A região costeira do Brasil sofre, anualmente, com diversos desastres relacionados a deslizamentos de terra e inundações, decorrentes de chuvas fortes. Estes eventos costumam causar vários danos e perdas materiais e humanas.
Por mais que o ser humano não possa controlar o regime de chuvas, há diversas outras ações - por exemplo, políticas públicas de planejamento urbano e ambiental - que podem prevenir, ou pelo menos, amenizar os danos de fenômenos como os deslizamentos de terra e as inundações.
Veremos, a seguir, a definição destes fenômenos, assim como suas causas e como preveni-los.
Deslizamento de terra é a denominação comum para alguns movimentos de massa, nos quais ocorrem o desprendimento de material rochoso e, também, de solo, vertente abaixo. É um fenômeno natural, que costuma ocorrer por conta de chuvas fortes.
Dentre os fatores naturais que podem agravar as consequências dos deslizamentos de terra, destacam-se:
Por mais que seja um fenômeno natural, a ocupação humana indevida e predatória pode acelerar e agravar processos que desencadeiam um deslizamento. Algumas das ações antrópicas que que contribuem para isso são:
Enchentes, assim como os deslizamentos de terra, são fenômenos naturais, nos quais um corpo d’água, como consequência de um regime de chuvas mais intenso, enche-se acima de seu volume e de sua vazão.
Em áreas urbanas, as enchentes se tornam verdadeiros problemas quando o escoamento da água da chuvas não é feito de maneira correta. Conceitualmente, as enchentes que ocorrem em áreas urbanas são chamadas de inundações.
Alguns fatores que agravam as enchentes em áreas urbanas:
Agentes e órgãos governamentais têm papel principal na remediação e prevenção destes desastres. Primeiramente, é essencial detectar áreas de risco, mapeá-las e monitorá-las.
Em relação aos deslizamentos de terra, o governo tem a responsabilidade de desocupar potenciais áreas de risco e fazer ações de recuperação ambiental - por exemplo, plantando espécies nativas de árvores para recuperar a vegetação. É importante, também, conscientizar a população local para que não haja a ocupação indevida de áreas de risco.
No que tange às inundações, é preciso criar uma rede eficiente de escoamento da água da chuva, além de conscientizar a população para manter bueiros e outras vias livre de lixo. Criar uma rede eficiente pode ser um desafio em uma cidade antiga, mas é um investimento de longo prazo. É necessário também criar mais áreas com solo natural, para que a água da chuva escoe naturalmente.
Observe a figura a seguir.
(Fonte: CUNHA, Márcio Angelieri (coord.). A ocupação de encostas. São Paulo: IPT, 1991.)
As áreas de encosta tornam-se áreas de risco em virtude da potencialidade de escorregamento de massas (ou deslizamento), devido, entre outros fatores, à ocorrência de chuvas intensas e/ou contínuas. Mas atribuir exclusivamente ao clima a responsabilidade sobre os deslizamentos catastróficos nas encostas existentes nas cidades brasileiras é esconder a causa principal do problema.
Tendo em vista a afirmação feita, podem-se citar outros fatores envolvidos nessa situação, EXCETO