Logo da Quero Bolsa
Como funciona
  1. Busque sua bolsa

    Escolha um curso e encontre a melhor opção pra você.


  2. Garanta sua bolsa

    Faça a sua adesão e siga os passos para o processo seletivo.


  3. Estude pagando menos

    Aí é só realizar a matrícula e mandar ver nos estudos.


Faixa de Gaza

Geografia - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

A região conhecida como Faixa de Gaza compreende uma pequena faixa de terra localizada no Oriente Médio. A região faz fronteira com o Egito, Israel e o Mar Mediterrâneo.

Essa região corresponde a um pedaço de 365 km² destinado à população árabe residente na região da Palestina. A divisão do território foi feita pela ONU em 1947, através da assinatura da Partilha da Palestina.

A região é marcada por conflitos entre israelenses e palestinos. A guerra ininterrupta faz a região sofrer com a pobreza extrema, desemprego, falta de água potável e saneamento, falta de alimentos e altas taxas de desemprego, que chega a atingir mais de 50% dos jovens.

Mapa de Israel e Faixa de Gaza

Origem de Gaza

A cidade de Gaza foi fundada pelos filisteus. No decorrer dos séculos, foi invadida por uma série de povos, como os israelitas, babilônicos, persas e assírios. Foi durante a invasão macedônica que o povo da região teve contato com a cultura helenística. Israel e a cidade de Gaza também já foram domínio romano.

O nome Gaza remete à cidade mais importante do local. Após o domínio romano, Gaza e a região foram submetidas ao poder dos bizantinos e árabes.

Em seguida, o Império Otomano estabeleceu-se na região, e seu domínio durou até o final da Primeira Guerra Mundial, em 1917. Com o fim do conflito, a Inglaterra assumiu o domínio do território até o fim da Primeira Guerra Árabe Israelense. Após o fim deste conflito, a região passou a ser controlada pelo Egito.

A região sempre foi alvo de disputa de terras e conflitos violentos, principalmente entre árabes e israelenses. A partilha da região foi feita com a intervenção da ONU, em 1947.

No entanto, as guerras e conflitos nunca chegaram ao fim e se estendem até os dias atuais. Contam, inclusive, com a intervenção militar de outros países.

Conflitos e Guerra

Após a Segunda Guerra Mundial, em 1947 a ONU concretiza o processo de partilha da região, com a intenção de garantir um território aos judeus.

É criado, então, o Estado deIsrael, destinado aos judeus, e a Palestina, região a ser habitada pelos árabes. Foi criada, também, a Faixa de Gaza, uma região que não possui um domínio muito bem especificado.

Os árabes não reconhecem a criação do Estado de Israel e dão início a violentos conflitos armados.

Após a Primeira Guerra Árabe Israelense, que durou de 1948 a 1949, milhares de refugiados palestinos expulsos de Israel buscaram abrigo em Gaza. Após o fim do conflito, o Egito dominou a região e exerceu o controle de 1949 a 1967.

Em 1967, iniciou-se um novo conflito entre Israel e Palestina: a Guerra dos Seis Dias.

A finalidade do conflito era a expansão territorial. Ao fim do conflito que durou seis dias, Israel demonstrou poderio militar e conquistou a Faixa de Gaza, áreas da Cisjordânia, a região das Colinas de Golã na Síria e a Península do Sinai, no Egito. Após a conquista, Israel estabeleceu acampamentos judeus nas áreas.

Em 1979, através dos acordos de Camp David, mediados pelos Estados Unidos, foram firmados acordos de paz entre Israel e Egito. A Península do Sinai foi devolvida aos egípcios que, em troca, reconheceram a soberania do Estado de Israel.

Ainda com a posse da Faixa de Gaza, Israel demonstrou seu domínio e poderio militar sobre os palestinos que ocupavam a região. Em resposta, os palestinos organizaram grupos extremistas de base religiosa, como o Hamas, que têm a intenção de reunir jovens para realizar ataques terroristas contra os israelenses e garantir o controle palestino sobre mais áreas.

Em 1993, ainda em clima de conflito, Israel assinou uma série de acordos no período - os Acordos de Oslo - e se comprometeu a retirar civis e militares da Faixa de Gaza e reconhecer a autonomia palestina. Entretanto, os acordos não foram cumpridos e Israel inclusive aumentou suas as áreas de ocupação.

Somente no ano de 2005 Israel inicia a operação de retirada de israelenses da Faixa de Gaza, que foi concluída em setembro do mesmo ano.

O grupo Hamas, então, ganhou força na região e conquistou diversas cadeiras no parlamento, o que deu início a mais uma situação de iminentes conflitos violentos entre dois grupos palestinos, o Hamas e o Fatah.

Em 2007, o Hamas expulsou o Fatah da área. Israel, então, envia tropas e faz uma série de ataques na região, em resposta aos ataques feitos a israelenses e a violência do Hamas.

O Fatah, assim, recebe, no mesmo ano, apoio de Israel, Estados Unidos e União Europeia. A Faixa de Gaza e outras regiões palestinas passam a enfrentar o boicote econômico dos apoiadores do Fatah.

Em 2008, Hamas e Israel firmam um acordo de cessar fogo, que dura apenas 6 meses. Diante do fim do acordo, os ataques aéreos e conflitos militares entre Israel e o Hamas permanecem, passando por curtos períodos de calmaria.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UNICAMP/2012

Em discurso proferido em 20 de maio de 2011, o então presidente dos EUA, Barack Obama, pronunciou-se sobre as negociações relativas ao conflito entre palestinos e israelenses, propondo o retorno à configuração territorial anterior à Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967. Sobre o contexto relacionado ao conflito mencionado é correto afirmar que:

A A criação do Estado de Israel, em 1948, marcou o início de um período de instabilidade no Oriente Médio, pois significou o confisco dos territórios do Estado da Palestina que existia até então e desagradou o mundo árabe.
B A Guerra dos Seis Dias insere-se no contexto de outras disputas entre árabes e israelenses, por causa das reservas de petróleo localizadas naquela região do Oriente Médio.
C A Guerra dos Seis Dias significou a ampliação territorial de Israel, com a anexação de territórios, justificada pelos israelenses como medida preventiva para garantir sua segurança contra ações árabes.
D O discurso de Obama representa a postura tradicional da diplomacia norte-americana, que defende a existência dos Estados de Israel e da Palestina, e diverge da diplomacia europeia, que condena a existência dos dois Estados.
Prepare-se para o Enem com a Quero Bolsa! Receba conteúdos e notícias sobre o exame diretamente no seu e-mail