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Mapa do Brasil

Geografia - Manual do Enem
Maria Júlia Rossetto Publicado por Maria Júlia Rossetto
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

O Brasil, país de dimensões continentais, possui várias características que podem ser classificadas de maneiras bastante diferentes. Vamos dar uma olhada na evolução da leitura do território brasileiro?

A República Federativa do Brasil, segundo a Constituição de 1988, compõe-se de 27 unidades políticas, sendo 26 estados e o Distrito Federal, onde se localiza a sede do Governo Federal, Brasília.

ESTADO SIGLA CAPITAL REGIÃO (IBGE)
Acre AC Rio Branco Norte
Alagoas AL Maceió Nordeste
Amapá AP Macapá Norte
Amazonas AM Manaus Norte
Bahia BA Salvador Nordeste
Ceará CE Fortaleza Nordeste
Distrito Federal DF Brasília Centro - Oeste
Espírito Santo ES Vitória Sudeste
Goiás GO Goiânia Centro - Oeste
Maranhão MA São Luís Nordeste
Mato Grosso MT Cuiabá Centro - Oeste
Mato Grosso do Sul MS Campo Grande Centro - Oeste
Minas Gerais MG Belo Horizonte Sudeste
Pará PA Belém Norte
Paraíba PB João Pessoa Nordeste
Paraná PR Curitiba Sul
Pernambuco PE Recife Nordeste
Piauí PI Teresina Nordeste
Rio de Janeiro RJ Rio de Janeiro Sudeste
Rio Grande do Norte RN Natal Nordeste
Rio Grande do Sul RS Porto Alegre Sul
Rondônia RO Porto Velho Norte
Roraima RR Boa Vista Norte
Santa Catarina SC Florianópolis Sul
São Paulo SP São Paulo Sudeste
Sergipe SE Aracajú Nordeste
Tocantins TO Palmas Norte

Tabela com os estados brasileiros e suas respectivas siglas, capitais e regiões, segundo o IBGE.

A soma dessas áreas coloca o Brasil como 5o maior país do mundo em superfície, superado apenas por Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. Tal dimensão equivale 1,6% de toda a superfície planetária; 5,7% das terras emersas do globo; 20,8% da América; e 47,3% da América do Sul.

A Linha do Equador atravessa o Brasil, cortando, no sentido leste-oeste, os estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Portanto, o Brasil tem seu território distribuído em dois hemisférios: o Norte e o Sul. Cerca de 93% do território está no hemisfério Sul e 7%, aproximadamente, no hemisfério Norte. Em relação ao Meridiano de Greenwich, o Brasil está localizado a oeste, totalmente no hemisfério Ocidental.

O Brasil faz fronteira terrestre com nove dos onze países independentes da América do Sul: Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname, além da Guiana Francesa. A maior parte dessas fronteiras são demarcadas com base em acidentes naturais, como rios, serras e lagos.

Em razão da grande diversidade geográfica do Brasil, e também da existência de áreas que apresentam relativa homogeneidade, do ponto de vista natural, humano e econômico, o IBGE divide o território em cinco macrorregiões: Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul.

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Organização regional do Brasil

Durante um longo período – desde o descobrimento até as primeiras décadas do século XX – a organização do espaço brasileiro foi simples, pois a nossa história econômica e o processo de ocupação do espaço não apresentaram mudanças que justificassem grandes alterações no território.

Nesses quatro séculos, o Brasil foi uma nação agroexportadora, tendo sua economia o tempo todo concentrada em torno de pequenos grupos que dominavam inicialmente a produção açucareira, depois a cacaueira e, no final desse período, a produção cafeeira. Esses grupos centralizavam o poder político e faziam com que as ações governamentais sempre os beneficiassem, transformando o espaço onde viviam e produziam suas riquezas no centro dominante do país e organizando todo o território.

As transformações econômicas e políticas ocorridas no Brasil com a Revolução de 1930 enfraqueceram, relativamente, o poder desses grupos e modificaram tal processo. A industrialização e a consequente urbanização criaram novas necessidades para a economia como um todo e, também, para a administração federal, que passou a observar o país como um mercado – e não mais como uma área de produção para o exterior.

Com isso, tornou-se necessário conhecer o território: seus recursos naturais, suas áreas favoráveis à nova economia, suas áreas problemáticas, sua população (com seu potencial de trabalho e consumo), seu ritmo de crescimento, seus movimentos migratórios e, principalmente, suas condições de vida e suas expectativas para o futuro.

Por esse motivo, foi criado em 1934, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que passou a fazer levantamentos econômicos, demográficos e sociais para elaborar uma regionalização que considerasse as novas relações entre as diversas áreas do território brasileiro.

A partir de 8 de maio de 1969, o IBGE tornou pública a divisão regional do país que havia elaborado e que vigora atualmente, com pequenas modificações. Essa divisão consiste em cinco grandes regiões, chamadas de macrorregiões, e utiliza como critério para distribuir essas unidades as seguintes informações:

  • Análise estrutural da população;
  • Forma de ocupação do solo;
  • Estrutura hierárquica da urbanização;
  • Hábitos e tradições de produção e consumo;
  • Nível cultural médio dos grupos sociais;
  • Estágio de desenvolvimento das diversas áreas.

