Desde o Egito Antigo, a preocupação com a contagem das horas faz parte do cotidiano da população. Até a metade do século XIX, não existia um padrão para determinação das horas. Por isso, cada lugar estabelecia um horário a ser respeitado por seus habitantes.
Normalmente, a hora de uma região era acertada ao meio-dia, momento em que o sol estivesse a pino, isto é, iluminando perpendicularmente o meridiano que passava naquele local.
Somente no fim do século XIX, mais precisamente em 1878, que essa situação começou a mudar. O engenheiro canadense Sir Sanford Fleming, após estudar o movimento de rotação da Terra, sugeriu que um sistema de zonas de tempo fosse adotado no mundo inteiro e propôs a divisão do planeta em 24 faixas ou fusos, cada uma equivalente a uma hora.
A quantidade de fusos estabelecidos considerou que o planeta leva aproximadamente 24 horas para realizar a rotação. Dividindo a circunferência da Terra (360º) pelo número de horas do dia, tem-se que cada fuso horário compreende uma faixa de 15º de longitude.
Em 1884, 41 delegados de 25 nações se reuniram em Washington-DC, capital estadunidense para a Conferência Internacional do Meridiano e decidiram que:
- O dia universal teria a duração de um Dia Sideral (período de rotação da Terra), começaria à meia-noite no Meridiano de Greenwich e seria contado no formato de 0 a 24 horas;
- Cada fuso horário se estende de 7°30' para Leste a 7°30' para Oeste, o que totaliza uma "faixa" de 15º de longitude. Portanto, dentro da faixa de abrangência do fuso, todos os horários devem marcar a mesma hora que será a do fuso de referência.O Meridiano de Greenwich é uma linha imaginária que liga o Pólo Norte ao Pólo Sul, localizada na cidade inglesa de mesmo nome. Em Greenwich encontra-se o Observatório Real de Greenwich, onde o principal telescópio era chamado de The Primary Transit.
O meridiano que passava sobre telescópio foi adotado como referência para a Grã-Bretanha anteriormente.
Definiram-se 12 fusos a Leste do Meridiano de Greenwich (fuso zero), somando 1 hora para cada fuso subsequente, e 12 fusos a Oeste do fuso zero, subtraindo 1 hora para cada fuso antecessor.
Entretanto, os limites dos fusos horários não são seguidos à risca. É comum que os países convencionem seus fusos horários de acordo com suas unidades político-administrativas, criando assim os fusos horários civis.
Os fusos horários civis são formados por linhas tortuosas que seguem os limites políticos dos estados, podendo envolver uma área maior ou menor que 15° de longitude. Dessa forma, evita-se que uma área com intensas interações socioeconômicas possua horários distintos e fracionados.
Alguns países que possuem grande extensão territorial no sentido Leste-Oeste apresentam mais de um fuso horário. Um exemplo desse caso é a Rússia, que possui 11 fusos horários distintos, em decorrência de sua vasta área. Entretanto, essa nação se encontra dividida administrativamente por apenas 9 fusos horários.
A China, que possui o terceiro maior território do mundo, convencionou apenas um fuso horário, ou seja, em qualquer parte da extensão chinesa o horário será o mesmo.
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