A cartografia é o ramo da ciência que estuda as representações da Terra (ou de uma parte dela) através de instrumentos como mapas, cartas, etc., com a orientação definida.
A cartografia é o ramo da ciência que estuda as representações da Terra (ou de uma parte dela) através de instrumentos como mapas, cartas, etc., com a orientação definida.
As representações cartográficas variam de acordo com a escala e com o uso para o qual são destinadas. Através de diversos métodos, o planeta pode ser estudado a partir de representações diferentes.
Representação sobre uma superfície esférica, com escala extremamente pequena, e que aborda aspectos gerais de áreas maiores (escala mundial).
Representação plana, com escala pequena, e que tem como objetivo estudar áreas mais delimitadas como bacias hidrográficas, acidentes naturais e divisões político-administrativas.
Representação plana de escala que varia de média a grande. Uma carta está articulada em diversas folhas de cartas (o mapeamento de territórios nacionais pode ser feito a partir desse tipo de representação).
Representação plana que possui escala de extrema grandeza. Utilizada em mapeamentos em que há a necessidade de detalhes e de delimitação de uma área muito menor.
A Grécia contribuiu enormemente para o desenvolvimento das ciências. No século VI a.C, expedições militares e de navegação impulsionaram cosmógrafos, astrônomos e matemáticos a buscar métodos para representar a superfície da Terra.
Já no Império Romano, Ptolomeu (90-168 d.C), através de seus estudos produziu o que é considerado o primeiro Atlas Universal, disseminou o uso das coordenadas geográficas e das projeções cartográficas. Seu trabalho foi reproduzido muitas vezes durante a Idade Média, até que surgisse um mapa com maior precisão, o que só ocorreria séculos depois, com Mercator.
Durante a Idade Média, período que se estendeu da queda do Império Romano (476 d.C.) a tomada de Constantinopla (1453 d.C.), a Cartografia experimentou uma fase de estagnação, na qual todas as conquistas científicas realizadas anteriormente foram substituídas por uma representação simbólica, de caráter religioso.
Ainda na Idade Média, Isodoro (570-636 d.C.), Bispo de Sevilha, criou o conhecido Mapa T-0. Este mapa esquemático tinha o seguinte significado: o "T" representava os três cursos d'água que dividiam determinado território - o Mediterrâneo, que separa a Europa da África; o Nilo, separando a África da Ásia; e o Don, entre a Ásia e a Europa. Esse território teria sido dividido por Noé entre seus três filhos após o Dilúvio. Além disso, o "T" também simbolizava a cruz e na sua junção estaria localizada Jerusalém, centro do mundo.
Porém, com o início das grandes expedições marítimas, por volta do século XVI, a Cartografia ganhou força. Os navegantes carregavam anotações, nas quais eram registrados os rumos (direções) e as distâncias entre os portos visitados. Também eram feitos desenhos para facilitar a navegação, sem preocupação com sistemas de projeções. Essas anotações receberam o nome de Portulanos, ou Cartas Portulanos.
Durante muitos séculos, os mapas foram um privilégio da elite. Apenas reis, nobres, alto clero, grandes navegadores e armadores de expedições marítimas tinham acesso a esse tipo de informação. Somente a partir da invenção da imprensa, na segunda metade do século XV, os mapas foram disseminados para outras parcelas da população.
Foi Mercator (1512-1594) quem primeiro utilizou a palavra Atlas para nomear uma coleção de mapas. Mas sua maior contribuição foi o sistema de projeção, que recebeu seu nome e, até hoje, é muito utilizada. A Projeção Cilíndrica de Mercator surgiu para auxiliar na navegação.
Com a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, cresceu o investimento na produção de instrumentos cartográficos. Como exemplos de grandes nomes desta época temos: John Hadley (1682-1744), responsável pela construção do primeiro telescópio refletor usado em astronomia; John Harrison (1693-1776), relojoeiro que inventou um cronômetro marinho, fundamental para a solução do problema das longitudes, e Jesse Ramsden (1735-1800), que desenvolveu o sextante e o teodolito.
Os mapas, tradicionalmente feitos usando material de escrita, a partir do aparecimento dos computadores e dos satélites, conheceram uma verdadeira revolução. Atualmente, são confeccionados a partir de softwares específicos. Os dados assim obtidos ou processados são mantidos em bases de dados.
O Sistema de Informações Geográficas – SIG é um conjunto de sistemas de softwares e hardwares capazes de produzir, armazenar, processar, analisar e representar informações sobre o espaço, tendo como produto final mapas, imagens de satélites, cartas topográficas, gráficos e tabelas, por exemplo.
Uma das principais aplicações do SIG é no planejamento e ordenamento territorial, como o planejamento urbano de uma cidade, o planejamento ambiental, o controle do desmatamento, etc. Cada vez mais órgãos públicos e privados utilizam do SIG.
Exemplos de SIG são: Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto e GPS. Cada uma dessas três ferramentas tem uma função específica.
O Sensoriamento Remoto é um conjunto de técnicas utilizado para a captação de imagens por meio de sensores de satélites, acoplados a equipamentos fotográficos e scanners. É o conjunto de técnicas de observação e registro, a distância, das características da superfície terrestre. A fotografia aérea e a imagem de satélite são a base do Sensoriamento Remoto.
Com o desenvolvimento da aviação, as fotografias aéreas começaram a ser bastante utilizadas, principalmente nos conflitos militares, levando os governos a investirem cada vez mais na aerofotogrametria. Assim, o uso de fotos se intensificou, permitindo que os mapas apresentassem mais informações e em melhor qualidade.
A aerofotogrametria é uma técnica de elaboração de mapas a partir do uso de fotografias aéreas. As primeiras experiências desse método são de meados do século XIX.
A imagem de satélite é um arquivo de imagem obtido por Sensoriamento Remoto a partir de um satélite artificial que orbita ao redor da Terra.
Os satélites que vêm sendo utilizados para a coleta de dados cartográficos que apresentam resolução (tamanho mínimo de um detalhe) de até 10m do terreno, numa periodicidade (tempo em que o equipamento retorno para o ponto inicial) de aproximadamente 18 dias e com uma abrangência de área de mais ou menos 185km de extensão de uma só vez. Por isso, é importante lembrarmos que as escalas de imagens de satélite normalmente são muito pequenas, pois abrangem uma área maior só que em menor detalhe.
Leia o texto.
DigitalGlobe divulga imagens de satélite do local da captura de Osama Bin Laden
A DigitalGlobe divulgou em seu site, nesta quinta-feira, imagens de satélite da região de Abbottabad, Paquistão, onde Osama Bin Laden estava refugiado. De acordo com a agência Fox News, uma equipe de 40 soldados Seal da marinha dos Estados Unidos capturou e matou o terrorista responsável pela morte de milhares de cidadãos americanos. A comparação de imagens de satélite de junho de 2005 e janeiro de 2011, feita pela DigitalGlobe, revela a expansão da mansão onde Osama se escondia.
Sobre o tipo de imagem de satélite mostrado na reportagem acima, assinale a alternativa correta.