Mapa das regiões brasileiras segundo o IBGE.

A partir dessa divisão, ao longo dos anos, foram realizadas algumas modificações de ordem político-administrativa.

  • 1977: O estado de Mato Grosso foi dividido em dois, tendo a porção setentrional mantido o nome original, enquanto a porção meridional passou a ser Mato Grosso do Sul.
  • 1982: O território de Rondônia foi promovido à condição de estado.
  • 1988: (1) Os territórios de Roraima e Amapá tornaram-se estados; (2) Fernando de Noronha perdeu seu status de território, retornando à condição de município, sob a governança de Pernambuco. (3) O estado de Goiás foi dividido em dois, sendo que a porção meridional manteve o nome original e continuou pertencendo à Região Centro-Oeste, enquanto a porção setentrional passou a se chamar Tocantins e a fazer parte da Região Norte.

Divisão política atual do território brasileiro, firmada com a Constituição de 1988.

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Outras formas de classificar o território brasileiro

Além da divisão oficial em macrorregiões definida pelo IBGE, costuma-se usar, para efeito de análise, a que foi definida pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger. Ele divide os espaços nacionais levando em conta, além dos aspectos naturais, semelhanças econômicas, históricas e culturais, identificando três complexos regionais no Brasil:

  • Complexo Regional da Amazônia: abrange, além dos estados que integram a região Norte, uma parte dos estados do Mato Grosso e Maranhão, que apresentam identidades geográficas semelhantes – clima quente e úmido; cobertura vegetal marcada pelo predomínio da Floresta Amazônica; grande riqueza hidrográfica; baixa densidade demográfica; e economia dependente de atividades primárias, como o extrativismo e a agricultura.

Mapa do que é definido como o Complexo Regional da Amazônia.

  • Complexo Regional do Nordeste: inclui, além dos estados que integram a região Nordeste, a parte norte de Minas Gerais, que apresenta identidade geográfica com o sertão nordestino – clima semiárido; rede hidrográfica marcada pela presença da bacia do São Francisco; cobertura vegetal dominada pela Caatinga; e economia dependente de atividades primárias, como a agricultura e a pecuária.

Mapa do que é definido como o Complexo Regional do Nordeste.

  • Complexo Regional do Centro-Sul: abrange, além dos estados do Sudeste e do Sul, os do Centro-Oeste (com exceção à arte do estado de Tocantins, que integram o Complexo Regional da Amazônia). Esse complexo diferencia-se dos demais especialmente em relação às suas características humanas e econômicas, pois inclui em seus domínios as áreas mais populosas e urbanizadas do país e, principalmente, as mais desenvolvidas do ponto de vista socioeconômico.

Mapa do que é definido como o Complexo Regional do Centro-Sul.

Outra divisão regional usada no país, para efeito de análise da dinâmica humana e econômica, destaca-se levando em conta a dinâmica industrial, financeira e de circulação e, também, a densidade de redes de informações existentes no seu território. Os geógrafos Milton Santos e Maria Laura de Oliveira identificaram a existência, no Brasil, de quatro grandes regiões:

  • Região Concentrada: formada pelas atuais regiões Sudeste e Sul, com seus 7 estados. Por ser a mais dinâmica, do ponto de vista econômico, apresenta a maior densidade de informações, que funcionam como base para inserção do país nos fluxos globalizados de comércio e de capitais.
  • Região Centro-Oeste: formada pela atual região Centro-Oeste e o estado de Tocantins.
  • Região Nordeste: formada pela própria região Nordeste, conforme se delimita nos dias atuais.
  • Região da Amazônia: formada pela atual região Norte, com exceção do estado de Tocantins.
Exercício de fixação
Passo 1 de 2
FUVEST/2014

Revelação do subúrbio

Quando vou para Minas, gosto de ficar de pé, contra a

[vidraça do carro1,

vendo o subúrbio passar.

O subúrbio todo se condensa para ser visto depressa,

com medo de não repararmos suficientemente

em suas luzes que mal têm tempo de brilhar.

A noite como o subúrbio e logo o devolve,

ele reage, luga, se esforça,

até que vem o campo onde pela manhã repontam

[laranjais

e à noite só existe a tristeza do Brasil.

1: carro: vagão ferroviários para passageiros.

(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo, 1940)

Segundo o crítico e historiador da literatura Antonio Candido de Mello e Souza, justamente na década que presumivelmente corresponde ao período de elaboração do livro a que pertence o poema, o modo de se conceber o Brasil havia sofrido “alteração marcada de perspectivas”. A leitura do poema de Drummond permite concluir corretamente que, nele, o Brasil não mais era visto como país:

A agrícola (fornecedor de matéria-prima), mas como industrial (produtor de manufaturados).
B arcaico (retardatário social e economicamente) mas, sim, percebido como moderno (equiparado aos países mais avançados).
C provinciano (caipira, localista) mas, sim, cosmopolita (aberto aos intercâmbios globais).
D novo (em potência, por realizar-se), mas como subdesenvolvido (marcado por pobreza e atrofia).
E rural (sobretudo camponês), mas como suburbano (ainda desprovido de processos de urbanização).
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