Mesmo com muita informação disponível na internet, a depressão ainda é cercada de preconceito e julgamentos que não correspondem à realidade. A depressão é considerada uma questão de saúde pública e é importante saber o que é a depressão, conhecer o seus sintomas, causas e consequências da doença.
A depressão, ou transtorno depressivo, é um distúrbio afetivo manifestado por sintomas emocionais e físicos que afeta, em diferentes níveis, mais de 300 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ainda segundo os dados da OMS, o Brasil é o país da América Latina com mais casos de depressão, o número de pessoas que sofrem com a doença chega a quase 12 milhões.
Depressão e ansiedade são transtornos psiquiátricos diferentes, mas uma pessoa com transtorno depressivo também pode ser acometida por um transtorno ansioso e vice-versa.
A ansiedade é uma reação normal do organismo, que gera tensão, medo e apreensão diante de situações reais ou próximas do real, mas torna-se patológica quando as reações físicas e emocionais passam a ser desproporcionais à situação vivenciada, afetando negativamente a qualidade de vida do indivíduo.
O Brasil é o país com o maior número de pessoas que sofrem com a ansiedade, são mais de 18 milhões de brasileiros afetados pela doença.
A depressão pode apresentar muitos sintomas, um deles é a tristeza. Mas nem toda tristeza é sinal de depressão. Na depressão, o indivíduo pode se sentir triste sem conseguir identificar a razão, essa tristeza piora com o tempo e interfere negativamente na rotina.
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), são alguns dos sinais da depressão:
A depressão pode se manifestar em episódios depressivos em graus leve, moderado e grave. O autor Paulo Dalgalarrondo apresenta oito subtipos de síndromes e transtornos depressivos:
O diagnóstico da depressão é feito por um médico com base nos critérios do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), – V e/ou Classificação Internacional de Doenças (CID 10) aliados a análise da história do paciente.
A depressão pode atingir pessoas de todas as regiões, idades, sexo e classes sociais. Os pesquisadores da área de psicopatologia consideram como causa da depressão a soma de fatores genéticos, biológicos e ambientais.
Não é possível listar hábitos e comportamentos que causem depressão, mas é possível fazer algumas relações graças às pesquisas sobre os transtornos depressivos. Alguns hábitos comuns entre pacientes que enfrentam a depressão, são:
A depressão é uma doença séria e as síndromes depressivas são classificadas como problemas prioritários de saúde pública. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que até o final de 2020 a depressão será a doença mais incapacitante do mundo.
A OMS também aponta a depressão como a principal causa de suicídio. Estima-se que mais de 800 mil pessoas por ano tiram suas próprias vidas em decorrência da depressão.
O tratamento da depressão é prescrito por um médico e pode ter diferenças a depender do subtipo e grau da doença. Normalmente, o tratamento exige associação de medicamentos e psicoterapia (tratamento psicológico), além do desenvolvimento de hábitos que podem ajudar a amenizar os sintomas, segundo a medicina, são eles:
Se você acredita que alguém próximo a você pode estar com depressão, converse com a pessoa a respeito e encoraje-a a buscar ajuda profissional. A depressão é uma doença séria e requer tratamento médico. Não é frescura, não é um mito e não tem relação com afastamento de religião.
Caso você acredite que há alguém com o risco de cometer suicídio, indique entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV). A organização oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária e gratuita pessoas que querem e precisam conversar. O telefone do CVV é 188.
Mais de 21% dos jovens têm sintomas de depressão; 5% tentaram suicídio
Mais de 21% dos brasileiros de 14 a 25 anos têm sintomas indicativos de depressão. Entre as mulheres, a proporção é ainda maior e passa de 28%, segundo dados do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), divulgado nesta quarta-feira (26) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Os pesquisadores do Lenad avaliaram os indicadores do transtorno por meio de uma ferramenta de diagnóstico validada no país, a escala CES-D. Eles alertam, no entanto, que a diferença entre os gêneros pode se dar simplesmente porque as mulheres tendem a relatar mais seus sintomas e procurar ajuda.
Você está deprimido ou é só tristeza?
Confundir tristeza com depressão é muito comum e não traz graves consequências. O problema é quando a pessoa acha que está triste e, na verdade, está deprimida. Nesse caso, além de gerar sofrimento, a situação pode colocar a saúde em risco.
Suicídio
Na população de adolescentes e jovens adultos, quase 1 em cada dez já pensou, em algum momento, em tirar a própria vida – índice que foi semelhante entre os jovens dos dois sexos; 5% dos jovens declararam já terem feito alguma tentativa de suicídio. A OMS prevê que até o ano de 2020 a depressão passe a ser a segunda maior causa de incapacidade e perda de qualidade de vida na população mundial. “Este tipo de dado causa um pouco de espanto, pois, se pensarmos na faixa etária, diríamos que estão na chamada ‘flor da idade’. E, novamente, as meninas são a maioria. Porém, é bom lembrarmos que elas costumam relatar mais facilmente seus sentimentos e opiniões que os garotos”, salienta a psicóloga e doutora em psiquiatria Ilana Pinsky, uma das responsáveis pela pesquisa.
Cármen Guaresemin. Disponível em:
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/03/26/mais-de-21-dos-jovens-tem-sintomas-de-depressao-5-tentaram-suicidio.htm. Acesso em: 18/07/2014. Adaptado.
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