Já na década de 1950, novas tecnologias permitiram descobertas científicas, principalmente ligadas aos oceanos, que reacenderam a discussão e retomaram as ideias de Wegener.
Assoalho oceânico
Ao longo da Segunda Guerra Mundial, a tecnologia submarina e a necessidade de implementação de cabos telegráficos exigiram um mapeamento preciso do fundo oceânico. Com estes estudos, foram descobertas enormes cadeias de montanhas submarinas no meio do Oceano Atlântico.
Reversões do campo geomagnético
Os cientistas também resolveram utilizar magnetômetros, dispositivos utilizados para detecção de submarinos, para investigação da crosta oceânica. Cientistas já tinham o conhecimento de que as rochas terrestres podiam ser classificadas em dois grupos: as que apresentavam polaridade magnética compatível com a do campo presente e as que apresentavam polarização reversa.
Com este estudo, foi possível determinar um padrão de magnetização das rochas em simetria às dorsais. As rochas são formadas nas dorsais meso-oceânicas, onde o material magnético registraria a direção e a intensidade do campo magnético da época da formação. Com a formação de novas rochas, as antigas, que possuem as mesmas propriedades magnéticas, são separadas simetricamente em relação às dorsais. As rochas conteriam, então, um registro do “magnetismo fóssil” da Terra.
Simetria das reversões do campo geomagnético das rochas em relação às dorsais meso-oceânicas. a - cerca de 5 milhões de anos atrás; b - de 2 a 3 milhões milhões de anos atrás; c - hoje.
Com a utilização de sismógrafos, foi possível observar a concentração de terremotos e vulcões nas regiões próximas às trincheiras oceânicas e dorsais meso-oceânicas. A teoria da Tectônica de Placas estava, então, completa e estabelecida, determinando seus encontros principais convergentes e divergentes, que continuamente remodelam o planeta que conhecemos hoje.