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Deslizamentos de terra e inundações

Geografia - Manual do Enem
Giulia Giacomini Kiefer Publicado por Giulia Giacomini Kiefer
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

A região costeira do Brasil sofre, anualmente, com diversos desastres relacionados a deslizamentos de terra e inundações, decorrentes de chuvas fortes. Estes eventos costumam causar vários danos e perdas materiais e humanas.

Por mais que o ser humano não possa controlar o regime de chuvas, há diversas outras ações - por exemplo, políticas públicas de planejamento urbano e ambiental - que podem prevenir, ou pelo menos, amenizar os danos de fenômenos como os deslizamentos de terra e as inundações.

Veremos, a seguir, a definição destes fenômenos, assim como suas causas e como preveni-los.

Deslizamento de terra no estado de Virgínia, nos Estados Unidos, após uma tempestade tropical.

Deslizamentos de terra

Deslizamento de terra é a denominação comum para alguns movimentos de massa, nos quais ocorrem o desprendimento de material rochoso e, também, de solo, vertente abaixo. É um fenômeno natural, que costuma ocorrer por conta de chuvas fortes. 

Dentre os fatores naturais que podem agravar as consequências dos deslizamentos de terra, destacam-se:

  • declividade: quanto mais íngreme a vertente, maior será a velocidade - e, consequentemente, a força - que o material desprendido atingirá; 
  • tipo de material/solo: alguns tipos de rochas e de solo são mais propensos à desagregação do que outros.

Por mais que seja um fenômeno natural, a ocupação humana indevida e predatória pode acelerar e agravar processos que desencadeiam um deslizamento. Algumas das ações antrópicas que que contribuem para isso são: 

  • desmatamento: as raízes da vegetação natural auxiliam na fixação e coesão do solo, por isso, a falta de cobertura vegetal, ocasionada pelo desmatamento, é capaz de agravar os deslizamentos de terra; 
  • excesso de construções na vertente: a construção de casas, prédios e estradas, além de outras estruturas, adicionam peso à vertente, o que pode não só acelerar um deslizamento, como também aumentar seu potencial de destruição. 

Inundações

Enchentes, assim como os deslizamentos de terra, são fenômenos naturais, nos quais um corpo d’água, como consequência de um regime de chuvas mais intenso, enche-se acima de seu volume e de sua vazão. 

Em áreas urbanas, as enchentes se tornam verdadeiros problemas quando o escoamento da água da chuvas não é feito de maneira correta. Conceitualmente, as enchentes que ocorrem em áreas urbanas são chamadas de inundações.

Alguns fatores que agravam as enchentes em áreas urbanas: 

  • impermeabilização do solo urbano: o solo urbano, impermeabilizado pelo concreto e pelo asfalto, dificulta o escoamento da água da chuva e propicia a sua acumulação na superfície;
  • rede artificial de escoamento: visto que as instalações urbanas alteram a forma e a dinâmica dos corpos d'água, o planejamento urbano deve criar uma rede de escoamento via bueiros e outras estruturas que possa captar e escoar devidamente a água da chuva.

A responsabilidade do poder público

Marginal Pinheiros, em São Paulo. A constante poluição e o “endireitamento” do Rio Pinheiros (acabar com as curvas naturais do rio) o tornaram um problema: as chuvas de verão sempre inundam o rio.

Agentes e órgãos governamentais têm papel principal na remediação e prevenção destes desastres. Primeiramente, é essencial detectar áreas de risco, mapeá-las e monitorá-las.

Em relação aos deslizamentos de terra, o governo tem a responsabilidade de desocupar potenciais áreas de risco e fazer ações de recuperação ambiental - por exemplo, plantando espécies nativas de árvores para recuperar a vegetação. É importante, também, conscientizar a população local para que não haja a ocupação indevida de áreas de risco.

No que tange às inundações, é preciso criar uma rede eficiente de escoamento da água da chuva, além de conscientizar a população para manter bueiros e outras vias livre de lixo. Criar uma rede eficiente pode ser um desafio em uma cidade antiga, mas é um investimento de longo prazo. É necessário também criar mais áreas com solo natural, para que a água da chuva escoe naturalmente. 

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
FMC/2012

Observe a figura a seguir.

(Fonte: CUNHA, Márcio Angelieri (coord.). A ocupação de encostas. São Paulo: IPT, 1991.)

As áreas de encosta tornam-se áreas de risco em virtude da potencialidade de escorregamento de massas (ou deslizamento), devido, entre outros fatores, à ocorrência de chuvas intensas e/ou contínuas. Mas atribuir exclusivamente ao clima a responsabilidade sobre os deslizamentos catastróficos nas encostas existentes nas cidades brasileiras é esconder a causa principal do problema.

Tendo em vista a afirmação feita, podem-se citar outros fatores envolvidos nessa situação, EXCETO

A a falta de planejamento e a construção de moradias precárias
B a intensificação do desmatamento e a ocupação irregular
C o déficit social e o colapso da infraestrutura
D o crescimento urbano e a especulação imobiliária
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