A Europa é um continente populoso - com mais de 750 milhões de habitantes - e povoado, com sua densidade demográfica em torno dos 72 hab/km².
Porém, a distribuição dessa população apresenta-se extremamente irregular. As áreas mais densamente povoadas estão localizadas, principalmente, na Europa Centro-Ocidental, nas concentrações urbano-industriais, junto às planícies fluviais mais importantes do continente.
Os vazios demográficos encontram-se nas porções setentrionais da Rússia, na península Escandinava, devido ao clima extremamente frio, nos domínios de tundra e de taiga (ou floresta boreal).
A maioria dos europeus, média superior a 73% da população, vive nas cidades, o que confere ao continente um elevado índice de urbanização.
Devido ao seu caráter econômico essencialmente urbano-industrial, a população economicamente ativa concentra-se, principalmente, nos setores secundário e terciário da economia.
A Europa é o único continente em que a população diminui. Tal fato deve-se ao baixo e lento crescimento vegetativo da população do continente. Isso ocorre principalmente devido às baixas taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade e à elevada expectativa de vida.
Isso resulta numa mudança de estrutura etária continental, com a diminuição da proporção de jovens e o aumento da proporção de idosos, que pode trazer como consequências futuras uma dificuldade de reposição da população economicamente ativa e um desequilíbrio de caixa no sistema de seguridade social.
Crise Migratória
No continente europeu, principalmente a partir da segunda metade do século XX, passam a se destacar dois tipos de fluxos migratórios:
- Intracontinental: com o deslocamento da população das regiões menos desenvolvidas (Europa Oriental e Meridional) para as regiões mais desenvolvidas (Europa Centro-Ocidental e Setentrional).
- Intercontinental: com o deslocamento da população de países do mundo não desenvolvido (latino-americanos, asiáticos e principalmente africanos) para a Europa.
A maioria dos refugiados são, em sua maioria, do Leste Europeu, Norte da África, Oriente Médio e Ásia Meridional. Essa mão de obra é usada em trabalhos desprezados pela população local, como a colheita nos campos e a construção civil.
Com sua população envelhecida e o declínio na taxa de crescimento demográfico, os países europeus têm de olhar além de suas fronteiras, para construir uma força de trabalho grande o bastante para sustentar um crescimento econômico de longo prazo e, também, seu sistema de seguridade social.
Porém, a imigração gera descontentamento em parte da população, que teme a perda de emprego e a queda do padrão de vida. Esse medo, aliado à xenofobia, tem como consequência o aumento do apoio do eleitorado de vários países, como Áustria, Noruega, Bélgica, Itália, Espanha, Portugal, França e Holanda, a partidos de extrema direita, favoráveis à contenção da imigração; à ocorrência de atentados contra minorias, realizados por grupos neonazistas; e a elaboração de leis restritivas à imigração pela União Europeia.
Os imigrantes, na sua maioria, vêm em busca de trabalho, qualidade de vida e/ou fugidos de conflitos e perseguições de ordem ideológica, étnica ou religiosa.
Refugiados chegam à ilha grega de Lesbos, após atravessarem parte do Mar Egeu.
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