Cada pessoa, objeto ou instrumento apresenta seu próprio som característico. Uma mesma fonte sonora é capaz de produzir vários tipos de sons, como ocorre com nossas cordas vocais ou com uma flauta.
Assim, podemos classificar os sons de acordo com determinadas características, sendo algumas delas: altura ou tom, intensidade ou volume e timbre.
Altura ou tom
A altura ou tom permite classificar os sons em graves ou agudos.
- Sons graves são mais baixos e são chamados de tons grossos. Exemplo de sons graves: sons produzidos pelas tubas ou pelos baixos e contrabaixos de um coral.
- Já os sons agudos são mais altos e são chamados de tons finos. Exemplo de sons agudos: sons produzidos por violinos e guitarras ou os tenores e contraltos em óperas e corais.
A altura do som está também relacionada com a frequência. Os sons graves apresentam frequências menores do que os agudos.
Intensidade ou volume
A partir da intensidade ou volume do som, é possível diferenciar os sons fortes dos fracos. Quanto maior for a amplitude de vibração da fonte sonora, maior será a intensidade do som.
Observe a figura abaixo.
A figura acima mostra que um mesmo som, que apresenta a mesma frequência, poderá ser mais forte para amplitudes de oscilações maiores, ou mais fraco, para amplitudes de oscilações menores.
As ondas sonoras transportam energia de uma região para outra do espaço, e essa energia é descrita por meio da intensidade física (I), que é a quantidade de energia que atravessa perpendicularmente uma superfície de área unitária, em uma unidade de tempo.
Matematicamente, temos:
Onde P é a potência da fonte sonora.
A unidade da intensidade física no sistema internacional (SI) é J/(m.s²) ou W/m².
Outro ponto importante é que a intensidade do som varia com a distância r da fonte. No caso das ondas tridimensionais esféricas, a intensidade é inversamente proporcional ao quadrado da distância do ponto considerado à fonte que emite o som:
Para cada frequência, existe uma intensidade física mínima (\(I_0\)), também chamada de limiar de audibilidade, que vale cerca de \(10^{-12}\) W/m². Abaixo deste valor, não é possível ouvir nenhum som. Para intensidades físicas acima de 1 W/m², a sensação auditiva torna-se dolorosa.
São utilizados logaritmos para definir a intensidade auditiva ou nível sonoro β de um som através da seguinte fórmula:
Onde:
- β é a intensidade auditiva ou nível sonoro;
- I é a intensidade física do som considerado;
- \(I_0\) é o limiar de audibilidade = \(10^{-12}\) W/m².
A unidade de intensidade sonora é bel, B. caso seja usado o submúltiplo decibel (dB), a expressão torna-se:
Timbre
O timbre possibilita identificar e diferenciar sons produzidos por diferentes fontes, mas que apresentam a mesma altura e a mesma intensidade. Por exemplo, a mesma nota produzida por um violino ou um piano é diferenciada pelas diferentes sensações sonoras que causam, isto é, os diferentes timbres.
O timbre depende da maneira como as vibrações ocorrem na fonte sonora, ou seja, depende do formato das ondas sonoras.
A maioria dos instrumentos produzem sons que são misturas do som fundamental com outros sons de maior frequência, conhecidos como sons harmônicos. Os sons harmônicos não são perfeitamente audíveis, pois apresentam intensidades mais baixas do que as do som fundamental. Apesar disso, são esses sons que nos permitem distingui-los.
Portanto, o som emitido por um violino ou um piano é diferenciado através do número e da intensidade dos sons harmônicos que acompanham o som fundamental de cada um desses instrumentos. É essa diferença que irá proporcionar timbres diferentes ao mesmo som fundamental.