Logo da Quero Bolsa
Como funciona
  1. Busque sua bolsa

    Escolha um curso e encontre a melhor opção pra você.


  2. Garanta sua bolsa

    Faça a sua adesão e siga os passos para o processo seletivo.


  3. Estude pagando menos

    Aí é só realizar a matrícula e mandar ver nos estudos.


Action

Pangeia - Deriva Continental

Geografia - Manual do Enem
Angelo Carvalho Publicado por Angelo Carvalho
 -  Última atualização: 28/7/2022

Introdução

A ideia de que um dia todos os continentes já estiveram reunidos foi sugerida pela primeira vez há mais de 4 séculos. Mas há apenas poucas décadas, descobertas puderam comprovar que realmente os continentes estão constantemente se movimentando a partir de um ponto comum, a Pangeia.

O supercontinente teria se separado em duas grandes massas: Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao sul. Continuado o processo de separação, originaram-se os continentes que conhecemos na atualidade.

O supercontinente PangeiaO supercontinente Pangeia

Índice

Abraham Ortelius

Em 1596, Abraham Ortelius, um elaborador de mapas, sugeriu que terremotos e enchentes separaram as Américas da Europa e África. Ele se baseou na coerência entre as costas dos continentes e afirmou que, em um mapa da junção de todos os continentes, tal fato era evidenciado.

Alfred Wegener

Em 1912, Alfred Wegener, engenheiro e meteorologista alemão, propôs a teoria da Deriva Continental. A teoria estabelecia que há milhões de anos, todas as massas continentais estavam concentradas em um supercontinente, que ele denominou Pangeia. Sua ideia se baseou essencialmente em evidências morfológicas, paleontológicas e paleoclimáticas:

  • Similaridade entre as costas oeste da América do Sul e leste África, como já havia feito Ortelius;
  • Fósseis de mesmas espécies de dinossauros encontrados em diferentes continentes, como o Mesossauro, encontrado no sul da América do Sul e África;
  • A gimnosperma Glossopteris, encontrada somente na América do Sul, África, Índia, Antártida e Austrália.

Evidências da teoria da Deriva ContinentalEvidências da teoria da Deriva Continental

Sua teoria explicava bem todas essas questões, entretanto, Wegener não conseguiu explicar que tipo de força conseguiria mover massas tão largas a tão grandes distâncias. A teoria de Wegener foi muito contestada à época. Outros cientistas questionaram o fato de que as massas continentais não poderiam se movimentar pelos oceanos, como proposto na teoria da Deriva Continental, sem se fragmentar inteiramente.

Rediscussão da Deriva Continental

Já na década de 1950, novas tecnologias permitiram descobertas científicas, principalmente ligadas aos oceanos, que reacenderam a discussão e retomaram as ideias de Wegener.

Assoalho oceânico

Ao longo da Segunda Guerra Mundial, a tecnologia submarina e a necessidade de implementação de cabos telegráficos exigiram um mapeamento preciso do fundo oceânico. Com estes estudos, foram descobertas enormes cadeias de montanhas submarinas no meio do Oceano Atlântico.

Reversões do campo geomagnético

Os cientistas também resolveram utilizar magnetômetros, dispositivos utilizados para detecção de submarinos, para investigação da crosta oceânica. Cientistas já tinham o conhecimento de que as rochas terrestres podiam ser classificadas em dois grupos: as que apresentavam polaridade magnética compatível com a do campo presente e as que apresentavam polarização reversa.

Com este estudo, foi possível determinar um padrão de magnetização das rochas em simetria às dorsais. As rochas são formadas nas dorsais meso-oceânicas, onde o material magnético registraria a direção e a intensidade do campo magnético da época da formação. Com a formação de novas rochas, as antigas, que possuem as mesmas propriedades magnéticas, são separadas simetricamente em relação às dorsais. As rochas conteriam, então, um registro do “magnetismo fóssil” da Terra.

Simetria das reversões do campo geomagnético das rochas em relação às dorsais meso-oceânicas. a - cerca de 5 milhões de anos atrás; b - de 2 a 3 milhões milhões de anos atrás; c - hoje.

Simetria das reversões do campo geomagnético das rochas em relação às dorsais meso-oceânicas. a - cerca de 5 milhões de anos atrás; b - de 2 a 3 milhões milhões de anos atrás; c - hoje.

Com a utilização de sismógrafos, foi possível observar a concentração de terremotos e vulcões nas regiões próximas às trincheiras oceânicas e dorsais meso-oceânicas. A teoria da Tectônica de Placas estava, então, completa e estabelecida, determinando seus encontros principais convergentes e divergentes, que continuamente remodelam o planeta que conhecemos hoje.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UDESC

A Teoria da Deriva dos Continentes foi enunciada pelo cientista alemão Alfred Lothar Wegener, em 1912. Segundo este autor a Terra teria sido formada inicialmente por um único e enorme supercontinente que foi se fragmentando e se deslocando continuamente desde o período Mesozóico, como se fosse uma espécie de nata flutuando sobre um magma semilíquido e passeando em diferentes direções.
 Assinale a alternativa que contém o nome com o qual foi batizado este supercontinente inicial.

A Gaia
B Placas Tectônicas
C Folhelhos de Wegener
D Riftis
E Pangeia
Prepare-se para o Enem com a Quero Bolsa! Receba conteúdos e notícias sobre o exame diretamente no seu e-mail