O crescimento populacional de uma cidade pode resultar em duas formas de crescimento do espaço urbano: o crescimento horizontal e a verticalização. Esta última forma é caracterizada pelo aumento da quantidade de prédios em bairros onde anteriormente só existiam casas.
Entretanto, o crescimento horizontal das cidades é o mais intenso na maior parte dos casos. Com esse crescimento, há um aumento na mancha urbana, provocando a criação de novos bairros e a extensão de serviços públicos, como meios de transportes, redes de esgoto, energia e telefonia a áreas cada vez mais longes do centro.
Com o crescimento horizontal, uma das questões mais importantes a serem resolvidas é a mobilidade urbana. Em uma cidade grande, a maior parte da população mora distante de seu local de trabalho, e, por isso, o ato de transportar-se pelo espaço urbano é um dos mais fundamentais do dia a dia.
A mobilidade urbana é um atributo das cidades e se refere à facilidade de deslocamentos de pessoas e bens no espaço urbano. Esse deslocamento é realizado através de meios de transportes e de toda a infra-estrutura que possibilita esse fluxo cotidiano.
Por isso, mobilidade urbana vai além do conceito de transporte urbano, ou seja, representa mais do que o conjunto de serviços e meios de deslocamento de pessoas e bens. Esse termo representa o resultado da relação entre os fluxos de pessoas e bens com a cidade.
Portanto, a mobilidade urbana se refere a como organizar, da melhor forma, o acesso de bens e pessoas ao que a cidade oferece (locais de emprego, escolas, hospitais, praças e áreas de lazer), e não apenas aos meios de transporte e ao trânsito.
📚 Você vai prestar o Enem 2020? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚
Atualmente, as condições de mobilidade urbana no Brasil não são boas. Há muitos congestionamentos, oferta insuficiente de trens e metrôs, ônibus excessivamente cheios nos horários de saída e chegada de trabalho, além de outros problemas.
As calçadas são estreitas, esburacadas, sem sombra, sem vegetação e, ainda, possuem obstáculos que muitas vezes representam desafios aos pedestres: lixeiras mal posicionadas, carros estacionados e degraus, por exemplo.
Esse cenário atual se deve ao fato de que, nas últimas quatro décadas, o Brasil vivenciou uma mudança brusca em relação ao perfil de sua população: devido ao processo de êxodo rural, o país, que antes era majoritariamente rural transformou-se em urbano.
Dessa forma, as cidades cresceram, em geral, de forma bastante acelerada, espontânea e de modo não planejado. Devido a isso, passaram a conviver com uma série de problemas, como a carência de infra-estrutura (especialmente para a população de renda mais baixa) e a degradação ambiental.
O modo de ocupação do solo urbano, agregado a políticas setoriais pouco relacionadas, influenciou negativamente o sistema de mobilidade nas cidades, assim como o sistema de mobilidade mal planejado contribuiu para a existência de cidades sem uma qualidade de vida urbana razoável.
🎓 Você ainda não sabe qual curso fazer? Tire suas dúvidas com o Teste Vocacional Grátis do Quero Bolsa 🎓
Para melhorar esse cenário, em 2012, foi sancionada a Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), que deve ser aplicada obrigatoriamente em municípios com população superior a de 20.000 habitantes.
A partir dessa lei, a mobilidade urbana foi acrescentada como um fator essencial para o desenvolvimento urbano, de maneira a assegurar uma cidade mais democrática, igualitária e acessível.
A Política Nacional de Mobilidade Urbana traz um conjunto de princípios e diretrizes que orientam as ações públicas de mobilidade urbana e as reivindicações da população. A PNMU está fundamentada nos seguintes princípios:
🎯 Simulador de Notas de Corte Enem: Descubra em quais faculdades você pode entrar pelo Sisu, Prouni ou Fies 🎯
Sobre os problemas de mobilidade urbana das grandes metrópoles brasileiras e suas consequências socioambientais, assinale a alternativa correta.