera), formando um zigoto (2n).
O zigoto (2n) se transforma no embrião (2n), que se desenvolve até formar uma pteridófita adulta diplóide (2n).
Dessa forma, fica evidente as diferenças de reprodução entre as pteridófitas e as briófitas: Nas briófitas, a fase dominante é o gametófito haplóide (n), enquanto que nas pteridófitas, a fase dominante é o esporófito diplóide (2n).
Ainda assim, ambos os grupos dependem de água na reprodução, para o encontro dos gametas.
Abaixo temos o ciclo de vida de uma samambaia. É possível ver a planta adulta diplóide (2n) contendo os soros na parte inferior das folhas, onde está presente o esporângio. Este produz o esporo haplóide (n) que, quando entra em contato com o solo, gera o gametófito haplóide (n). Na presença de água, ocorre o encontro dos gametas haplóides (n) masculino (anterozóide) e feminino (oosfera), gerando um zigoto diplóide (2n).
Responder à questão com base nas afirmativas a seguir, sobre as plantas pteridófitas.
Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas as da alternativa: