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Hierarquia Urbana

Geografia - Manual do Enem
Angelo Carvalho Publicado por Angelo Carvalho
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

Há séculos, é feito um grande esforço para se entender e mensurar como os centros urbanos interagem entre si. Os muitos estudos puderam observar que há redes urbanas, muitas vezes complexas, que conectam diversas cidades.

As redes urbanas podem ser resumidamente definidas como sendo "conjuntos de localizações geográficas interconectadas entre si por um certo número de ligações”. Além disso, elas são dinâmicas, ou seja, estão em constante modificação e podem surgir por diversos fatores, como por exemplo:

  • Redes de circulação, que envolvem o movimento de seres e de bens;
  • Redes de comunicação, que envolvem a transferência de informações.

Os estudos das redes urbanas têm como enfoque o número de cidades, suas dimensões, sua distribuição espacial e a natureza das diferenças entre as mesmas. Dentro deste contexto, a hierarquia urbana consiste na estrutura de subordinação entre cidades. A teoria mais famosa e difundida, foi proposta em 1933, por Walter Christaller, chamada de Teoria das Localidades Centrais.

Teoria das Localidades Centrais

A Teoria das Localidades Centrais parte do entendimento de que todo núcleo de povoamento é uma localidade central, independentemente de seu tamanho. Essa localidade é equipada com funções centrais, indicadas pela distribuição de bens e serviços para a população residente e os habitantes da região de influência. Quanto maior é o número de funções oferecidas, maior sua centralidade, sua área de influência e o número de pessoas atendidas.

Como exemplo didático, considere uma rede urbana de níveis hierárquicos de 1 a 5. Os centros urbanos de nível 5 fornecem as funções - ou bens e serviços - do tipo a, b, c, d. Para que as pessoas destes centros possam alcançar as funções e, f, g, h, elas devem se deslocar - no caso de bens e serviços físicos - aos centros de nível 4. Os habitantes dos centros de nível e 4 e 5 precisam se locomover aos centros de nível superior caso necessitem alguma outra função, além de a, b, c, d, e, f, g, h. Os centros de nível 1 possuem funções exclusivas, que atraem toda uma rede urbana.

Hierarquia urbana hipotética Nível Funções oferecidas 1a, b, c, d        e, f, g, h     i, j, l, m     n, o, p, q     r, s, t, u2a, b, c, d        e, f, g, h     i, j, l, m     n, o, p, q3a, b, c, d        e, f, g, h     i, j, l, m4a, b, c, d        e, f, g, h5a, b, c, d

Exemplo de hierarquia urbana e funções oferecidas.

Hierarquia Urbana no Brasil

Atualmente todas as cidades estão classificadas em cinco grandes níveis, os quais são divididos em dois ou três subníveis.

Metrópoles

São os 12 principais centros urbanos, que apresentam em comum extensa área de influência, fortes ligações entre si e grande porte. Existem três subníveis:

Grande metrópole nacional:

  • Apenas a metrópole de São Paulo está nesta classificação, possuindo influência nos estados de SP, MG, MT, MS, RO e AC.

Metrópole nacional:

  • Rio de Janeiro, com influência em RJ, ES, BA e MG.
  • Brasília, influenciando GO, BA, MG, além do próprio Distrito Federal

Metrópole:

  • Fortaleza, que influencia os estados de CE, PI, MA e RN
  • Recife, possuindo influência em PE, PB, AL, RN e BA
  • Belo Horizonte, influenciando o estado de MG
  • Salvador, com influência nos estados de BA, SE e PE
  • Curitiba, que influencia PR e SC
  • Porto Alegre, com influência em RS e SC
  • Belém, possuindo influência em PA, AP e MA
  • Goiânia, influenciando GO e TO
  • Manaus, que influencia AM e RR

Capitais regionais

São 70 centros que possuem área de influência regional, sendo destino para um conjunto de atividades e por um grande número de cidades. Também possui três subdivisões:

  • Capital regional A, constituído por 11 cidades, sendo 10 capitais estaduais e Campinas-SP, com média de 955 mil habitantes
  • Capital regional B, com 20 cidades e média de 435 mil habitantes
  • Capital regional C, com 39 cidades e média de 250 mil habitantes

Centros sub-regionais

Integram este nível 169 centros, que possuem área de atuação mais reduzida, e são divididos em dois subníveis:

  • Centro sub-regional A, formado por 85 cidades e média de 95 mil habitantes
  • Centro sub-regional B, com 79 cidades e média de 71 mil habitantes

Centros de zona

São 556 cidades de pequeno porte que exercem influência restrita à sua área imediata. É subdividida em:

  • Centro de zona A, constituído por 192 cidades de média de 45 mil habitantes
  • Centro de zona B, com 364 cidades e média de 23 mil habitantes

Centros locais

Integram este nível as demais 4473 cidades brasileiras, cuja centralidade e atuação não extrapolam os limites de seu município. A média populacional é de 8 mil habitantes.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
U. Caxias do Sul-RS

Todas as alternativas abaixo, referentes à evolução da hierarquia urbana brasileira, são corretas, EXCETO a que diz que:

A os pequenos núcleos urbanos, até meados dos anos 70, apresentavam um isolamento da população em relação à metrópole nacional, principalmente em função das distâncias.
B os processos de conurbação e os avanços tecnológicos favoreceram os deslocamentos, tornando as distâncias elementos superáveis, como nos movimentos pendulares.
C a integração do território, via industrialização e transportes, a partir da década de 40, estruturou uma rede urbana nacional.
D as metrópoles brasileiras, ao longo de sua formação, abrigaram populações oriundas dos movimentos intra e inter-regionais.
E a ampliação da rede urbana, ao mesmo tempo que estimulou os movimentos migratórios internos, favoreceu a ampliação dos serviços e permitiu sua acessibilidade para toda a população
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