Logo da Quero Bolsa
Como funciona
  1. Busque sua bolsa

    Escolha um curso e encontre a melhor opção pra você.


  2. Garanta sua bolsa

    Faça a sua adesão e siga os passos para o processo seletivo.


  3. Estude pagando menos

    Aí é só realizar a matrícula e mandar ver nos estudos.


Fordismo: veja como surgiu e principais características

Geografia - Manual do Enem
Maria Clara Cavalcanti Publicado por Maria Clara Cavalcanti
 -  Última atualização: 28/4/2023

Índice

Introdução

Fordismo é o nome dado ao sistema de produção industrial criado pelo empreendedor estadunidense Henry Ford em 1914. Ford foi o fundador da Ford Motor Company, empresa em que aplicou o modelo de produção que criou.

O Fordismo é caracterizado pela aplicação extraordinária e eficaz da linha de montagem semiautomática, de uma gestão diferenciada do trabalho e da produção em larga escala

O objetivo fundamental da criação e implementação do Fordismo foi a redução dos custos de produção - e a consequente redução dos preços dos produtos -, ampliando, assim, o acesso a um maior número de consumidores e aumentando os lucros das empresas. 

O Fordismo foi o sistema produtivo empregado durante a chamada Segunda Revolução Industrial. Consolidou-se no período do pós-guerra e garantiu o crescimento econômico de vários países desenvolvidos na Europa nesse período. 

📚 Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚   

Histórico

Até as primeiras décadas do século XX, os automóveis eram fabricados de maneira artesanal, fazendo com que o tempo prolongado de produção e a mão de obra necessária tornassem os veículos extremamente caros - e seu consumo restrito a um número reduzido de pessoas que possuíam poder aquisitivo suficiente para adquiri-los. 

O Fordismo foi desenvolvido por um empreendedor estadunidense que, seguindo os princípios de padronização e simplificação do Taylorismo, investiu em tecnologias de produção e na verticalização do controle dos processos.

Em 1914, Henry Ford instalou em sua indústria automobilística a primeira linha de produção semiautomotizada, a famosa linha de montagem. Além disso, escreveu e publicou o livro “Minha filosofia e indústria”, onde conta sobre o desenvolvimento de seu sistema e suas ideias empreendedoras. 

Fotografia de Henry FordFotografia de Henry Ford.

Linha de montagem

A linha de montagem é uma estrutura industrial onde uma esteira suporta e transporta os produtos que vão recebendo intervenções de funcionários específicos até que se atinja o resultado final.

Esse sistema fez com que mais carros pudessem ser produzidos em menos tempo, diminuindo os custos de produção e por consequência, os preços dos produtos.

O Ford T foi o primeiro produto fabricado pelo sistema fordista e possuía um preço muito abaixo dos carros de outras marcas. 

É importante pontuar que a criação da linha de montagem só foi possível devido aos fortes investimentos em maquinários e instalações industriais no período. 

Características do Fordismo

Existem três princípios fundamentais do modelo de produção desenvolvido por Henry Ford.

  • Intensificação: redução do tempo de produção e aceleramento da chegada do produto no mercado, a partir do investimento em tecnologias;
  • Economicidade: objetiva a redução dos estoques das empresas;
  • Produtividade: especialização da produtividade.

A partir destes três princípios, desenvolveram-se características específicas, como: 

  • A introdução da linha de montagem. A linha de montagem barateou os custos da produção e dos produtos, aumentou a possibilidade de acesso e, sendo assim, contribuiu para o alargamento do mercado consumidor e o aumento dos lucros.
  • sistema de pagamentos, bônus e recompensas de acordo com o aumento da produtividade. Esse sistema ampliou o poder de compra dos próprios funcionários, que tornavam-se, portanto, parte do mercado consumidor.
  • Cada funcionário é especializado em uma determinada função ou etapa da produção. Repete-a várias vezes ao dia, por meses, no tempo em que está empregado na fábrica. Além disso, as indústrias fordistas não investem ou buscam qualificação na contratação dos funcionários, uma vez que o domínio destes precisa ser apenas sobre uma parte pequena do processo produtivo.
  • Produção em larga escala.
  • Produtos padronizados. O Ford T, por exemplo, teve 2 milhões de exemplares idênticos produzidos em um período de 10 anos.

Anos Dourados 

O período que se estendeu entre 1945 e 1968 é chamado Anos Dourados e considerado o ápice do sistema fordista. Esse ciclo próspero modificou a economia e as condições de vida da população durante um bom tempo. Nesse período, foram construídas inúmeras rodovias - e cidades e polos comerciais se desenvolveram em torno delas. 

O declínio do sistema fordista

O Fordismo começou a declinar a partir da década de 1970, quando empresas como General Motors obtiveram sucesso na flexibilização de seus sistema de produção.

Além disso, o desenvolvimento do modelo toyotista substituiu o Fordismo em diversas empresas no mundo. A partir dos anos 2000, o Fordismo se tornou um sistema em extinção. 

Charles Chaplin em Tempos Modernos. O filme faz uma crítica ao sistema fordista.

Charles Chaplin em Tempos Modernos. O filme faz uma crítica ao sistema fordista. 

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
ENEM/2014

A introdução da organização científica taylorista do trabalho e sua fusão com o fordismo acabaram por representar a forma mais avançada da racionalização capitalista do processo de trabalho ao longo de várias décadas do século XX.

(ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009 (adaptado))

O objetivo desse modelo de organização do trabalho é o alcance da eficiência máxima no processo produtivo industrial que, para tanto:

A adota estruturas de produção horizontalizadas, privilegiando as terceirizações.
B requer trabalhadores qualificados, polivalentes e aptos para as oscilações da demanda.
C procede à produção em pequena escala, mantendo os estoques baixos e a demanda crescente.
D decompõe a produção em tarefas fragmentadas e repetitivas, complementares na construção do produto.
E outorga aos trabalhadores a extensão da jornada de trabalho para que eles definam o ritmo de execução de suas tarefas.
Prepare-se para o Enem com a Quero Bolsa! Receba conteúdos e notícias sobre o exame diretamente no seu e-mail