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Economia global atual

Geografia - Manual do Enem
Gabriela Costa Costa Publicado por Gabriela Costa Costa
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

As questões econômicas do século XXI se relacionam diretamente com a chamada Terceira Revolução Industrial, que tem entre suas principais características a mecanização do campo e o desenvolvimento de novas técnicas agrícolas (pesticidas, transgênicos, etc.) na chamada Revolução Verde.

globalização, sobretudo ao se considerar os acordos de Bretton Woods e o surgimento do mundo da informática, com o uso do computador pessoal e da Internet, também são fatores que compõem a Terceira Revolução Industrial, que caracteriza a Economia global atual.

Revolução Verde

No século XIX, era imperativa a teoria malthusiana acerca da distribuição de alimentos, que alerta que a produção de provisões não seria capaz de suprir a demanda global. Essa lógica deixa de ser verdadeira com o alvorecer da Revolução Verde

O norte-americano Norman Borlaug (1914-2009), ao pesquisar espécies de trigo resistente a pragas, foi capaz de tornar o México autossuficiente na produção de trigo. 

Este foi um acontecimento crucial, porque, desde então, as pesquisas no campo avançaram vertiginosamente com uma mecanização extensiva. Antes da Primeira Guerra Mundial, cerca de 1/3 da população de um país industrial-padrão era formado por produtores agrícolas. 

No fim da Segunda Guerra Mundial, essa proporção caiu para menos de 1/6 e diminuía de forma rápida. Esta queda tem implicações diretas na organização do trabalho, uma vez que se torna necessária cada vez menos mão de obra no campo tem-se a transferência dessa demanda para a cidade

Desse modo, por um lado tem-se os resquícios dessa mão de obra não especializada que não encontra mais trabalho no campo e, por outro, tem-se a oferta de trabalhos cada vez mais especializados.

Bretton Woods

Acordo de Bretton Woods, assinado na cidade homônima em 1944, criou instituições e medidas que afetaram imensamente a economia global. O acordo visava de fato estabelecer as bases sobre as quais a economia seguiria no pós-guerra

Uma das suas principais medidas foi tornar o dólar a moeda de referência para os países signatários do acordo que, por sua vez, tinham seu lastro em ouro. Isto é, era assegurado para qualquer detentor de dólar trocar o mesmo por um valor fixado em ouro. 

Essa medida deu enorme poder de mercado para os Estados Unidos. Com esse acordo, nasce também muitas instituições financeiras que, até hoje, regulamentam a economia mundial, como o Banco Mundial, que opera como uma agência de crédito internacional, e o FMI, no qual os países podem agir como investidores internacionais. 

O núcleo duro do Bretton Woods vigora até 1971, quando então se abre mão do lastro em ouro.

Crises do petróleo

Entre 1970 e 1973 a economia mundial ganhou volume, a base monetária (o dinheiro emitido pelo país) cresceu cerca de 40% nos EUA e 70% na Grã-Bretanha. Essa situação gerou uma inflação, revertida no aumento do valor de inúmeros produtos. 

Acontecia que o mesmo não se revertia com o barril do petróleo, com preço fixado no período em questão. Os países em desenvolvimento que produziam petróleo criaram a OPEP, cujo principal objetivo era aumentar a alíquota de impostos e os royalties que as empresas petrolíferas pagavam. 

OPEP quadruplicou o preço do barril do petróleo, chegando na casa de US$ 33. Essa medida teve impacto extraordinário no mundo, mergulhado em uma crise similar à grande depressão de 1930.

A forma de contenção da crise encontrada pelos países foi a criação de empregos públicos

Entre 1971 e 1983, o governo de pelo menos um país industrial, cujos gastos representavam em média 33% da economia, passou a gastar 42%, e os aumentos foram ainda maiores em alguns países – de 45% para 66% do PIB na Suécia; e de 49% para 66% nos Países Baixos. 

As nações industriais passaram a contratar um milhão de novos funcionários públicos a cada ano e, até 1983, os governos se tornaram responsáveis, em média, por 20% de todos os empregos, chegando a mais de 30% em alguns países. 

Essas medidas fizeram com que os Estados se endividassem imensamente abrindo espaço para a política neoliberal na década de 1990.

Crise financeira de 2008

Podemos dizer que a crise de 2008, tal como foi inicialmente chamada, teve o seu estopim com o estouro da chamada bolha imobiliária nos Estados Unidos. 

bolha econômica acontece quando um produto eleva-se muito além do valor que esse produto deveria ter. Quando os preços caem, em face do esgotamento dessa supervalorização, a bolha estoura e a crise se expande.

Nos Estados Unidos, a crise se desenvolveu a partir da hipoteca, prática muito comum no país. A hipoteca consiste na obtenção de empréstimos tendo o imóvel como garantia. Os juros nos Estados Unidos, então, eram muito baixos e havia muita possibilidade de crédito.

Assim, as pessoas passaram a hipotecar suas casas para investirem em mais imóveis. Isso tornou o mercado imobiliário altamente atrativo, sendo um alvo de empresas e investidores de todos os tipos.

O governo dos Estados Unidos precisou diminuir o crédito para conter o crescimento da inflação, o que passou a ser uma ameaça em virtude da aceleração da valorização do preço dos produtos.

Os imóveis passaram a valer menos, então muitas pessoas deixaram de pagar suas hipotecas, que se tornaram “subprime”. De modo que essa crise também ficou conhecida como crise do subprime.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
PUCCAMP

O reconhecimento, por parte dos teóricos do capitalismo, de que o atual estágio da economia requeria a reformulação das concepções liberais, especialmente no que toca à atuação do Estado, deu origem a uma doutrina batizada de neoliberalismo. Algumas de suas bases são:

A A revisão do sistema de propriedade agrária com a promoção de reforma agrária gradual, como que se busca reequilibrar a distribuição da população entre o campo e os centros urbanos.
B A criação de políticas assistencialistas com o objetivo de reduzir as diferenças sociais por meio do apoio financeiro e centrais sindicais e organizações não governamentais.
C A intervenção estatal nos mais amplos setores produtivos a fim de garantir empregos, salários e estimular a participação dos trabalhadores nos lucros a partir de determinados índices de produtividade.
D A atuação do Estado para garantir estabilidade econômica por meio do controle de taxas de juros, estabelecimentos de políticas cambiais e privatização de setores antes considerados estratégicos.
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