Entre 1970 e 1973 a economia mundial ganhou volume, a base monetária (o dinheiro emitido pelo país) cresceu cerca de 40% nos EUA e 70% na Grã-Bretanha. Essa situação gerou uma inflação, revertida no aumento do valor de inúmeros produtos.
Acontecia que o mesmo não se revertia com o barril do petróleo, com preço fixado no período em questão. Os países em desenvolvimento que produziam petróleo criaram a OPEP, cujo principal objetivo era aumentar a alíquota de impostos e os royalties que as empresas petrolíferas pagavam.
A OPEP quadruplicou o preço do barril do petróleo, chegando na casa de US$ 33. Essa medida teve impacto extraordinário no mundo, mergulhado em uma crise similar à grande depressão de 1930.
A forma de contenção da crise encontrada pelos países foi a criação de empregos públicos.
Entre 1971 e 1983, o governo de pelo menos um país industrial, cujos gastos representavam em média 33% da economia, passou a gastar 42%, e os aumentos foram ainda maiores em alguns países – de 45% para 66% do PIB na Suécia; e de 49% para 66% nos Países Baixos.
As nações industriais passaram a contratar um milhão de novos funcionários públicos a cada ano e, até 1983, os governos se tornaram responsáveis, em média, por 20% de todos os empregos, chegando a mais de 30% em alguns países.
Essas medidas fizeram com que os Estados se endividassem imensamente abrindo espaço para a política neoliberal na década de 1990.